Uma exposição que será aberta no próximo dia 30, na Livraria NoveSete (Rua França Pinto, 97 – Vila Mariana – São Paulo/SP), vai marcar o lançamento do Movimento Literatura e Resistência, encabeçado pela editora Daniela Padilha (Jujuba), pelas ilustradoras e escritoras Rosinha e Aline Abreu e pela livreira Gislene Gambini (NoveSete). Com o movimento, que ganhou a adesão de nomes do quilate de Ciça Fittipaldi, Lúcia Hiratsuka, Ionit Zilberman, Marilda Castanha, Laurabeatriz (autora do cartaz que ilustra essa nota) e Renato Moriconi, elas querem articular ações de atores da cadeira produtiva do livro infantil e juvenil contra o que chamam de "desmonte da Cultura". “Desde 2014, já tínhamos notícias da suspensão das compras de governo. Mas tem algo maior, que mais nos apavora dentre outras coisas mais: o congelamento por 20 anos do investimento em Educação e Cultura, e a destruição do ensino público em geral. Isso nos impacta a curto prazo, mas nos impacta ainda mais a longo prazo", explica a pernambucana Rosinha. Clique no Leia Mais e veja as principais diretrizes do movimento.

Nesta quinta (21), a Câmara Brasileira do Livro (CBL) fará o lançamento comercial da Bienal do Livro de São Paulo, que acontecerá entre os dias 3 e 12 de agosto do ano que vem. Exclusivo para os associados da CBL e expositores, o evento irá apresentar as novidades preparadas para a 25ª edição da Bienal. A apresentação acontece no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073 – São Paulo / SP), das 9h30 às 12h. É necessário confirmar presença pelo e-mail cerimonial@reedalcantara.com.br.

Na próxima segunda (25), a Escola do Livro (Rua Cristiano Viana, 91 – Pinheiros - São Paulo / SP) realiza um curso que vai enfocar a Participação de editoras brasileiras em feiras internacionais. Ministrado por Breno Lerner, ex-Melhoramentos, o encontro abordará como selecionar o evento adequado a cada editora, a preparação da equipe e material, seleção de títulos, a forma de estar presente, entre outras importantes etapas e detalhes que contribuam para uma participação de sucesso. O workshop acontece das 19h às 22h30 e é gratuito para associados do Brazilian Publishers e CBL. Para não associados o valor é de R$ 100.

Todo mundo quer um livro autografado pelo seu autor favorito. Foi pensando nisso que a Faro Editorial, capitaneada pelo nosso colunista Pedro Almeida, procurou a Livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509 – São Paulo / SP) para propor uma ação diferente. Criou na livraria uma mesa só com livros que já são vendidos com autógrafo do autor. Na mesa, estão livros como O garoto quase atropelado, de Vinicius Grossos 1+1 – A Matemática do amor, também de Vinicius Grossos e Augusto Alvarenga, Colega de quarto, de Victor Bonini e livros da série As crônicas dos mortos. A ação fica na livraria até o fim de setembro.

A Brasiliense, em parceria com a Bookwire, lançou no começo do mês a coleção digital Primeiros Passos. Lançada na década de 1970, a coleção, que reuniu mais de 300 títulos, se tornou referência para várias gerações, tanto para leitores curiosos quanto para alunos e professores que viram nas obras ótimas introduções apresentadas por especialistas, para os mais variados assuntos e temas das ciências e as humanidades. O lançamento faz parte de uma iniciativa da Brasiliense que tem como objetivo disponibilizar todo o seu catálogo neste formato, inclusive as obras de Caio Prado Jr., Walter Benjamin e outras coleções importantes como Tudo é História. As primeiras 113 obras já estão disponíveis para compra nas principais lojas de livros digitais pelo preço de R$ 9,90.

