A próxima sexta-feira (29) marca os 109 anos da morte de Machado de Assis. Mas essa terça-feira (26) entra para a história (do PublishNews pelo menos) como o dia em que Machadão entrou, pela primeira vez, numa lista de mais vendidos do PublishNews. O box Todos os romances e contos consagrados de Machado de Assis (Nova Fronteira / Ediouro) aparece na 15ª posição da categoria Ficção da Lista Nielsen PublishNews de setembro. Sempre bom lembrar que a Nielsen PublishNews apura somente os autores nacionais mais vendidos em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento no Brasil. Por falar na lista de ficção, ela é encabeçada pela mineira Paula Pimenta e a quarta temporada de Minha vida fora de série (Gutenberg / Autêntica). Na segunda posição, Kéfera com a sua estreia na ficção – Querido dane-se (Paralela / Companhia das Letras) e, completando o pódio, Augusto Cury, com O homem mais inteligente da história (Sextante). Já a lista de Não Ficção é encabeçada por Felipe Neto (Coquetel / Ediouro). O poder da ação (Gente), de Paulo Vieira, na segunda posição, e Neagle (Astral Cultural), da dupla Victor Trindade e Gabriel Fernandes, completam o pódio. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista Nielsen PublishNews.

Comento às vezes com amigos próximos o que acho dos textos de Caetano Veloso: num primeiro momento, têm um objeto em específico — um homenageado, por exemplo —, mas na realidade têm sempre a si mesmo como objeto de estudo. O artista baiano, que para mim escreve maravilhosamente, parte sempre do outro para reexaminar-se. Achei isso sempre estranho — ou esquisito, ou interessante, essas palavras ambíguas e por isso ótimas de usar —, até que chegasse o dia em que conheci o livro Rosa, de Odilon Moraes, publicado pela Edições Olho de Vidro, uma jovem editora de Curitiba. O livro é um álbum ilustrado realizado com o primor de sempre pelo artista Odilon Moraes. Não é o caso de falar do livro. Compre-o. Mas de amizade. E é o caso de falar de si mesmo. Quando vi a jovem editora Olho de Vidro, do editor Marcelo Del’Anhol, pensei na jovem editora que abri com minha amiga Angela Mendes, a Edições Barbatana. E, quando elogiei publicamente o livro Rosa, de Odilon Moraes, primeiro num comentário no perfil da Olho de Vidro e depois num post mais longo no perfil da Edições Barbatana — o que por si pode soar esquisito: uma “concorrente” elogiando outra “concorrente”, ainda mais com a qual não se tem nenhum tipo de contato —, imediatamente me lembrei dos nossos próprios esforços e da confiança depositada, em nosso caso, por Cristina Porto e Rosana Rios, duas autoras renomadas que, após terem publicado mais de uma centena de livros, embarcaram conosco. Na realidade, daí entendi, não falava da Barbatana, mas de uma cena maior que só poderá se fortalecer se nós, pequenos-grandes editores, nos organizarmos numa rede inteligente e valorizarmos publicamente o que é bom. Clique no Leia Mais para ler a íntegra desse artigo.

A Editora Planeta abriu uma vaga para assistente de comunicação júnior. Os interessados devem morar em São Paulo; ser recém-formado em letras, jornalismo ou relações públicas; ter alguma experiência em assessoria de imprensa; inglês intermediário e gostar de ler. O espanhol será um diferencial. O contratado será responsável pela divulgação e envio de livros para a imprensa; clipping; planejamento e execução de campanhas de divulgação (construção de mailing, follow-up, produção de releases); atendimento ao leitor e rotinas administrativas. Os currículos devem ser enviados para o e-mail selecao@grupoplanetabrasil.com.br.

O Programa de Apoio à Pesquisa na Biblioteca Nacional 2017 segue com as inscrições abertas até o próximo dia 29. O edital prevê a seleção de pesquisadores para concessão de bolsas, a fim de incentivar a produção de trabalhos originais, desenvolvidos a partir de pesquisas no acervo da Fundação Biblioteca Nacional, em qualquer uma de suas áreas. A Fundação Biblioteca Nacional poderá conceder bolsas de pesquisa a doutores, com desembolso mensal, por um período de um ano para pesquisadores brasileiros, natos ou naturalizados, ou estrangeiros com residência e visto permanentes no Brasil. No dia 6 de novembro, o Portal da FBN irá divulgar o resultado final, com os projetos aprovados.

