Charles Cosac, um dos fundadores da lendária Cosac Naify cujas atividades foram encerradas no último dia de 2016, foi oficialmente apresentado aos funcionários da Biblioteca Mário de Andrade, casa que passa a gerir, na manhã desta terça-feira (11). Na ocasião, Cosac disse que a “expetativa é dar continuidade aos projetos que foram implementados e, a partir daí, começa a trabalhar definindo, primeiramente, a questão da informatização e da preservação do acervo”. Ao seu lado na reunião interna, estava André Sturm, o novo secretário de Cultura do município. Para ele, a Mário de Andrade deverá ser uma biblioteca-modelo para as demais bibliotecas da cidade. “Queremos que as bibliotecas do município se tornem equipamentos culturais dinâmicos e a Biblioteca Mário de Andrade é um bom exemplo disso. Queremos que ela seja um polo dinamizador e catalisador desse processo que vamos desenvolver com todas as bibliotecas. Aqui será uma espécie de catedral das bibliotecas de São Paulo, no sentido da grandeza, do reflexo e do eco que ela pode gerar no restante dos equipamentos. Além disso, é muito importante buscar a multidisciplinaridade, a variedade e a diversidade dentro dos equipamentos culturais”, afirmou.

De janeiro de 2016 até meados de novembro, o livro Dois irmãos (Companhia das Letras), de Milton Hatoum vendia, em média, 60 unidades semanais nas livrarias e supermercados brasileiros segundo apuração do Bookscan, ferramenta da Nielsen que monitora o varejo de livros no País. Nas duas últimas semanas de novembro, isso começou a mudar, quando foram apuradas vendas acima das 90 unidades. Em dezembro, a escalada foi ganhando força. Na semana entre 28 de novembro e 4 de dezembro, foram vendidas 174 unidades; na semana seguinte, 281. De 12 a 18 de dezembro, foram 746 exemplares vendidos e na semana do Natal, 827. Na última semana do ano, as vendas ultrapassaram a casa dos milhares e fechou em 1.060 unidades vendidas. Tudo isso graças ao anúncio da minissérie homônima na Rede Globo que teve a sua estreia na última segunda-feira (9).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de novembro. No período, as vendas subiram 2% em relação ao mês anterior interrompendo uma sequência de quatro taxas negativas. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, no entanto, houve uma queda nominal de 3,5% nas receitas. No segmento Livros, Jornais, Revistas e Papelaria, o varejo se manteve praticamente estável em relação a outubro, apresentando ligeira queda de 0,4% no volume de vendas. Na comparação com o mesmo mês de 2015 a queda é de 11,8% e, de janeiro a novembro, a queda acumulada no ano foi de 16,5%. Clique no Leia mais para ver outros destaques da pesquisa.

A maior parte dos brasileiros deve pagar à vista as compras de material escolar neste ano. É o que aponta levantamento feito pelo Ipsos a pedido a Fecomércio RJ no mês de novembro de 2016. No período da apuração, 35% dos entrevistados afirmaram possuir esse tipo de gasto e, destes, a opção pela compra à vista será a preferida por 51% - este percentual cresceu em comparação com 2016, quando o índice foi de 46%. Consequentemente, houve queda na intenção de parcelamento das compras, que variou de 44%, em 2016, para 32%, em 2017. A pesquisa de preços antes da compra deverá ser realizada por 73% dos consumidores de material escolar este ano. Ainda segundo a pesquisa, 81% desses consumidores pretendem realizar as compras escolares em estabelecimentos comerciais. Comprar na própria escola será uma prática pretendida por apenas 2%. Pouco mais da metade dos brasileiros que irá comprar material escolar (51%) informou que não antecipará este tipo de compra. Clique no Leia Mais e tenha outros detalhes da pesquisa.

O Prêmio Kindle de Literatura, realizado pela Amazon em parceria com a Nova Fronteira, foi anunciado em setembro e amealhou mais de 1.700 inscrições. Em dezembro, a organização do certame anunciou dez livros como sendo "finalistas" e, logo depois, desclassificou dois títulos que não eram inéditos. A Amazon agora anuncia novamente os "finalistas" do prêmio. Desta vez, a lista tem três títulos: Machamba, de Gisele Mirabai; Minha sombra cabe ali, de Leon Idris Azevedo, e Os últimos passos do enforcado, de Edson Soares estão na final. O vencedor será anunciado na próxima terça (17), terá seu livro publicado pela Nova Fronteira e levará para casa um prêmio no valor de R$ 20 mil.