O jornal independente Rascunho lançou uma campanha de financiamento coletivo no Catarse. Dentre os objetivos estão a reestrutura da área comercial, o investimento em um novo site e o mais importante, o aumento no número de páginas do jornal impresso. Criado em 2000 pelo jornalista e escritor Rogério Pereira, o Rascunho é distribuído para todo o Brasil pelos Correios e conta todos os meses com cerca de 40 colaboradores, entre escritores, jornalistas, professores, especialistas em literatura e ilustradores. Entre os seus colunistas estão autores como Affonso Romano de Sant’Anna, Alberto Mussa, José Castello e Fernando Monteiro. Quem colaborar com valores a partir de R$ 20 pode ganhar diversos brindes como assinatura semestral ou anual, marcadores de páginas e livros. Com 19 dias para o encerramento da campanha, o Rascunho conseguiu 50% de sua meta.

O poeta Thiago Camelo lança, logo mais às 19h, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915 – São Paulo / SP), o livro Descalço nos trópicos sobre pedras portuguesas (Nós, 96 pp, R$ 30). O livro é composto de 15 poemas, de extensão e métrica variáveis, com especial destaque para os poemas mais longos, em que o autor define sua poiesis: Agora já é passado, Histórias tristes precisam ser contadas e Você me conhece, eu nunca durmo. O livro tem apresentação de Miguel Conde que observa que Thiago faz “a aposta alta, corajosa, de que tudo pode caber no poema”. Além de poeta, Thiago Camelo é letrista. Compôs, por exemplo, a canção Espelho d’água, em parceria com seu irmão Marcelo Camelo. A música foi gravada por Gal Costa no disco Estratosférica.

O Ciclo de Conferências Mutações, idealizado pelo filósofo e jornalista Adauto Novaes, começa hoje (20), às 19h, no Auditório do BDMG Cultural (Rua Bernardo Guimarães, 1600, Centro – Belo Horizonte / MG). A abertura fica a cargo do filósofo Vladimir Safatle, que ministrará a palestra Teoria da revolução, progresso e emergência. Na ocasião, será realizado o lançamento do livro Mutações – Entre dois Mundos (Edições Sesc SP, 504 pp, R$ 76), que se refere ao tema da edição anterior. Além de Vladimir, a primeira semana do Ciclo 2017, cujo tema é Mutações – Dissonâncias do Progresso, conta com a participação do filósofo e professor Newton Bignotto, da UFMG, que, na sexta-feira (22), às 19h, discute o tema A política desconstruída e a retomada da guerra de facções. Nesta edição, o Ciclo será realizado até o dia 23 de outubro e a programação completa pode ser conferida clicando aqui. As inscrições para o Ciclo completo custam R$ 80. Para as conferências avulsas, o investimento é de R$ 20.

O autor estreante William Tannure lança logo mais, às 19h, na Livraria da Travessa de Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 572 – Rio de Janeiro / RJ), o primeiro volume da série O legado da ruína, lobo e gelo (Chiado, 566 pp, R$ 60). A história do livro é sobre o Império de Yxor. Sob o comando de Rognam, um herói que surgiu em tempos obscuros e devolveu a esperança aos homens. O Império yxoriano cresceu e se expandiu até que todos os homens se ajoelhassem perante o imperador-deus. E, assim, com o intuito de unificar aqueles que um dia foram inimigos e de trazer a prosperidade acompanhada de paz, foi celebrado casamento entre ele e a herdeira do maior dos rebeldes, a filha de Sirar, o Leão, regente da nação sulista de DacMeth. Dessa união, nasceram três príncipes de personalidades e objetivos diferentes: Regnar, o mais velho e herdeiro do trono, luta contra as vontades irrecusáveis de seu pai para tentar seguir seu caminho; Arcaedas, um feiticeiro talentoso e arrogante, assolado por uma enfermidade que o privou do sentido da visão; e Syric, o mais novo, um rapaz confuso, com o presente e o futuro envoltos em dúvidas e mistérios. Cada um deles parte em busca de sua jornada pessoal, motivados por ambições e vontades particulares.

Passados 100 anos, a Revolução Russa continua a ser considerada um acontecimento decisivo para compreender o século XX e o tempo em que vivemos. Levou à implantação do regime comunista, abriu caminho para a criação da União Soviética e moldou boa parte da geopolítica global. Em A Revolução Russa (Todavia, 320 pp, R$ 54,90), Sheila Fitzpatrick, uma das maiores autoridades no tema, narra a saga da revolução marxista que buscava derrubar o Czar e sonhava, assim, transformar a Rússia e o mundo. Na obra, o leitor acompanha as disputas internas e as correntes que formaram o intrincado mosaico político da Rússia revolucionária, numa análise que faz justiça às complexidades econômicas e sociais desse processo histórico cujos efeitos se estendem até os dias de hoje. A edição da Todavia chega revista e atualizada pela autora, lançando uma nova luz sobre um evento-chave da história moderna.

