Fazia tempo que a lista dos mais vendidos do PublishNews era liderada ou pelo padre Reginaldo Manzotti e o seu Batalha espiritual (Petra / Ediouro) ou pel´O mundo de Larissa Manoela (HarperCollins). Nessa semana, no entanto, a dobradinha padre/estrela juvenil foi suspensa e um livro que já frequenta a lista desde 2015 alcançou o topo da Lista Geral. Estamos falando de Sapiens - Uma breve história da humanidade (L&PM), de Yuval Noah Harari, que vendeu 3.725 exemplares vendidos na semana depois de ter sido entrevistado por Pedro Bial no seu programa na TV Globo. Para conferir outros destaques da lista dessa semana, clique no Leia Mais.

Nesta semana, os ministros Mendonça Filho, da Educação, e João Batista de Andrade, da Cultura, nomearam Renata Costa como nova secretária-executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). O cargo estava vago desde que José Castilho Marques Neto pediu demissão em maio do ano passado. Renata é coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas do Rio de Janeiro e responsável pelo Plano Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Rio. Renata continuará exercendo as suas atividades no Rio de Janeiro, já que o cargo de secretário-executivo do PNLL é pro bono. O PNLL foi instituído com a “finalidade básica assegurar a democratização do acesso ao livro, o fomento e a valorização da leitura e o fortalecimento da cadeia produtiva do livro como fator relevante para o incremento da produção intelectual e o desenvolvimento da economia nacional”.

“Descobertabilidade”, números e estatísticas do mercado, impressão por demanda, livros digitais e a lista dos mais vendidos estão no foco da programação do terceiro dia da Casa PublishNews em Paraty. Logo mais, às 11h30, acontece a mesa Estatísticas também é literatura: os números do mercado, com Mariana Bueno (Fipe), Ismael Borges (Nielsen) e Marcos Pereira (Snel), com mediação de Carlo Carrenho. Às 14h, Carlos Henrique de Carvalho (BookPartners), Raphael Secchin (Bibliomundi) e Eduardo Albano (Ubook) falam sobre Velhas novas tendências: POD, e-books e audiolivro, com Bruno Mendes (#coisadelivreiro). Das 15h às 16h, Leonardo Neto conduz o papo Lista dos mais vendidos: como eu cheguei lá, com Bruno Zolotar (Record), Gerson Ramos (Planeta) e Daniela Kfuri (HaperCollins). Zolotar volta ao palco da Casa às 16h30, para a mesa “Descobertabilidade” – ou a arte de encontrar o livro da capa azul, com Ricardo Costa (Metabooks), Viviane Lordello (Skoob), Jorge Sette (Bookwitty) e Marcelo Gioia (Bookwire). O Papo de Boteco de hoje é com Jacques Fux, um dos autores da programação oficial da Flip e vencedor do Prêmio São Paulo, que vai bater um papo descontraído e informal com Leonardo Neto. A programação dessa sexta acaba com a Festa do Policarpo, a partir das 22h, na Praia do Pontal. Para conferir a programação completa, incluindo as atividades do fim de semana, clique aqui.

O Man Booker Prize, prêmio que reconhece livros escritos originalmente em inglês por autores de qualquer nacionalidade desde que já publicados no Reino Unido, anunciou sua primeira lista de finalistas. Os 13 escolhidos são O ministério da felicidade absoluta (Companhia das Letras), da indiana Arundhaty Roy (foto ao lado); The Underground Railroad: Os caminhos para a liberdade (HarperCollins), livro de Colson Whitehead, e vencedor do Prêmio Pulitzer 2017; Autumn, de Ali Smith (Reino Unido); 4 3 2 1, de Paul Auster (EUA); Days Without End, de Sebastian Barry (Irlanda); History of Wolves, de Emily Fridlund (EUA); Exit West, de Mohsin Hamid (Paquistão); Solar Bones, de Mike McCormack (Irlanda); Reservoir 13, de Jon McGregor (Reino Unido); Elmet, de Fiona Mozley (Reino Unido); Lincoln in the Bardo, de George Saunders (EUA); Home Fire, de Kamila Shamsie (Paquistão) e Swing Time, de Zadie Smith. Os finalistas serão anunciados no dia 13 de setembro e o vencedor no dia 17 de outubro.

