Recordações do escrivão Isaías Caminha, de 1909, marcou oficialmente o início da carreira de Lima Barreto como escritor. Mas antes disso, em 1905, ele escreveu uma série intitulada O subterrâneo do Morro do Castelo, publicada entre os dias 28 de abril e 3 de junho, no Correio da Manhã, jornal onde o homenageado da Flip deste ano trabalhava. Os textos foram reunidos, pela primeira vez em livro, no fim da década de 1990, pela Coleção Babel, da editora Dantes. Uma nova edição – limitada, especialíssima, editada pela BR75, com papel Chambril Avena e impresso pela RR Donnelley – servirá de presente para editores que visitarem a Casa PublishNews (Rua do Comércio, 13) em Paraty. Na quinta-feira (27), das 16h30 às 17h30, o livro será oficialmente lançado durante a mesa A arte de fazer livros, que reunirá Silvia Rebello, da BR75; Luis Carlos Lopes, da Donnelley; Tayla Monteiro, da International Paper e Carlo Carrenho, do PublishNews. Clique no Leia Mais e conheça mais sobre a história do livro.

Pelo quinto ano consecutivo, a Livraria da Travessa será a livraria oficial da Flip, que começa amanhã (26) e segue com sua programação até o próximo domingo (30). Foram enviados para Paraty 45 mil volumes: 22 mil exemplares de títulos dos autores convidados e de Lima Barreto, homenageado desta edição; 3 mil de títulos que compõem as listas dos mais vendidos; 6 mil em títulos infantojuvenis e 14 mil de títulos diversos. Para as operações na cidade, a Travessa levará a Paraty 26 dos seus funcionários (sendo 16 livreiros e dez dos setores administrativos) e ainda contratou oito profissionais locais. A livraria, que tem 400 m² e foi montada ao lado da Igreja Matriz, será dividida em seções. Uma delas, a Limana, é em homenagem ao autor de Triste fim de Policarpo Quaresma. Limana era o apelido que Barreto deu a sua biblioteca particular. Nessa seção, além dos livros do próprio autor, estarão títulos de seus contemporâneos e títulos sobre o autor. Para saber outros detalhes de como ficará a loja em Paraty, clique no Leia Mais.

O #coisadelivreiro, empresa de inteligência de negócios e marketing para o livro comandada por Bruno Mendes e André Palme, ambos colunistas do PublishNews, vai ter uma agenda intensa na Flip deste ano. Representante comercial do PN, a empresa estará em Paraty com uma equipe de cinco pessoas (além de Bruno e André, estarão Ana, Mabi e Mari) que vão se dividir em diversos compromissos. Além da participação de representantes da empresa em mesas na Casa PublishNews, na Câmara dos Vereadores e na Casa Santa Rita da Cassia, o #coisadelivreiro assina, junto com as Edições SESC-SP, a curadoria de uma programação voltada para o livro digital na Casa Sesc. Clique no Leia Mais e tenha detalhes da atuação da empresa na Flip.

A Casa do Papel (Av. Otávio Gama, 142) terá, entre outras atrações na Flip, a primeira edição do Navegar Noites Musicais, um minifestival que de 27 a 29 receberá apresentações em voz e violão. Na quinta-feira (27), quem abre a série de shows é Daniel Medina, músico e compositor cearense radicado em São Paulo, e que lança este ano seu primeiro disco, Evoé. Na noite seguinte, é a vez do compositor paulista Felipe Antunes, vocalista e guitarrista da banda Vitrola Sintética. O músico estreou em carreira solo no ano passado com Lâmina, um 'álbum-livro' que reúne, além do disco, também uma seleção de fotos, poemas e escritos do artista. O Navegar Noites Musicais se encerra com a apresentação do mineiro Luiz Gabriel Lopes (na foto ao lado). Prestes a lançar seu terceiro álbum, Manas, o músico é um entusiasta do voz e violão - em 2016, foram mais de 60 shows neste formato. Os espetáculos são gratuitos e começam sempre às 21h30. Todas as noites contam com discotecagem do duo DiMangaba.

