A Bienal do Rio já esquentou os seus motores e espera bombar neste seu primeiro final de semana. Mas, na semana pré-Bienal, quem chamou a atenção na lista foi a convidada de uma edição passada de outra bienal, a de São Paulo. Cassandra Clare, que arrastou multidões na bienal paulista de 2014, chegou ao topo da lista Infantojuvenil nessa semana ao vender 2.721 exemplares da edição de colecionador de Senhor das sombras (Galera Record). O número foi suficiente para dar a ela o terceiro lugar da Lista Geral, que continua liderada por Sapiens (L&PM) e tendo como vice-líder O poder da ação (Gente). E Cassandra não está sozinha. Paula Pimenta, a mineira que apimenta as vendas do Grupo Autêntica, lançou o quarto volume da sua série Minha vida fora de série, publicado pelo selo Gutenberg. O livro, na sua primeira semana de livrarias, alcançou a 13ª posição da lista Infantojuvenil ao vender 510 exemplares. Para conferir outros destaques da lista, clique no Leia Mais.

O Prêmio São Paulo de Literatura, divulgou os 20 finalistas da sua décima edição. O prêmio que tem como principais objetivos incentivar a produção literária de qualidade, apoiar e valorizar novos autores e editoras independentes e incentivar a leitura oferece um total de R$ 400 mil aos vencedores. Na categoria de melhor livro de romance do ano, estão nomes como o de Maria Valeria Rezende, que concorre com o livro Outros cantos (Alfaguara); Silviano Santiago, com a obra Machado (Companhia das Letras); José Luiz Passos, com O marechal de costas (Alfaguara), e Ricardo Lísias, com A vista particular (Alfaguara). Clique no Leia Mais para ver a lista completa dos finalistas.

Prestes a completar 30 anos, o “Oscar dos quadrinhos” divulgou ontem a lista de vencedores do Troféu HQMIX deste ano com trabalhos que refletem as recentes modificações nos métodos de consumo, distribuição e produção dos quadrinhos. Com pouco mais de 400 inscrições, foram escolhidos até dez indicados em cada categoria, que entraram em uma cédula de votação para o segundo turno de uma votação nacional com mais de mil profissionais cadastrados que atuam na área. Ao todo, o HQMIX 2017 contemplou 32 categorias, além das três outorgadas pela Comissão Organizadora. Entre as editoras indicadas ao prêmio de melhor do ano, a SESI-SP Editora liderou desde o início a corrida com 18 indicações. E conseguiu chegar na reta final em primeiro lugar. A editora apostou pesado em 2016, publicando mais de 40 títulos. A festa de premiação acontecerá no dia 17 de setembro, às 18h, na choperia do SESC Pompeia (Rua Clélia, 93 - Pompeia - São Paulo / SP) com entrada gratuita. Clique no Leia Mais para conhecer os vencedores e saber outras novidades sobre o mercado de quadrinhos no país.

A convite da Feira do Livro de Frankfurt e do Brazilian Publishers, o #coisadelivreiro, empresa capitaneada pelos nossos colunistas Bruno Mendes e André Palme, vai participar de uma série de ações para mostrar a inovação no mercado editorial brasileiro e latino. Serão dois eventos e uma exposição permanente no estande coletivo do Brasil na Feira, que acontece em outubro entre os dias 11 e 15. A iniciativa, segundo Palme “tem o objetivo de mostrar que existem coisas diferentes e novas sendo realizadas no mercado brasileiro e latino. Queremos mostrar que o Brasil é um lugar de inovação de modelos de negócios, formatos, soluções e serviços... mais do que isso, que ele não é só o que o mercado internacional já conhece”. Para saber quais são esses eventos, clique no Leia Mais.

A Editora Vozes levará dois de seus autores para a Bienal do Rio. No sábado (2), Mario Sergio Cortella estará no estande da editora (Pavilhão 3, Azul – Rua J1/K2), das 14h às 15h30, autografando livros em comemoração aos 10 anos de publicação do Qual é a tua obra?. No dia seguinte (3), Leonardo Boff marcará presença no local, das 12h30 às 16h30, para uma sessão de autógrafos em comemoração aos 20 anos de publicação do A águia e a galinha.

As crianças que visitarem a 18ª Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro (31/08 a 10/09) terão uma programação infantil que inclui contação de histórias, peças de teatro, distribuição de livros gratuitos, sessão de autógrafos e obras digitais e físicas para leitura em família. As atrações, que ocorrerão aos finais de semana e no feriado de 7 de setembro, fazem parte da Praça da Leitura, que tem o patrocínio exclusivo da Supergasbras. "Recebemos centenas de livros novos doados por meio de uma campanha de arrecadação e estamos muito felizes de poder multiplicar o gosto pela leitura com as crianças", completa Lucinda, Miranda, coordenadora de Responsabilidade Socioambiental da Supergasbras. Nas estantes de livros da Praça da Leitura, as crianças terão livre acesso às obras para leitura no local. Também poderão escolher um livro de preferência para levar para casa. Ao final do evento, os livros restantes serão doados para a Biblioteca da Casa de Fraternidade Francisco de Assis, em Jardim Primavera, e para o setor de pediatria do Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, ambos em Duque de Caxias (RJ). Além da Praça da Leitura, crianças e adolescentes poderão conferir os espaços EntreLetras, Geek & Quadrinhos, e Cafezinho Literário.