Fracassar é mesmo uma virtude? A Estação Liberdade adquiriu os direitos do livro The virtues of failure, do filósofo francês Charles Pepin. O livro mostra ao leitor como enxergar o fracasso de uma maneira diferente e tirar proveito disso. Ao estudar os casos de alguns filósofos como Marco Aurélio, St. Paul, Nietzsche, Freud, Sartre e Bachelard, Pepin mostra que muitas vezes o sucesso vem depois de fracassarmos diversas vezes. The virtues of failure é um tratado de sabedoria que coloca o leitor no caminho do sucesso verdadeiro.

A jornalista centenária Clare Hollingworth morreu na última terça-feira (10), aos 105 anos. A correspondente do jornal britânico The Daily Telegraph ficou conhecida por testemunhar e contar ao mundo, em primeira mão, a invasão dos nazistas à Polônia, o que deflagrou na Segunda Guerra Mundial. A sua biografia -- Of fortunes and war: Clare Hollingworth, first of the female war correspondents -- foi lançada em maio de 2016 pela Thistle, no Reino Unido e nos EUA e está sem editora no Brasil. Escrito por seu sobrinho-neto, Patrick Garret (representado pela Andrew Lownie Literary Agency), o livro conta detalhes e os bastidores de seu primeiro e mais importante furo jornalístico.

A Universidade do Livro oferece mais um curso a distância, dessa vez sobre Produção editorial. Ministrado por Laura Bacellar, que já atuou em quase todas as funções editoriais, o curso tem como público-alvo todos os interessados no mercado editorial, e como objetivo fazer com que o aluno acompanhe em detalhe todos os passos da produção editorial e adquira uma visão abrangente da edição de um livro. O curso requer uma dedicação de pelo menos três horas semanais para o estudo dos conteúdos e realização das atividades. A partir do dia 16 de fevereiro será disponibilizada uma nova aula a cada quinta-feira. As inscrições podem ser feitas até o dia 12 de fevereiro e o custo é de R$ 420.

Jessica levou uma vida de abusos sexuais. Ainda criança, teve a sua vida transformada pelos atos de seu padrasto que a fez garota de programa. A sua história serviu de inspiração para André Amadeu escrever Morgana não gosta de carinho, que será lançado no próximo dia 21, às 9h, na Biblioteca Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21 - Funcionários - Belo Horizonte / MG).

A autora Paloma Vidal e a ilustradora Elisa Pessoa lançam neste sábado (14), o livro Dupla exposição (Rocco, 104 pp, R$ 49,50). Combinando texto e imagem, a obra investiga os limites e interações entre linguagens, tempos e gêneros. Na introdução, a escritora Maria Esther Maciel o define como “um ousado experimento narrativo-visual no qual os aspectos sensoriais da escrita se intensificam nos matizes e no movimento cromático das imagens, sem que estas fiquem a serviço daquela e vice-versa”. O lançamento acontece no Espaço Cult (Rua Aspicuelta, 99, Vila Madalena – São Paulo / SP), a partir das 15h. A entrada é gratuita.

Frida Kahlo – retratos da vida (Quarto Editora, 128 pp, R$ 39,90), de Zena Alkayat e Nina Cosford, é uma belíssima biografia ilustrada que conta de maneira leve e divertida a vida e a obra excepcionais de Frida Kahlo e celebra o legado dessa grande artista mexicana. Desde muito jovem, Frida traçou o próprio caminho, superando a poliomielite e lutando contra os efeitos de um terrível acidente que a deixou com lesões por toda a vida. Ela fez esportes na expectativa de se recuperar, estudou em uma excelente escola, passou por um acidente, se recuperou e aprendeu a viver de sua arte. Este livro relata seu relacionamento com o muralista mexicano Diego Rivera, o sucesso como artista, as inspirações e as principais influências que fizeram de Frida Kahlo uma mulher forte e conhecida por muitos até os dias atuais.

Um dos artistas mais admirados e influentes da história do rock and roll mundial, Bruce Springsteen passou os últimos sete anos escrevendo secretamente a história de sua vida. O resultado é Born to run (LeYa, 480 pp, R$ 69,90) livro que se tornou um best-seller instantâneo e que carrega a mesma honestidade, humor e originalidade que Bruce imprime a suas canções. Nele, o músico descreve sua criação católica, a obsessão pela carreira musical, o início em bares ao apogeu da E. Street Band e, com muita sinceridade, fala pela primeira vez das batalhas pessoas que inspiraram seus melhores trabalhos. Born to run será reveladora para qualquer um que goste de Bruce Springsteen, mas vai muito além das memórias de um legendário astro do rock. Este é um livro para trabalhadores e sonhadores, pais e filhos, apaixonados e solitários, artistas, loucos, e qualquer um que já tenha desejado ser batizado nas águas do rio sagrado do rock and roll.