A 3ª edição do Prêmio Jovens Talentos teve suas inscrições prorrogadas até o dia 5 de agosto. Por conta da Flip e pelo fato de vários profissionais estarem completamente envolvidos no festival, nada mais justo que dar a eles um tempinho a mais para voltarem de Paraty com calma e se inscreverem no Prêmio. Os candidatos ou qualquer pessoa que queira indicar um profissional devem encaminhar um e-mail para inscricao@premiojovenstalentos.com. Além de nome completo, telefone e endereço eletrônico, a mensagem deve conter um testemunhal com até 4 mil caracteres explicando por que essa pessoa merece o prêmio, destacando como o candidato(a) contribuiu para a indústria do livro. Podem e devem ser enviados materiais de apoio à indicação, tais como cartas de referência de colegas e superiores, assim como qualquer forma de documentação que comprove as contribuições do(a) indicado(a), tais como relatórios de vendas, negócios fechados, receita gerada, estudos de eficiência, campanhas executadas, materiais editados etc. Lembrando que o vencedor ganha uma viagem para a Feira do Livro de Frankfurt, com as despesas de passagens e hospedagens pagas e ainda entradas para o Business Club, a "área VIP" da feira.

A 5ª edição da FlinkSampa – Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra, o mais representativo evento voltado para a cultura negra no Brasil, está marcado para acontecer de 16 a 18 de novembro, no Memorial da América Latina (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda - São Paulo / SP). Com a proposta de oferecer o acesso ao livro e à leitura com uma programação cultural totalmente gratuita, o evento contará atividades literárias que dialogarão com outras manifestações artísticas, como a música, o teatro, a dança, o cinema e as artes visuais. O patrono da FlinkSampa 2017 será o escritor Paulo Lins (na foto ao lado), autor de Cidade de Deus, e a programação contará com a presença de escritores nacionais e internacionais nos debates do Ponto de Ideias, com curadoria de Guiomar de Grammont. A Flikinha também terá sua própria programação, com atividades para crianças, palestras para jovens empreendedores, além de debates sobre empoderamento e beleza para meninas e jovens negras. A Flink terá ainda um concurso literário O Prêmio Jovem Negro de Literatura, cujo resultado será publicado em livro, o Prêmio Flink de Literatura, em parceria com o Sesi-SP e o Festival Afrominuto, curtas-metragens produzidas por estudantes, com base na vida e na obra de Paulo Lins

Depois da versão on-line do curso Como montar e manter uma pequena editora, ministrado por Jiro Takahashi, a Universidade do Livro (Praça da Sé, 108, Centro - São Paulo / SP) recebeu pedidos para oferecer a versão presencial do curso. Então, atendendo aos pedidos, Jiro conduzirá o curso em três encontros presenciais, que acontecem de hoje (25) até quinta (27) desta semana, sempre das 18h30 às 21h30. A partir de análise da experiência de algumas editoras independentes com papel destacado no mercado editorial brasileiro e internacional, Jiro objetiva caracterizar e listar os cuidados para a montagem e a manutenção de uma editora. Durante as aulas, ele também irá discutir as razões de ser uma editora independente e seu papel dentro do mercado editorial, analisando as oportunidades e as dificuldades de seu funcionamento, bem como avaliar os resultados e debater as tendências. As inscrições podem ser feitas até as 16h de hoje e o investimento é de R$ 580.

Estão abertas até o dia 31 de agosto as inscrições para a 12ª edição do Prêmio Laura Russo. Com o objetivo de homenagear a profissão de bibliotecário, o tema desta edição procura destacar o impacto da atuação profissional na sociedade e sua contribuição para a construção da plena cidadania, no desenvolvimento social, econômico e cultural. Poderão participar profissionais bibliotecários (as), instituições públicas, privadas e do terceiro setor, discentes e docentes do Estado de São Paulo. Serão aceitos trabalhos desenvolvidos entre os anos de 2014 a 2016. As inscrições devem ser feitas exclusivamente por meio do e mail premiolaurarusso@crb8.org.br e o regulamento pode ser lido clicando aqui.

A Casa do Saber (Rua Dr. Mario Ferraz, 414, Jardim Paulistano – São Paulo / SP) recebe o autor Dante Gallian para um bate-papo sobre seu novo livro A Literatura como remédio (Martin Claret). Baseado numa experiência desenvolvida originalmente numa escola de medicina, fala sobre um experimento, o Laboratório de Leitura, que partindo da leitura e discussão coletiva dos clássicos, tem propiciado um poderoso efeito humanizador e terapêutico que vem transformando a vida de muitas pessoas. "As pessoas estão muito isoladas. O Laboratório é um ponto de encontro", afirma o autor que acredita que através da literatura, males como a depressão e a ansiedade podem ser combatidos. O bate-papo acontece no dia 27 de julho, às 20h. A inscrição é gratuita, mas é preciso fazer um cadastro pelo site da Casa do Saber.