O público que circular pela Bienal do Rio poderá conhecer e interagir com a área Livro Digital. Patrocinado pela Saraiva e com curadoria da #coisadelivreiro, o espaço contará com uma série de debates sobre as perspectivas e desafios da categoria e prevê, ainda, sessão pipoca com audiolivros, saraus e bate-papo de histórias em quadrinhos em 360º. “Toda a programação foi pensada para agregar mais conhecimento e apresentar novas perspectivas para o universo digital”, explica Marcelo Ubríaco, vice-presidente da Saraiva. Entre os principais assuntos que serão discutidos no espaço estão: como ser um autor digital, comportamento de consumo e formação de novos leitores, cultura pop e influenciadores, mercado editorial digital, novas plataformas de leitura digital e o mercado digital e os leitores de e-books. Aberto ao público, os debates acontecem sempre em dois horários, às 11h e 15h. Nos finais de semana, o espaço terá programação especial. Aos sábados (2 e 9/09), às 15h, serão realizados os Saraus Lev, atividade onde os participantes irão ler trechos de livros ou textos de autoria própria pela tela do e-reader e do celular. Já aos domingos (3 e 10/09), às 15h e 11h, acontecem sessões pipoca com a execução de audiolivros.

O Grupo Editorial Zit também está na 18ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que segue com a sua programação até o próximo dia 10. Os leitores que passarem pelo estande do grupo (Pavilhão Azul, Rua I, 25) poderão conferir em suas prateleiras, livros de seus diversos selos que abrangem linha adulta, juvenil, infantil, espiritualista: Tinta Negra, Escrita Fina, Zit Editora, Nossa Casa, Novo Ser e Ao Livro Técnico. Na programação estão lançamentos de livros, palestras e bate-papos como, por exemplo, o lançamento da obra As crônicas de Elvis: Cadillac cor-de-rosa, do escritor Daniel Frazão, com a apresentação do jornalista Silvio Essinger, no dia 3, às 20h, e a mesa redonda Intolerância através dos tempos, no dia 7, às 18h, com Luís Ernesto Lacombe e Miriam Leitão, sobre o livro Cartas de Elise – Uma história brasileira sobre o nazismo, do próprio Lacombe, seguido de sessão de autógrafos. No dia 5, haverá também a palestra A literatura infantil falando de inclusão social, com as autoras Alessandra Almeida Maltarollo e Andrea Viviana Taubman, às 10h. E no dia 6, às 13h, acontece a palestra O atentado de 11 de setembro como inspiração para narrativas ficcionais, com os escritores Fania Szyslow Benchimol e Luís Eduardo Matta.

As editoras Maria Amélia Mello e Mônica Maia, as agentes literárias Marianna Teixeira Soares e Valéria Martins, a escritora Rosa Amanda Strauzs e a professora Cíntia Barreto conduzem o curso sobre Mercado Editorial. Nos encontros que acontecem de 12 a 28 de setembro, sempre às terças e quintas, às 14h, elas vão compor um panorama do mercado editorial atual, com enfoque especial no agenciamento literário, marketing de autores e de livros, divulgação e formação de leitores. O curso acontece na Sala de Leitura da Cidade das Artes (Av. das Américas, 5300, Barra da Tijuca – Rio de Janeiro / RJ). O investimento é de R$ 400. Para mais informações e inscrições é só mandar e-mail para professora@cintiabarreto.com.br.

Em 2017, a Zahar comemora 60 anos de existência. Pioneira na publicação de ciências humanas e sociais no Brasil, a editora carioca contribuiu para a formação de gerações de universitários e intelectuais, e se mantem independente em um mercado de fusões e aquisições. Nos últimos dez anos, novas coleções e nichos de publicação foram desenvolvidos, como a coleção Clássicos Zahar – em edições comentadas ou formato bolso de luxo – e o selo infantojuvenil Pequena Zahar. A editora foi também uma das primeiras a publicar e-books. Hoje, com Ana Cristina e Mariana Zahar – esta, a terceira geração da família – continua se renovando e mantendo seu catálogo de prestígio. Para celebrar os 60 anos, será lançado no fim do ano A marca do Z: a vida e os tempo do editor Jorge Zahar, escrito pelo jornalista Paulo Roberto Pires. A obra traça não só o perfil do seu fundador, mas também a história da editora; o mundo editorial e os amigos próximos – como Ênio Silveira e Paulo Francis –; o peso e a importância de ser editor nos anos de ditadura; como publicou os primeiros ensaios originais brasileiros; além de contar outras histórias da época em que viveu o editor. Ainda em comemoração a data, a Zahar vem realizando em parceria com a Casa do Saber Rio, desde julho até dezembro, aulas sobre assuntos de destaque em seu catálogo, como psicanálise, ciências sociais e clássicos da literatura. Os cur­sos, ministrados por autores e colaboradores da editora, ocorrem uma vez por mês.

