O Books in Print, plataforma de gerenciamento de metadados alemã que desembarcou em 2016 no Brasil, nem bem chegou e já vai mudar de nome. A plataforma passa a se chamar Metabooks. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, durante o Happy Hour promovido pelo PublishNews e pela empresa que é irmã da Feira do Livro de Frankfurt e apoiada no País pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). “O nome que a empresa carregava vinha dos tempos em que se imprimia um catálogo com todos os títulos ativos. Era assim quando o negócio começou há 50 anos lá na Alemanha. Uma plataforma de metadados não é uma plataforma exclusiva de livros impressos e nem só de livros digitais, por isso o nome passou a não fazer muito sentido”, explicou Ricardo Costa, quem comanda a empresa no Brasil. “Procuramos um nome mais amplo, que abrangesse melhor tudo o que está dentro do serviço que a gente faz. Metabooks é moderno, direto e claro. Não tem nome mais objetivo que este”, completou. Clique no Leia Mais e saiba mais sobre a mudança.

O IBGE divulgou recentemente os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de outubro. A pesquisa demonstrou que o volume de vendas no comércio varejista do país recuou 8,2% na comparação com outubro de 2015. Essa á a 19ª taxa negativa consecutiva, acumulando perdas de 6,8% nos últimos doze meses, o recuo mais intenso deste indicador desde 2001. De acordo com a PMC, o segmento Livros, jornais, revistas e papelaria reportou um crescimento de 0,4% em outubro, na comparação com setembro. Mas na comparação com o mesmo mês do ano passado, as perdas são de 17,3%. Nos últimos 12 meses, o varejo desse segmento teve queda de 16,8%.

Entre 2015 e 2016, a cidade de Belo Horizonte já perdeu duas de suas mais tradicionais livrarias: a Mineiriana e a Status. Agora, a Van Damme (Rua Guajajaras, 505), fundada há 47 anos, anunciou que encerrará as atividades no último dia de 2016. Os estoques estão sendo saldados em promoções. Em sua coluna na rádio CBN Minas, Afonso Borges fez um desafio para que os belo-horizontinos salvem a livraria. “Eu estou convocando essas pessoas que conhecem a Van Damme, que sabem da importância dessa livraria para a história de Belo Horizonte, a irem lá e comprar livros”, disse.

Há dez anos, o arquiteto, ilustrador, cartunista e pornógrafo Nerone Prandi lançava seu primeiro blog, com desenho de “homens pelados, sujos e tarados fazendo sexo”, nas palavras do próprio Nerone. Com o passar dos tempos, o que começou como hobby foi ganhando espaço na vida do artista. “Passados dez anos, olho pra trás e vejo que deixar a Arquitetura foi a coisa mais acertada que fiz na vida”, comenta. Mais recentemente, ele lançou o Les Funkytoons, onde pendura cartoons divertidíssimos e absolutamente despudorados. Parte dessa produção – e outros trabalhos inéditos – será reunida em um livro de mesmo nome que chega às livrarias em fevereiro, pelas mãos da hoo, editora especializada em publicações LGBT.

Nos EUA, o filme Fences, baseado na aclamada peça teatral escrita por August Wilson e ganhadora do Prêmio Pulitzer de Teatro em 1987, estreia nos cinemas no dia 25 de dezembro. Dirigido e estrelado por Denzel Washington, o filme retrata as vivências dos africano-americanos no século XX ao apresentar a vida de Troy Maxson e os conflitos vividos por sua família, que são intensificados quando seu filho, Cory, decide seguir carreira no beisebol – antigo sonho do pai. Troy aprendeu a viver num mundo hostil, uma América onde ser negro e orgulhoso significava sofrer pressões capazes de quebrar a alma e o corpo de um homem. A estreia do filme no Brasil ainda não tem data marcada, mas está prevista para acontecer entre janeiro e fevereiro. Apostando no potencial do filme, que já concorre a dois Globo de Ouro, a Única (Gente) prepara a publicação da versão brasileira da peça. O livro deve chegar às livrarias em fevereiro.