Para os profissionais que desejam saber mais sobre as questões que envolvem o direito autoral, a Universidade do Livro (Praça da Sé, 108, Centro – São Paulo / SP) realiza de hoje (26) até a próxima quinta-feira (28) o curso A gestão do direito autoral. As aulas abordarão temas como a gestão de contratos; o controle e cadastro das informações dos autores, dos contratos de edição e contratos em geral; a negociação com autores; as condições e cláusulas contratuais, entre outros assuntos. O workshop será ministrado pela agente literária Rosa Maria Rodrigues Castello Nuovo e acontece das 18h30 às 21h30. O investimento é de R$ 400.

A cidade de Recife recebe de hoje e até 29, o 4º Encontro da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) e o 11° Encontro do Programa Prazer em Ler (PPL). O evento tem o objetivo de reunir bibliotecas comunitárias da Rede Nacional e as que também são apoiadas pelo PPL, do Instituto C&A. A programação conta com rodas de conversas com escritores, oficinas e atividades para proporcionar aos integrantes reflexões e conhecimento dentre eles, sobre literatura, incidência política e escrita de projetos. O encontro também visa potencializar as atividades da Rede Nacional e como impulsionar suas ações para a democratização da leitura no país. No último dia do encontro, na sexta (29), o evento terá uma ação aberta ao público com um Ato Público em homenagem a Antônio Candido, escritor, crítico literário e sociólogo, que se dedicou a luta pelo direito à literatura. O ato vai começar com uma concentração, às 15h30, em frente ao Recife Praia Hotel (Av. Boa Viagem, 9 – Recife / PE). A ação envolve ainda intervenções culturais com mediação de leitura, sarau e uma aula pública sobre o Direito Humano à Leitura, com o Professor Aldo de Lima, da Universidade Federal de Pernambuco.

Começa hoje (26) e segue até o dia 30, em Uberlândia o Encontro Literário do Cerrado (Elicer), com o tema Literatura e inovação. Serão 22 espaços distribuídos numa área de 6 mil m² para a realização de atividades culturais, educacionais, empreendedorismo e geração de negócios. O evento, que teve sua primeira edição em 2015, proporciona às crianças e aos adolescentes o contato direto com autores, editoras e produtores que vivem o dia a dia do mundo dos livros. Para isso, o Elicer, que este ano pretende receber aproximadamente 50 mil pessoas nos cinco dias de evento, terá a participação de diversos autores regionais e outros mais conhecidos no cenário nacional como Ziraldo, Carlos Seabra, Eloi Zanetti, Tati Ferreira e Tiago de Melo Andrade. Na programação, que segue todos os dias até às 21h, haverá contações de histórias, bate-papo com os autores, saraus, debates, café literário, dentre outras atividades. Com o apoio do Governo do Estado, o encontro dará ainda, mais de 11,5 mil vales-livros para alunos e professores da rede pública estadual e o público adulto também terá seu espaço na programação, onde poderão ouvir debates sobre os desafios da educação pública municipal frente à base nacional comum curricular e outros temas. O Elicer acontece nos Salões do Centro de Convenções UNIALGAR (Av. Floriano Peixoto, 6495, Uberlândia/MG).

A Fundação Torino dá início logo mais, à quarta edição do projeto Divinas Conversas. Quem estreia nessa nova edição é o escritor, publicitário, ensaísta e professor universitário João Anzanello Carrascoza, que irá falar sobre as Afinidades eletivas: a literatura em diálogo com outras artes e ofícios. A palestra será realizada no auditório do Centro Cultural da Fundação Torino (Rua Jornalista Djalma Andrade, 1250, Belvedere – Belo Horizonte / MG), às 19h30, é aberta à comunidade, tem entrada gratuita e está sujeita à lotação do espaço. A escritora Marina Colasanti, o poeta Geraldo Carneiro e o cronista Antônio Prata são alguns nomes que já participaram da iniciativa.

O Mooca Plaza Shopping (Rua Cap. Pacheco e Chaves, 313 - Mooca, São Paulo / SP) realiza até o fim do mês a Feira do Livro Book Lovers Kids, aberta para as crianças manusearem os livros à vontade, com o objetivo de estimular a imaginação a partir da curiosidade de tocar e sentir um livro novo. A feira contém mais de três mil títulos de livros infantis e infantojuvenis a preços promocionais. Além de livros, os visitantes do evento podem desfrutar de atrações culturais que incentivam a leitura e a criatividade, como contações de histórias que acontecem aos domingos. O evento está localizado na Praça de Eventos do shopping com visitação gratuita de segunda a sábado, das 10h às 22h e aos domingos e feriados das 14h às 20h.