A Liga Brasileira de Editores (Libre) lançou, nesta quinta-feira (27), o Prêmio Libre pela Bibliodiversidade, cujo objetivo é dar reconhecimento ao autor de um ensaio inédito que tematize o livro, a leitura e os agentes de sua cadeia produtiva. Nos textos, os candidatos poderão tratar de uma ou mais das seguintes questões específicas: produção e circulação do livro; diversidade de linhas editoriais e sua representação em livrarias e bibliotecas, tanto de acervos públicos quanto privados; relação entre bibliodiversidade e outras diversidades; estudos comparativos de mercado ou eventual abordagem original plenamente justificada. O anúncio foi feito na casa da entidade, montada em Paraty. O vencedor ganhará a publicação impressa da obra custeada pela Libre. O período de inscrições abre no próximo dia 10.

Depois que o Festival da Mantiqueira foi cancelado, em 2016, a comunidade do distrito de São Francisco Xavier, no alto da Serra da Mantiqueira, no interior paulista, se organizou e criou o Encontro na Mantiqueira - Literatura em Foco. A má notícia agora é que, sem apoio financeiro, o evento que nasceu como forma de resistência também foi cancelado. Em comunicado oficial, os organizadores explicaram que a verba e ajuda necessária da administração de São José dos Campos e da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo não chegou a tempo e que por isso, foi impossível continuar com os preparativos do encontro que estava marcado inicialmente para acontecer entre os dias 11 e 13 de agosto.

A Editora Ave-Maria preparou para o dia 4 de agosto, a primeira edição do Café Literário. Com o tema A importância dos livros na formação cristã, o evento busca mostrar que uma das melhores maneiras de alimentar e fortalecer a fé é através da leitura, para isso, a editora reunirá alguns de seus autores para falarem com o público sobre suas obras. Dentre os confirmados estão os padres Luís Erlin, Elias Souza, Jader Rodrigues e Valdeci Toledo. O evento acontecerá no Edifício Santo Antônio de Pádua (Av. Do Contorno, 6738, Santo Antônio - Belo Horizonte / MG), das 19h às 21h30 e irá reunir livreiros, formadores de opinião e todo o clero de Minas Gerais.

A Editora DCL lança neste sábado (29) o livro infantil Bafafá na Arca de Noé (32 pp, R$ 28,90). Escrito por Marco Haurélio e ilustrado por Anabella Lopéz, a obra conta a história de um animal diferente de todos os outros que acabou entrando na Arca de Noé. Uma fábula contada em versos, com muito humor, que mostra como as diferenças fazem parte da vida dos bichos e dos homens. O lançamento acontece na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915 – São Paulo / SP), às 15h, e contará com a presença dos autores além de uma oficina de desenhos gratuita comandada por Anabella.

Quando Dan anuncia que pretende ser padre, a jovem Hanna assiste a agonia de sua mãe. Nos anos seguintes, todos os filhos da família Madigan vão deixar a casa da matriarca Rosaleen. Dan parte para o frenesi de Nova York, e precisa lidar com o fantasma da Aids. Costance se vê em um hospital em Limerick, com uma possível tragédia de grandes proporções. Emmet percorre o continente africano e encontra o amor em Mali. E Hanna atravessa o cotidiano da maternidade na moderna Dublin. Quando eles se reúnem para o Natal, segredos e conflitos do passado virão à tona, e toda família precisará encontrar seu caminho de volta para casa. A estrada verde (Alfaguara / Companhia das Letras, 272 pp, R$ 49,90) é um livro profundamente impactante sobre laços familiares, é Anne Enright em sua melhor forma.