Depois de permanecer 52 semanas consecutivas na lista dos mais vendidos da Inglaterra, o livro Um gato de rua chamado Bob (Novo Conceito) ganha uma segunda edição no Brasil. O livro chega às livrarias ainda em dezembro, com nova capa, junto com a estreia do filme homônimo nos cinemas. Acompanhando James, um músico de rua de Londres, o leitor conhece Bob, um gato diferente de qualquer outro. Ex-dependente químico em processo de desintoxicação, o cantor encontrou o felino alaranjado pelos corredores do prédio onde mora e descobre o norte que faltava para dar um novo rumo na vida. Por meio de relatos pessoais, o autor conta como o pequeno animal foi essencial para a reabilitação das drogas e a própria transformação, passando de alguém absolutamente sozinho para um homem que encontrou o verdadeiro valor da amizade. Além do livro Um gato de rua chamado Bob, James publicou dois outros títulos: O mundo pelos olhos de Bob e Bob – Um gato fora do normal, todos lançados pela Novo Conceito.

A Diretoria da Academia Brasileira de Letras (ABL), reeleita no dia 1º de dezembro para o exercício de 2017, toma posse em cerimônia no Salão Nobre do Petit Trianon (Av. Presidente Wilson, 203 - Rio de Janeiro / RJ), nesta quinta-feira (15), às 17h. Foram reconduzidos a seus cargos Domício Proença Filho (presidente), Nélida Piñon (secretária-geral), Ana Maria Machado (primeira-secretária), Merval Pereira (segundo-secretário) e Marco Lucchesi (tesoureiro).

O conselho do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLLB) de São Paulo será empossado na próxima segunda-feira (19), às 17h30, no auditório da Secretaria Municipal de Cultura (Av. São João, 473 - 8º andar - São Paulo / SP). Para representar o mercado do livro, foi eleito o editor Haroldo Ceravolo (Alameda Editorial). Para representar as bibliotecas, Eliana Toscano de Araújo; a área de educação, Luciana Santoni; as bibliotecas comunitárias, Mara Esteves Costa; as pessoas com deficiência física, Naziberto Lopes de Oliveira; os centros de pesquisa, universidades e faculdades, Paulo Daniel Elias Farah e para representar os coletivos culturais relacionados à leitura e literatura, foram eleitos Paulo Rams e Regina Tieko Furuya Pacheco. Os suplentes são: Djalma Lopes Goes, João Luiz Marques e Julia Alves dos Santos.

O Grupo Editorial Pensamento, que tem sede em São Paulo, está contratando um supervisor de marketing. O profissional será responsável por todas as atividades ligadas a área de Marketing, como: planejamento e execução de ações de divulgação dos livros nos pontos de vendas, site, e redes sociais; elaboração de briefings para as peças de comunicação (catálogos, folders, banners, anúncios, e-mails marketing, convites, entre outros); organização de eventos (lançamentos, bate-papos e sessão de autógrafos, treinamentos), participação em feiras e eventos e auxílio na assessoria de imprensa. É pedido ensino superior completo, preferencialmente nas áreas de administração, marketing ou comunicação social e experiência anterior em marketing de produtos. Interessados devem enviar o currículo com a pretensão salarial para o e-mail rh@grupopensamento.com.br.

Em 2012, a Biblioteca de São Paulo, na capital paulista, lançou o projeto Bebelê, que estimula a leitura de livros infantis para crianças de seis meses a quatro anos. O programa -- realizado pelo Instituto Tellus em parceria com a SP Leituras e com o Sistema Estadual de Bibliotecas (SisEB / SP) -- depois foi expandido para a Biblioteca Parque Villa-Lobos. Funciona assim, as crianças e seus responsáveis participam de uma sessão de contação de histórias e depois podem tomar emprestado um kit (uma bolsa com dois livros e um fantoche) para continuar a brincadeira em casa. O objetivo é mostrar aos pais e cuidadores de bebês e crianças a importância do ato de ler e da interação com as histórias e os livros, e as suas consequências positivas no desenvolvimento infantil. O programa agora foi expandido para mais dez bibliotecas públicas localizadas nas cidades de Auriflama (BPM Izabel Geloneki Fonseca), Birigui (BPM Dr. Nilo Peçanha), Guararema (BPM Profa. Maria de Lourdes Camargo), Igarapava (PM Odette de Barros Mott), Itapetininga (BPM Dr. Júlio Prestes de Albuquerque), Jundiaí (BPM Prof. Nelson Foot), Lençóis Paulista (BPM Dr. Nilo Peçanha), Ourinhos (BPM Tristão de Athayde) Praia Grande (BPM Porto Saber) e Presidente Prudente (BPM Dr. Abelardo de Cerqueira César).

