Batendo o olho no topo da Lista Geral dessa semana, se vê mudanças importantes. A primeira delas é que, com uma diferença de 462 exemplares, O mundo de Larissa Manoela (HarperCollins) tomou novamente o lugar de Batalha espiritual (Petra / Ediouro). Nada disso, porém, afeta o poder de Batalha, que continua inabalável no topo da Lista Anual, com 94.468 cópias vendidas no ano, um forte concorrente ao Prêmio Avena PublishNews de Livro do Ano. Outra mudança - que não pode nem ser chamado de novidade - é que O poder da ação (Gente) voltou a ocupar a terceira posição. A semana, aliás, veio cheia de novidades. Dentre elas, uma merece destaque e é uma referência a ela o título desta matéria. Guia politicamente incorreto dos anos 80 pelo Rock (LeYa), do roqueiro Lobão, um dos compositores de Vida louca vida, a música que ficou eternizada na voz de Cazuza, chegou fazendo barulho na lista ao vender 996 exemplares, o que lhe garantiu a sétima posição da lista de Não Ficção. Outro destaque vai para a Planeta que conseguiu passar a Intrínseca no Ranking Geral das Editoras e ocupa, nessa semana, a terceira posição, com oito títulos. A editora só perde para Sextante (17) e Grupo Companhia das Letras (15). Para conferir outros destaques da lista, clique no Leia Mais.

O atual diretor da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Sérgio Sá Leitão, é o novo titular do Ministério da Cultura. Sá Leitão foi chefe de gabinete do Ministério da Cultura durante a gestão do ex-ministro Gilberto Gil e secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro entre 2012 e 2015. O novo ministro, que é jornalista com pós-graduação em e-business e em políticas públicas, estava à frente da Ancine desde abril. Em comunicado, o MinC ressalta que, na sua passagem pelo MinC, entre 2004 e 2006, o novo ministro tomou medidas importantes como a criação do Programa de Economia da Cultura dentro da Secretaria de Economia da Cultura, sendo o primeiro no MinC a mapear a economia da cultura.

Com nada menos que 15 mesas, esse ano a programação da Casa PublishNews em Paraty está dinâmica e repleta de convidados especiais. Mas, para acrescentar ainda mais nas nossas discussões, decidimos adicionar mais dois nomes em algumas mesas. No dia 27, às 17h30, a mesa A arte de fazer livros, que falará sobre a indústria gráfica, de papel e as empresas de produção editorial, terá a participação de Tayla Monteiro (na foto ao lado), gerente de marcas e produtos da International Paper, além de Luis Carlos Lopes, da RR Donnelley e Silvia Rebello, da BR75, anteriormente confirmados. Já no sábado (29), na mesa Enquanto isso em Brasília: o livro e as políticas públicas, que falará sobre a Lei do Preço Fixo e da “Lei Castilho”, terá agora a participação, do presidente da Câmara Brasileira do Livro, Luís Antonio Torelli, além da Senadora Fátima Bezerra e do diretor do Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura, Cristian Brayner. A programação completa da casa, com todas as outras mesas e horários dos já tradicionais Happy Hours do PublishNews em Paraty, pode ser consultada aqui.

Antes de arrumar as malas para a Flip 2017, os interessados em concorrer à 3ª edição do Prêmio Jovens Talentos precisam fazer suas inscrições que seguem abertas até a próxima terça (25). Para se inscrever, os candidatos ou qualquer pessoa que queira indicar um profissional, devem encaminhar um e-mail para inscricao@premiojovenstalentos.com. Além de nome completo, telefone e endereço eletrônico, a mensagem deve conter um testemunhal com até 4 mil caracteres explicando por que essa pessoa merece o prêmio, destacando como o candidato(a) contribuiu para a indústria do livro. Podem e devem ser enviados materiais de apoio à indicação, tais como cartas de referência de colegas e superiores, assim como qualquer forma de documentação que comprove as contribuições do(a) indicado(a), tais como relatórios de vendas, negócios fechados, receita gerada, estudos de eficiência, campanhas executadas, materiais editados etc. É importante incluir o endereço de LinkedIn se o indicado(a) possuir. Depois de premiar Daniel Lameira (2015) e Guilherme Filippone (2016), o prêmio procura mais um profissional para ganhar uma viagem para a Feira do Livro de Frankfurt, com as despesas de passagens e hospedagens pagas e ainda entradas para o Business Club, a "área VIP" da feira.

