A mitologia nórdica sempre teve grande influência na obra de Neil Gaiman. Serviu de inspiração para Deuses americanos e Sandman. Tanto que o autor resolveu investigar a fundo o assunto e escreveu Mitologia nórdica (Intrínseca), que estreou na Lista dos Mais Vendidos do PublishNews nessa semana. Foram 1.269 exemplares vendidos, o que garantiu a estreia do título na 3ª posição da Lista de Ficção e no 19º lugar da Lista Geral. Gaiman e os companheiros Thor e Odin, no entanto, não estão sozinhos. Em Autoajuda, também um estreante que arrebentou a boca do balão. Poder extrafísico (Luz da Serra), de Bruno Gimenes e Patrícia Cândido, vendeu 1.889 fechando a semana em 6º lugar na lista de Autoajuda e em 12º da lista Geral. Na lista de Não Ficção, o destaque é Pedagogia do oprimido (Paz e Terra), de Paulo Freire, que também pontuou pela primeira vez na lista. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista de mais vendidos dessa semana.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL), instituição organizadora do Prêmio Jabuti, definiu ontem (23) o vencedor do concurso Prêmio Jabuti nas Livrarias e quem levou o prêmio foi a Fundação Editora Unesp, que realizou o projeto Jabuti vai à Praia. O objetivo do concurso era de valorizar e dar maior visibilidade às obras finalistas e vencedoras, por meio de produção de vitrines e exposições de livros premiados, além de trabalhar uma comunicação que apresentasse os livros finalistas e vencedores do Jabuti como obras de alta qualidade. O projeto vencedor, realizado pela Fundação Editora da Unesp, apresentou por meio da Livraria Unesp Móvel uma vitrine criada exclusivamente para a divulgação de livros vencedores e finalistas do 58º Prêmio Jabuti. “A Livraria Móvel existe desde 2012. Foi concebida para circular nas unidades da Unesp durante o período letivo e por outros locais do país em período de férias acadêmicas. Logo que foi divulgado o concurso vimos uma grande oportunidade de juntar o nosso trabalho com a grandiosidade do Jabuti, prêmio de maior relevância no cenário editorial brasileiro”, afirma Jorge Venilson Menezes de Oliveira, responsável pela operação comercial da livraria. Como responsável pelo projeto, Jorge terá a oportunidade de participar da Feira do Livro de Buenos Aires, além de uma agenda de visitas às principais livrarias da capital Argentina.

Previsto para começar suas vendas na próxima segunda (27), o livro Diário da cadeia (Record) já enfrenta a primeira polêmica. A obra de ficção, assinada por um autor identificado com o pseudônimo Eduardo Cunha, traz relatos em primeira pessoa e especula sobre a rotina do ex-deputado desde sua prisão em outubro até a virada do ano para 2017. Brincando com a metalinguagem, o escritor cria o que seriam trechos do livro que Cunha prometeu publicar. Mas o verdadeiro Cunha pediu que a editora seja impedida de distribuir o livro e recolha os exemplares que já tenha entregue para as livrarias. O ex-deputado pede ainda R$ 100 mil por danos morais. Ticiano Figueiredo de Oliveira, advogado de Cunha, disse que o livro "é uma fraude que induz não só o leitor, como toda a sociedade, a erro". À Folha, Carlos Andreazza, o polêmico diretor editorial da Record, disse que a obra se trata de uma ficção e que a ação de Cunha, antes da publicação do livro, "esbarra na decisão do Supremo que impede a censura prévia. Uma vez que se torne público, quem se sentir agravado tem todo o direito de ir à Justiça. Por enquanto temos apenas Eduardo Cunha processando um romance", ironizou. Ao PublishNews, Andreazza fez mistério sobre a real identidade do autor. Se limitou a dizer: "o meu Cunha é um grande autor".

No apagar das luzes de 2015, a Companhia das Letras anunciou que, depois de sete anos, fecharia a loja que mantinha na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. A loja, que ocupava uma esquina da galeria comercial, foi palco de lançamentos memoráveis como o de Lou Reed (2010) e de Mia Couto (2012). Nesta sexta-feira, o Grupo Companhia das Letras anuncia que terá um novo espaço na Livraria. Mais modesto do que o anterior, é verdade. É o Espaço Penguin, onde os leitores poderão encontrar os clássicos nacionais e internacionais publicados pelo selo Penguin-Companhia. A partir das 18h haverá distribuição de brindes e pipoca para quem for conhecer. E quem comprar dois livros ganha um pôster de Ulysses, de James Joyce.

Ontem (23), na Feira do Livro de Leipzig, a França, convidada de honra a próxima Feira do Livro de Frankfurt (11 a 15/10), anunciou uma nova lista de nomes de autores franceses que participarão da feira, além dos 30 já anunciados anteriormente. Estão na lista nomes como Barbara Cassin, Zeina Abirached, Aurélie Neyret (na foto ao lado), Nancy Huston, Frédéric Worms, Germano Zullo, Jean-Marie Blas de Roblès, Valérie Zenatti e Thimothée de Fombelle. A apresentação da França como convidado de honra na Feira do Livro de Frankfurt será o destaque do Ano Cultural Francês, que se estende por toda a Alemanha com um rico programa de eventos organizado pelo Institut Français no País. Até o fim de 2017, acontecerão mais de 450 eventos. Eles incluem teatro, música contemporânea, artes visuais, cinema, reuniões literárias e muitos mais, com 250 artistas de língua francesa e 75 autores.