O Martín Fierro, Para as seis cordas & Evaristo Carriego (Companhia das Letras, 280 pp, R$ 49,90), são três livros do argentino Jorfe Luis Borges que estão reunidos em um único volume. O Borges que emerge das páginas destes três livros é um escritor profundamente embrenhado na memória cultural argentina. Escrito em 1953, O Martín Fierro traz uma fina análise do poema homônimo, composto no século XIX por José Hernández e considerado obra fundadora da literatura de seu país. Em Para as seis cordas, de 1965, Borges lida com a milonga, forma poética e musical precursora do tango, calcada na tradição dos cantores populares. Já em Evaristo Carriego, concluído em 1930, Borges discute a obra do poeta, a quem conheceu pessoalmente e que se confunde com o bairro de Palermo, em Buenos Aires, onde Carriego passou a maior parte da vida.

Segundo livro da coleção Marginália, dedicada a textos pouco conhecidos de grandes escritores modernos, A perda de si (Rocco, 176 pp, R$ 34,50) apresenta uma seleção abrangente das cartas do francês Antonin Artaud (1986-1948) escritas em diferentes momentos de sua vida a amigos como Anaïs Nin, André Breton, Jacques Rivière e outros. Organizada pela professora da PUC-Rio, Ana Kiffer, a obra revela, por meio dessa correspondência rica em reflexões sobre teatro, literatura, marxismo e psicanálise, entre outros temas, a gênese e as transformações do pensamento de Artaud, um dos grandes renovadores da dramaturgia do século XX, que influenciou não só nomes ligados ao teatro, como Peter Brook e José Celso Martinez Corrêa, mas também escritores do movimento beat e intelectuais como Gilles Deleuze e Jacques Derrida. As cartas a Rivière, escritas em Paris nos anos 1920, abrem o livro com um passeio pelas vanguardas europeias.

Em Dois pinheiros e o mar e outras crônicas sobre o meio ambiente (Global Editora, 104 pp, R$ 35), estão reunidas 21 crônicas publicadas em jornais e revistas entre 1948 e 1969, cujos originais integram o acervo do autor, pertencente à Fundação Casa de Rui Barbosa. Nelas, “o sabiá da crônica” descreve não só a singeleza da fauna e da flora, como também clama aos homens que olhem com mais carinho e responsabilidade por este universo que, no fim das contas, garante a plena sobrevivência da humanidade. Por conta desta viva sensibilidade, Rubem Braga expõe e critica com sua fina ironia a crueldade humana que violenta o mar, polui os rios e cria desertos. Destinadas também ao público juvenil, as crônicas foram selecionadas por Gustavo Henrique Tuna e ilustradas por Dave Santana.

Numa época em que muitas questões de gênero estão no centro dos debates e o protagonismo feminino se transformou em recorrente bandeira, a Sesi-SP lançou-se num desafio ousado. Reuniu numa coletânea 17 contos de Machado de Assis protagonizados por personagens femininas. Como resultado, a seleção permite que o leitor observe os diferentes perfis traçados pelo escritor – da recatada à infiel, da obediente à guerreira -, mas que têm em comum a vivência da mulher numa sociedade em que era submetida a um papel secundário, e muitas vezes de subordinação. Mulheres de Machado (368 pp, R$ 59,90) traz um prefácio de Hélio de Seixas Guimarães, professor livre-docente de Literatura Brasileira no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas na Universidade de São Paulo, especializado em Machado de Assis. Ele destaca que as mulheres retratadas nos contos “são mais uma prova da maestria do autor em criar também nos textos breves e com poucos traços, personagens imensas e inesquecíveis.”

Arqueologia de um poema romântico – anos 70 (Idea Editora, 128 pp, R$ 26), do médico José Antônio Garbino, retrata uma época de fortes transformações culturais entrelaçadas a um momento pessoal de um estudante de medicina no auge de sua vida poética. O autor trata da realidade coletiva ao narrar em versos a passagem da juventude para a idade adulta e abre espaço para outras vozes, explorando o sofrimento, os desejos e angústias. São experiências poéticas pessoais e coletivas, da época em que viveu em repúblicas e vagava pelas noites atrás de amores. Era um momento em que ainda estava tateando a vida, influenciado pelos filósofos existencialistas e pelo pensamento antiditadura. As poesias descrevem esse período em quatro partes, a perplexidade, o romantismo desvairado, a melancolia e a catarse. O livro também traz ilustrações e fotos do próprio autor. Segundo ele, essas representações eram uma maneira de participar da cultura estudantil da época e retratar as incertezas vividas.