Expoente do Teatro do Absurdo, escrita em 1949 por Samuel Beckett e levada aos palcos pela primeira vez em 1953, Esperando Godot (Companhia das Letras, 192 pp, R$ 49,90) é uma tragicomédia em dois atos que segue desafiando público e crítica. Na trama, duas figuras clownescas, Vladimir e Estragon, esperam por um sujeito que talvez se chame Godot. Sua chegada, que parece iminente, é constantemente adiada. Godot coloca o leitor frente à incerteza e à expectativa, sempre frustrada, de que algo novo se produza. Em um cenário esquálido - uma estrada onde se vê uma árvore e uma pedra -, Beckett revoluciona a narrativa e o teatro do século XX. A edição conta com tradução e posfácio do professor e crítico Fábio de Souza Andrade, ilustração de capa do pintor alemão, e profundo admirador de Beckett, Georg Baselitz e textos críticos inéditos em português dos especialistas Ronan McDonald e Steven Connor.

A caixa-preta (Suma / Companhia das Letras, 304 pp, R$ 44,90 – Trad.: Cássio de Arantes Leite), de Michael Connelly se passa primeiramente em 1992, Los Angeles viveu uma onda de protestos que deram início a vários dias de anarquia e violência. O detetive Bosch é enviado para investigar um assassinato. E é assim que ele viu a fotojornalista Anneke Jespersen pela primeira vez: assassinada à queima-roupa no fundo de um beco escuro. A princípio, ela parece apenas mais uma vítima da violência que assola a cidade, mas, no meio do caos, o caso é repassado para a Força-Tarefa de Crimes Distúrbiod, e nunca solucionado. Vinte anos depois, Bosch tem uma nova chance de solucionar o mistério. Um caso o leva de volta àquela fatídica noite, e ainda mais longe, aos campos de batalha onde Anneke fez registros sangrentos e crimes de guerra foram enterrados; crimes que há décadas esperam por justiça.

As irmãs Piper e Margot e a amiga Amy Slater tiveram uma infância peculiar. Elas costumavam brincar no Hotel da Torre, um imponente espaço de 28 quartos administrados pela família de Amy, e que era a grande atração da pequena cidade de Londres, em Vermont. Um dia, no entanto, as brincadeiras acabaram desenterrando algo sinistro do passado da família Slater. E as três nunca mais se viram. Anos depois, as duas irmãs recebem uma notícia perturbadora: Amy e toda a sua família estão mortos. E, aparentemente, a própria Amy foi a responsável pelos assassinatos. Antes de morrer, no entanto, ela deixou uma mensagem: “29 quartos”. E Piper e Margot sabem exatamente que o recado era para elas. Alternando suas narrativas entre 2013, 1989 e o período entre 1955 e 1961, Jennifer McMahon vai, em A torre do terror (Record, 378 pp, R$ 44,90), aos poucos desvendando o mistério do verão em que as três meninas encontraram as cartas escritas por Sylvie Slater, tia de Amy, desaparecida na adolescência.

O romance O menino de Boa Esperança (Autografia, 281 pp, R$ 35) conta a história de um garoto da periferia do Rio de Janeiro que lutou para vencer a barreira da miséria. Filho de mãe solteira, o rapaz não teve referencias familiares em que pudesse se inspirar. Ao longo da vida, foi conhecendo pessoas e passando por situações que o fizeram acreditar que tinha inteligência suficiente para conseguir ir longe. Dotado de uma determinação implacável, este garoto teve a audácia de determinar claramente, ainda na adolescência, seus ambiciosos objetivos pessoais. Munindo-se de coragem, força de vontade e fé no que não podia ver, ele usou toda sua garra e talento para deixar de lado os mais duros empecilhos da vida e tornar-se um homem realizado. O menino de Boa Esperança é a história de Francisco, alter ego de Sérgio Douglas, autor da obra.

Em Anjo russo (Mais Que Palavras, 248 pp, R$ 32), Liudmila, uma russa com cidadania dinamarquesa, é acusada e presa por um atentado. Enquanto isso, a alguns bons quilômetros dali, Mattias Larsen, homem frio e calculista, capaz de sentir afeto somente por um lobo domesticado que adotou, ri e comemora a notícia iminente da morte de Elisa, esposa de seu patrão, Eirik Leiv. Em busca de uma preciosidade denominada “O Tesouro de Iduna”, Mattias percorre um caminho obscuro e revela-se disposto a eliminar todos que ousassem atravessar seu caminho e atrapalhar seu plano para pôr as mãos naquela fortuna incalculável ‒ inclusive Elisa. Além de apresentar os costumes, curiosidades e tradições do país escandinavo, a autora Zia Stuhaug cria uma incrível ambientação de suspense para prender os leitores em mínimos pormenores de uma investigação.