Beleza, gênio, trabalho, desorientação. Essas são algumas das palavras que Domenico De Masi, o pai do ócio criativo, usa para desafiar o leitor, para demonstrar que os conceitos que consideramos óbvios, na verdade, estão bem longe da obviedade. Por trás de cada uma delas existe um mundo: no passado, tais vocábulos tinham significados e valores diferentes, logo eram diferentes também as implicações na vida dos homens e no seu universo mental. Alfabeto da sociedade desorientada (Objetiva / Companhia das Letras, 616 pp, R$ 69,90) é muito mais que a soma de suas partes — é um retrato inspirado do nosso presente, e lança o desafio de dar a essas mesmas palavras novos significados. Domenico fala com profundidade e franqueza dos aspectos mais importantes da nossa cultura. São reflexões que fazem o leitor entender melhor o funcionamento da sociedade, o modo como ela se comporta e o que valoriza.

É possível ser solitário em qualquer lugar, mas há um sabor particular na solidão quando se mora em uma grande cidade. A mera proximidade física não é suficiente para dissipar a sensação de isolamento interno. Em A cidade solitária (Anfiteatro / Rocco, 304 pp, R$ 49,50), Olivia Laing dá continuidade ao trabalho iniciado em Viagem ao redor da garrafa e volta a articular vida e arte para, combinando reportagem, literatura, biografia e relato pessoal, analisar a solidão a partir de obras de artistas que, em meio ao dia a dia intenso de uma metrópole, lidaram direta ou indiretamente com esse sentimento ou foram perturbados por ele, com destaque para Edward Hopper, Andy Warhol, David Wojnarowicz e Henry Darger. O que significa ser solitário? Como vivemos quando não estamos intimamente envolvidos com outro ser humano? Olivia apresenta um texto provocativo e humano sobre os espaços entre as pessoas, que podem ser ocupados pelas possibilidades da arte.

Por que acreditar no sobrenatural? É possível desvendar truques e conceder-lhes uma explicação aceitável? Durante séculos as pessoas puderam presenciar acontecimentos bizarros: objetos flutuando, se transformando em novas coisas, curas milagrosas e previsões sobre o futuro. O professor de psicologia da Universidade de Edimburgo, na Escócia e ex-mágico profissional, Peter Lamont, discute estas questões e investiga a propensão humana em acreditar em fenômenos paranormais em Crenças extraordinárias – Uma abordagem histórica de um problema psicológico (Editora Unesp, 447 pp, R$ 68). Ao estudar a parapsicologia do ilusionismo, o autor constrói uma narrativa que mistura suas memórias pessoais, casos de apresentações extraordinárias e fatos históricos. Para realizar a investigação sobre como as pessoas manifestam suas crenças, Lamont vai além do senso comum e entra em contato com mágicos, videntes, espiritualistas, pesquisadores de fenômenos psíquicos, psicólogos e neurocientistas. Durante esse caminho, analisa, entre diversos acontecimentos extraordinários e estratégias adotadas pelos ilusionistas para que o público não perceba as técnicas utilizadas.

Por onde passa, o Estado Islâmico deixa sua marca de sangue e horror. Atentados na Europa; destruição do templo de Palmira, na Síria; assassinatos e perseguições em todo o Oriente Médio. Das ruas do Cairo às mesquitas de Londres, tendo percorrido várias partes do mundo onde atua a maior organização terrorista em atividade, o professor de ciência política Graeme Wood entrevistou seus apoiadores, recrutadores e simpatizantes. Na contracorrente de interpretações que se contentam em associar fanatismo e irracionalidade, o livro de Wood procura dar sentido e coerência à apropriação que o grupo faz do islamismo. A guerra do fim dos tempos (Companhia das Letras, 408 pp, R$ 59,90) apresenta uma compreensão abrangente do EI e da nova geração de terroristas que desafia a vida e os valores mais profundos das democracias ocidentais.