E a movimentação no mercado editorial continua. Halime Musser, que até agosto passado era analista de marketing e de mídias sociais da Companhia das Letras e teve passagens pela Objetiva e pela Tinta Negra, assumiu o cargo de analista de Marketing Editorial do Grupo Gen. Já o jornalista Alexandre Staut (na foto ao lado), e a publicitária Cristina Albuquerque entraram de vez para o mercado editorial. Alexandre, ex-Folha, Gazeta Mercantil e Jornal da Tarde e idealizador e editor da revista literária São Paulo Review, é o novo editor da Companhia Editora Nacional, respondendo diretamente a Soraia Reis, diretora da casa. Já Cristina, que atua desde os anos 1990 nas áreas comercial e operacional de jornais e editora de revistas e livros, entrou para a plataforma de audiolivros Ubook, para assumir a gerência de conteúdo, parcerias e projetos especiais no mercado.

O Curso on-line de escrita criativa do Carreira Literária está com inscrições abertas até hoje. Dividido em quatro módulos, o curso ministrado pela editora Flávia Iriarte (na foto ao lado) dará toda a base necessária para se escrever um livro, abordando os temas da escrita criativa. No Laboratório de Criação, o aluno poderá trabalhar em cima de seu próprio projeto literário e terá ao longo de dois meses, quatro encontros on-line para ajustar seu texto à luz de todos os conceitos estudados. O primeiro laboratório identificará os principais problemas da sua escrita, e o quarto, terminará mostrando as técnicas e recursos usados por vários escritores de sucesso. Assim que o aluno se inscrever, ele terá acesso ao portal do aluno, onde poderá assistir às aulas quando e quantas vezes quiser. Os interessados têm até hoje (24) para fazer a inscrição. O investimento é de R$ 597, podendo ser dividido em 12x de 58,16.

Após o sucesso de do livro Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com 15 sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas (Companhia das Letras, 96 pp, R$ 14,90) traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos. Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.

Moda não combina com medo e Alice Ferraz, a empresária de moda mais influente do Brasil, traz em Moda à brasileira (Gente, 176 pp, R$ 49,90), um guia completo para responder à pergunta que lhe fazem todos os dias: como eu faço para me vestir bem? O livro que representa os novos tempos da moda, um momento maravilhoso de quebrar paradigmas e se reinventar. Alice Ferraz não está aqui para ensinar a você o que “pode” e o que “não pode”, mas como raciocinar a moda para servir a quem você quer e precisa ser, para servir à sua criatividade, ao seu jeito de ser e ao poder que você pode exercer quando se sente bem-vestida. Além disso, você ainda pode se inspirar nos moodboards das influenciadoras do F*Hits como Lalá Noleto, Camila Coelho, Helena Lunardelli, Sophia Alckmin, Silvia Braz, Luiza Sobral, Nicole Pinheiro, Rebeka Guerra, Claudia Bartelle, Alice Salazar e Lucy Ramos. Um guia imprescindível para dominar a moda sendo você mesma.

Tá no ar, no livro (LeYa, 132 pp, R$ 44,90) conta a história e os bastidores do programa mais sarcástico da TV Globo. Entre as curiosidades, o livro mostra que Tá no ar é um programa complexo de ser produzido. A direção escolheu investir em uma estética fiel à realidade, que busca potencializar a força dos esquetes, optando por uma realização não farsesca e deixando a cargo do texto, e não na forma, a comicidade das cenas. O set abre espaço para algumas criações e experimentações, como o personagem Obirajara Dominique. Nos quadros que simulam canais internacionais, os atores são acompanhados por tradutores que ensinam a inflexão exata de cada fonema. É o caso do comercial Burguer Kim Jong Un, que demorou horas para ser gravado até que todos conseguissem falar perfeitamente cada frase do texto. Além das histórias sobre a criação dos personagens que marcaram o programa e alguns roteiros originais, Tá no ar, no livro reúne fotos inéditas dos bastidores e vídeos em QR code que possibilitam ao leitor assistir novamente seus esquetes preferidos.

Desde sua primeira edição inglesa em 1993, o livro Entender a arquitetura (G.Gili, 549 pp, R$ 179), do professor Leland M. Roth da Universidade de Oregon, tem se transformado em um texto de referência clássico. Este manual ilustrado continua sendo o único texto de seu gênero que examina a arquitetura como um fenômeno cultural, artístico e tecnológico por meio de um enfoque duplo: o temático, que aborda os elementos de arquitetura, e o histórico, que se centra em sua evolução temporal e seu significado. Seu texto completo, acessível e agradável, de caráter claro e básico, destaca-se pela seleção criteriosa de exemplos e por comparações perspicazes, resultando em um manual de altíssimo valor didático e adequado para uma introdução à complexidade de conceitos e orientações fundamentais ao entendimento da história da arquitetura.