As primeiras vítimas de Hitler (Companhia das Letras, 336 pp, R$ 59,90) acompanha a história de Josef Hartinger, um jovem promotor alemão que lutou para esclarecer a controversa morte de quatro jovens judeus inocentes no campo de concentração de Dachau, a poucos quilômetros de Munique, em abril de 1933. O caso, que teria sido uma reação dos guardas a uma suposta fuga, já indicava os primeiros sinais do projeto brutal de extermínio que marcaria o regime de Adolf Hitler. Combinando uma extensa pesquisa historiográfica a uma narrativa em ritmo de thriller, Timothy W. Ryback apresenta a história de um homem corajoso que, embora não tenha conseguido deter sozinho as atrocidades nazistas, arriscou a própria vida e a carreira em busca de justiça.

O medo envolve esta praga a partir do nome: lepra. Para vencê-lo, foi necessário vencer a palavra, substituindo-a por “hanseníase” no Brasil a partir dos anos 1960. Palavra que carrega um significado de pavor e isolamento inumano desde milênios, atravessando a Bíblia, a história do Oriente Médio, da Ásia e da Europa, atingindo indiferentemente reis e pobres da mais baixa classe, ela abriga uma doença que passou a ter cura nos anos 1940. Mas o Brasil, com seu atraso científico e social, ignorou ou subestimou isso. O pavor brasileiro se espalhou facilmente entre as políticas de saúde, os médicos interessados apenas em lucro, a ignorância, a pobreza, as regiões desassistidas e as famílias em pânico. Conheça esse contexto e depoimentos alarmantes acerca de uma realidade ainda presente no país no livro A praga (Geração Editorial, 280 pp, R$ 42), da repórter Manuela Castro. Na obra, a autora dá visibilidade ao drama de brasileiros que foram condenados à exclusão por causa da hanseníase, doença que atravessou a vida de milhares de pessoas, criando um abismo entre elas e suas famílias.

Novo volume da coleção As grandes ideias de todos os tempos é dedicado ao estudo dos principais eventos que ocorreram ao decorrer da história. Décimo primeiro volume da série, O livro da história (Globo Livros, 352 pp, R$ 59,90) revela detalhes de episódios que moldaram o mundo, diagramas que ilustram passo a passo alguns conceitos complexos e ilustrações que elucidam nossas ideias sobre o passado. Como a democracia surgiu na Grécia Antiga? Como a Espanha conquistou a América do Sul e a América Central? O que causou a queda do Muro de Berlim? O livro responde a estas questões e muitas outras, explorando as civilizações, revoluções e tecnologias que tornariam este nosso mundo irreconhecível aos olhos dos nossos ancestrais. Tanto faz se você é inexperiente no assunto, um estudante ávido ou mesmo um historiador acadêmico, neste livro você encontrará muitas questões que certamente despertarão seu interesse.

De forma didática e atenciosa, Marc Ferro aborda em A colonização explicada a todos (Editora Unesp, 190 pp, R$ 38) o processo colonizador, em especial aquele levado a cabo pela Europa no além-mar entre os séculos XVI e XX. Alicerçado nos domínios da história, o autor lança luz sobre os eventos políticos, sociais, econômicos e culturais que sustentam o colonialismo e que, assim, dão origem a novas sociedades – das quais nem todas sobrevivem. Seguindo o formato de uma entrevista, Marc Ferro responde questões como: O que é o imperialismo? Qual a ligação entre colonização e escravatura? Como estas coexistiram com o Iluminismo? Por que muitos povos se permitiram colonizar? Como se deu o movimento de liberação das nações colonizadas? Assim, de forma didática e meticulosa, um tema espinhoso, complexo e atual é destrinchado e exposto ao grande público.