A Liga Brasileira de Editoras (Libre) e a Nuvem de Livros também estarão na Flip 2017 retomando uma parceria que começou em 2014 e com o objetivo de discutir o papel da leitura no contexto sócio-político que o Brasil atravessa. A Casa Libre & Nuvem de Livros (Rua da Lapa, 8) receberá, dentre outros convidados os escritores Cadão Volpato e Conceição Evaristo em mesa sobre experiências de leitura. A curadora da Flip 2017, a jornalista Josélia Aguiar, participará no dia 27, às 13h, da mesa de abertura, abordando Os muitos caminhos para a leitura, no mesmo dia, às 18h, o ilustrador Roger Mello e o ator e autor Lázaro Ramos falarão sobre educação social e livros. O dia termina com um coquetel de abertura às 21h. Na sexta (28), às 10h, Frederico Lourenço, um dos destaques da programação oficial da Flip, tradutor da Bíblia e autor de O livro aberto (Oficina) bate um papo com Carlo Carrenho, fundador e CEO do PublishNews. Às 16h, acontece a mesa Leitura e comunidade, com participação de Thássio Ferreira, André Mansur e mediação de Valéria Martins. No sábado (29), os jornalistas Mino Carta e Paulo Henrique Amorim analisarão sob o prisma da informação o papel dos blogs no Brasil, às 11h, e às 16h, Xico de Sá e Dedé Laurentino participam da mesa A crônica como convite ao leitor, que terá mediação de Matthew Shirts.

Uma casa para reunir artistas gráficos, autores e pequenos editores para a troca de experiências e impressões sobre livros, leitura e literatura. Essa é a proposta d'A Casa da Porta Amarela (Largo do Rosário, 32), dirigida pela editora Pólen Livros, com participação das editoras Babel Books, Barbatana Edições, Quelônio, Lote 42, Ale Kalko, Incompleta, Fotolab Linaibah, Avocado, Rizoma e Cervebaria; o estúdio Coticoá; a produtora Sê-lo; o diretor de arte Murilo Martins e a escritora Jarid Arraes. A Casa será um lugar para debater o mercado editorial, o futuro do impresso, as questões de gênero e a representatividade na literatura e fora dela. Além disso, o espaço será ao mesmo tempo uma feira para exposição, venda, troca e consumo de livros e publicações independentes. Dentre outras atrações da casa estão a roda de conversa Autoras ocupam espaços, com participação da escritora Jarid Arraes, do Clube de Escrita para Mulheres, a poeta e jornalista Estela Rosa, do Mulheres que Escrevem, e a poeta e slammer Mel Duarte, do Slam das Minas de SP. Bebel Abreu, editora da Bebel Books, e a artista Ale Kalko conversam sobre suas experiências em publicações e autopublicações independentes e ainda outros participantes da casa debaterão sobre os desafios da produção gráfica para pequenas editoras e independentes.

A cidade de São Paulo também arrumou o seu jeitinho de participar da Flip 2017 com o projeto A energia da Língua Portuguesa. Quem for ao Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral – Portão 10 – São Paulo / SP) neste sábado (22), poderá conhecer a iniciativa da EDP Brasil, que montou dentro de um caminhão, várias atividades que exploram o idioma, além de apresentar conteúdos desenvolvidos em parceria com a Fundação Roberto Marinho, sobre a reconstrução do Museu da Língua Portuguesa. Durante todo dia os participantes poderão conhecer a cultura dos países que falam a língua portuguesa e o idioma em si. Dentre as atividades está um “visor 360°” onde os visitantes poderão visitar os países que falam a língua portuguesa por meio da cultura de cada um e o “Gerador de sotaques”, onde o visitante poderá recitar trechos de poemas e sua voz será reproduzida com sotaque que escolher. As atividades acontecem das 10h30 às 19h e logo depois, o caminhão seguirá para a Flip onde participará de todos os dias da festa.