Por mais de 30 anos, entre as décadas de 1960 e 1990, a sociedade brasileira foi desnudada pela escrita espirituosa do colunista Zózimo Barrozo do Amaral. Muito mais do que simples registros sobre festas e personalidades badaladas, ele oferecia aos leitores, com suas notas diárias, um noticiário sobre economia, política e esportes, entre outros temas variados. Em Enquanto houver champanhe, há esperança (Intrínseca, 672 pp, R$ 69,90), o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos revela detalhes da trajetória de Zózimo, mostrando como e por que ele se tornou a mais respeitada grife do colunismo social no país. A partir da história desse personagem, o autor retrata também a rotina nas grandes redações, os principais acontecimentos de Brasília e as transformações comportamentais pelas quais passava a elite, que, aos poucos, deixava de lado as festas nos salões de família e levava sua animação para as pistas de dança das casas noturnas. Uma elite – que da ditadura militar à redemocratização, passando pelo choque do petróleo e os anos de hiperinflação – sempre encontrava motivos para celebrar.

Os fãs de Lorelai e Rory Gilmore acompanharam ansiosos Gilmore girls: um ano para recordar, minitemporada que revisita a vida dos personagens da famosa série, nove anos depois de seu fim e transmitida no Brasil pela Netflix. E aproveitando essa volta, a Record lançou o livro Falando o mais rápido que posso (256 pp, R$ 44,90 – Trad.: Ananda Alves), nova empreitada da atriz Lauren Graham na literatura. No livro, ela faz uma retrospectiva de sua vida e compartilha histórias engraçadas sobre amadurecimento e o início da carreira de atriz. Ela fala ainda sobre os desafios e as cobranças de ser uma mulher solteira em Hollywood (hoje ela é casada com o ator Peter Krause), e conta casos divertidos que enfrentou ao longo da carreira, como a vez em que pediram que fizesse um teste para um papel com a própria bunda, ou quando tentou ser vegana só para ter algo em comum com Ellen DeGeneres.

Ao contar histórias sobre sua trajetória no livro A mochila do mascate (Bem-te-vi, 328 pp, R$ 110), Gianni Ratto, um dos maiores e mais importantes cenógrafos e figurinistas de sua época, propõe que ao leitor acompanhar por meio de seu olhar de peregrino, nômade e explorador a sua vida inteira dedicada às artes cênicas. Seus caminhos o trouxeram ao Brasil, onde teve papel essencial na criação do teatro brasileiro contemporâneo e na formação de toda uma geração de atores e diretores. A mochila do mascate (fragmentos do diário de bordo de um anônimo do século XX), vem em edição revista de sua publicação original, nos anos 1990. Às memórias de Gianni Ratto, junta-se uma seleção preciosa de fotos de algumas de suas montagens. O mascate do título não é à toa: aos 80 anos de idade, vê-se como um vendedor de ilusões, ou melhor, reflexões, como só o exercício das artes cênicas pode proporcionar. Sua autobiografia não segue ordem cronológica pois não é essa o caminho da memória. Cada fragmento que ilumina se intercala com outros formando uma personalidade singular, que dedicou seus talentos e capacidades à serviço da cultura brasileira.

Felicidade – a vida de Nelly Martins Ferreira Candeias (Azulsol, 256 pp, R$ 100) conta a história da paulistana nascida em 1930, descendente de imigrantes portugueses e que, aos 86 anos, preside o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, trabalha com muita disposição e faz planos para o futuro. “A trajetória de Nelly á absolutamente apaixonante”, salienta o autor Ricardo Viveiros. “Criada em meio ao luxo da vida proporcionada por uma família de industriais do ramo têxtil e depois de estudar em um tradicional colégio, ela fugiu do destino de muitas de suas colegas de escola: ser apenas a esposa de um bem-sucedido homem de negócios”, relata o autor. Viveiros frisa que Nelly é uma pioneira em muitos sentidos. Sua vivência internacional na área de Saúde Pública lhe garantiu diversos títulos outorgados por renomadas faculdades do exterior. Foi também a credencial para se tornar consultora da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), da Organização Mundial da Saúde. Em 2002, tornou-se a primeira mulher a presidir o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, cargo que ocupa até hoje.