Um ano após a morte de Miriam, com quem foi casado por 40 anos, Arthur Pepper finalmente toma coragem para arrumar o armário da esposa. O viúvo de 69 anos e hábitos modestos, cada vez mais fechado em sua vida solitária, fica surpreso ao encontrar, nas coisas de Miriam, um extravagante bracelete de ouro que ele não conhecia, enfeitado com oito diferentes pingentes. Determinado a descobrir a história por trás da joia, ele percebe que sabia muito pouco do passado da mulher com quem viveu por quatro décadas. E embarca numa viagem que o levará da Índia a Paris, na companhia da vizinha Bernadette, uma viúva que dedica seu tempo a cuidar de pessoas que perderam entes queridos. O bracelete misterioso de Arthur Pepper (Fábrica 231 / Rocco, 304 pp, R$ 44,50), de Phaedra Patrick, conta a história de uma jornada que mudará para sempre não só a maneira como Arthur conhecia a esposa, mas a sua própria vida, levando-o a fazer as pazes consigo mesmo e com o mundo.

A utopia da cidade grande, pintada no imaginário coletivo como o eldorado redentor de oportunidades para uma vida melhor, sempre alimentou esperanças, não importando o lugar ou a época. Essa temática que, em suma, é a luta pela sobrevivência, ganha um registro impactante em O garoto de riquixá (Estação Liberdade, 336 pp, R$ 49), romance de Lao She publicado originalmente em 1937. Ambientada na Beijing dos anos 1920 e 1930, tempos de grande efervescência social e política na China, a trama acompanha a catártica cruzada de Xiangzi, o personagem-título. Vindo do campo, ele se instala na metrópole determinado a se tornar um condutor de riquixá. A ideia que o anima é simples: economizar seus yuans para conseguir comprar o próprio veículo e, assim, se tornar um trabalhador autônomo. No entanto, o garoto bem-disposto e sonhador que veio à cidade com pouco mais do que a cara, a coragem e a roupa do corpo terá de lidar com o choque de uma realidade hostil, onde a noção de sobrevivência pode significar atropelar o próximo, se necessário for.

Escrito em 1961 pelo polonês Stanislaw Lem, o romance de ficção científica Solaris (Aleph, 320 pp, R$ 59,90) voltou às livrarias em edição caprichada com novo projeto gráfico e capa dura. O texto de Lem tornou-se um marco no gênero ao tratar de assuntos delicados, como traumas pessoais, inteligência humana e ciência, com uma grande carga emocional e psicológica envolvida. O livro traz a história do cientista Kris Kelvin, psicólogo que vai ao planeta Solaris para estudar um oceano vivo – e possivelmente inteligente – que cobre a sua superfície. Mas ao chegar na estação espacial, Kelvin encontra colegas de trabalho hostis e amedrontados. Logo ele descobre que esses respeitados cientistas estão sendo perturbados por estranhas aparições que também começam a afetar sua própria percepção. O que ele vê são suas memórias mais obscuras e reprimidas, materializadas por obra de alguma misteriosa força atuante no planeta.

Amigas de infância, Erika e Clementine não poderiam ser mais diferentes. Erika é obsessivo-compulsiva. Ela e o marido são contadores e não têm filhos. Já a completamente desorganizada Clementine é violoncelista, casada e mãe de duas meninas. Certo dia, as duas famílias são inesperadamente convidadas para um churrasco de domingo na casa dos vizinhos de Erika, que são ricos e extravagantes. Durante o que deveria ser uma tarde comum, com bebidas, comidas e uma animada conversa, um acontecimento assustador vai afetar profundamente a vida de todos, forçando-os a examinar de perto suas escolhas — não daquele dia, mas da vida inteira. Em Até que a culpa nos separe (Intrínseca, 464 pp, R$ 34,90), Liane Moriarty mostra como a culpa é capaz de expor as fragilidades que existem mesmo nos relacionamentos estáveis, como as palavras podem ser mais poderosas que as ações e como dificilmente percebemos, antes que seja tarde demais, que nossa vida comum era, na realidade, extraordinária.