A Casa do Saber (Rua Dr. Mario Ferraz, 414, Jardim Paulistano – São Paulo / SP) oferece neste sábado (22), como parte de sua programação de férias, a palestra Publicar um livro: da concepção ao leitor – Os segredos da autopublicação, com o editor Daniel Pinsky. No encontro ele apresentará um panorama sobre autopublicação, desde os aspectos de concepção da obra, passando pelos papéis do autor e das editoras, até as possibilidades de distribuição e comercialização do livro. Daniel apresentará também um “making off” das editoras comerciais e suas especificidades. O encontro gratuito acontece das 11h às 13h.

O que acontece quando sua orientação sexual pode se tornar sua sentença de morte? Quando os nazistas subiram ao poder na Europa, a vida dos homossexuais passou a ser regida pelo medo. De um cenário de liberdade sexual, vivido principalmente na Alemanha até o início da década de 1930, para o medo, prisões e campos de concentração junto com os judeus. Ken Setterington uniu sua pesquisa a relatos de sobreviventes homossexuais que viveram os horrores dos campos de concentração para resgatar sua história e cravar nas pessoas a importância da igualdade dos direitos humanos e civis, para todos. O triângulo rosa, costurado nos uniformes da prisão, se tornou o símbolo de sua perseguição e dos direitos dos homossexuais. Marcados pelo triângulo rosa (Melhoramentos, 136 pp, R$ 53) conta histórias como a de uma jovem judia que foi resgatada do desespero e da fome nos campos por um prisioneiro gay que usava o triângulo rosa. O último capítulo do livro descreve os avanços conseguidos nas décadas após a guerra com relação aos direitos LGBTs.

Depois de cinco anos na Sextante, Paulo Coelho transferiu todos os seus 15 romances para a Paralela, selo da Companhia das Letras. Agora, os primeiros livros começam a ser publicados com cores vibrantes e uma moderna identidade visual. A primeira leva dos romances chega com os clássicos O diário de um mago, Manual do guerreiro da luz, Onze minutos, Brida e Veronika decide morrer (240 pp, R$ 29,90), romance que narra com sagacidade e sutileza a corajosa luta de uma jovem contra (e por) sua vida. Em uma história em que tudo parecia estar no caminho certo, o autor traça o destino de Veronika com infinito cuidado, tecendo o mistério de sua decisão de tirar a própria vida e cometer suicídio. No entanto, ela não morre: acorda num hospital psiquiátrico com a perspectiva médica de ter, no máximo, apenas mais uma semana de vida. O que a protagonista passa a enfrentar, então, é um jogo de espera e um mundo estranho que a levam a reavaliar sua decisão.

Considerado um dos grandes poemas da língua portuguesa, Invenção de Orfeu (Alfaguara / Companhia das Letras, 456 pp, R$ 64,90) percorre um incomparável universo de imagens e sons. Nesta obra, Jorge de Lima criou, com o máximo de riqueza lírica e humana, o registro épico da nossa brasilidade. Publicado um ano antes da morte do autor, Invenção de Orfeu é o ponto mais alto de sua poesia. Nele Jorge explorou todas as vertentes formais da criação poética, tanto as que ele já havia realizado em seus livros anteriores quanto as da própria tradição literária nacional e ocidental. Jorge de Lima mescla o popular e o erudito, o clássico e o surrealista, a mitologia e o catolicismo, sem nunca perder de vista a dimensão humana, sobretudo em relação ao problema histórico da desigualdade e da injustiça social.

Helena Conway se apaixonou. Contra sua vontade. Mas não sem motivo. Depois de um estanho sonho no qual tudo parecia perfeito, ela começa a enxergar Kit Insley, o namorado de sua melhor amiga, com outros olhos. Kit é o oposto dela, desencanado, espontâneo, alguém diferente de todos os homens que conheceu. E mesmo tão diferentes, parece que Kit consegue enxergar qualidades nela que nem Helena vê. E com outros olhos, sabendo que era errado desejar Kit e que a amizade de infância com Della era mais importante, ela não consegue mandar em seus sentimentos. Então, aprendendo a se valorizar e se descobrir, Helena entra de cabeça numa história complicada, que pode deixar um rastro de mágoas, mas que também pode ser a melhor coisa que já aconteceu na vida dela. Essa é a trama de Fuck love (Faro Editorial, 288 pp, R$ 44,90), o quarto romance da escritora Tarryn Fisher, que foi destaque da última edição da Bienal do Livro de SP.