Nesta sexta-feira (16), às 17h30, a Biblioteca Nacional recebe a mesa Haroldo de Campos: tradução, transcriação, que vai debater o livro recém-publicado na Itália pela Oèdipus Traduzione transcreazione, que reúne ensaios de Haroldo de Campos, principalmente sobre Dante Alighieri e sobre a teoria da tradução, com prefácio de Umberto Eco. Para debater a obra, foram escalados os professores Andrea Lombardi (UFRJ) e Marcelo Jacques de Moraes (UFRJ), Davi Pessoa (UERJ), Yuri Brunello (UFC) e os pesquisadores Vitor Alevato e Gaetano D'Itria (UFRJ). Para mais informações, acesse o site da Biblioteca Nacional.

Um dos clássicos da literatura brasileira acaba de receber uma edição para colecionadores. A venda no site da Ateliê e com uma tiragem de apenas 350 exemplares, o livro Macunaíma (172 pp, R$ 290), de Mário de Andrade ganhou uma nova concepção visual e ilustrações, criadas pelo design gráfico Gustavo Piqueira. Em um ano em que a obra de Mário de Andrade entrou em domínio público, uma das preocupações de Piqueira era não ser redundante frente às edições que já foram publicadas. Após uma longa série de testes, Piqueira chegou ao formato 'dobra-desdobra', que permite uma leitura tanto “bem-comportada”, quanto “uma espécie de pavão escandaloso de papel”, como ele mesmo define – mutabilidade que também tem relação com a própria natureza da obra de Mário de Andrade. A edição apresenta ainda o texto Macunaíma: ontem, hoje e sempre, de José de Paula Ramos Jr., Doutor em Literatura Brasileira pela USP e coordenador da Coleção Clássicos Ateliê. No texto, o leitor encontra detalhes e curiosidades da obra, como a origem do nome Macunaíma.

Quando C.S Lewis morreu, em 1963, os manuscritos feitos por ele foram queimados. Salvo alguns documentos, que foram entregues pelo jardineiro à Walter Hooper, secretário de Lewis. Apesar do papel amarelado e envelhecido pelo tempo, o título era legível, tratava-se da continuação nunca revelada de uma das histórias mais icônicas do mundo, A torre negra (Pórtico / Planeta, 240 pp, R$32,90). Em 1938, C.S Lewis presenteou a humanidade com a Trilogia Cósmica, protagonizada pelo filólogo Elwis Ransom. Agora, A torre negra, reproduzida de forma fiel aos manuscritos, conta mais uma vez as aventuras espaciais de Ransom, ao lado de personagens igualmente conhecidos, como Orfeu e MacPhee. A história é marcada por debates sublimes sobre viagens entre dimensões e a violação do espaço-tempo, contada por um dos principais nomes da literatura universal. Mesmo com algumas partes incompletas, Walter Hooper fez questão de retratar exatamente o que foi produzido antes da morte do irlandês. Ele acredita que muito pode ter se perdido no meio do incêndio, mas nem mesmo o fogo foi capaz de apagar a genialidade de C.S Lewis em contar boas histórias.

Harry Hole é um detetive norueguês com métodos pouco ortodoxos de trabalho, mas, ainda assim, brilhante. Seus problemas com álcool e com o cigarro, além do temperamento forte, podem até gerar alguns conflitos entre os colegas, mas Hole é respeitado dentro do departamento, principalmente após solucionar o caso da morte de uma jovem em Sydney. E é por isso que seu nome é indicado para decifrar um novo assassinato. Em Baratas (Record, 350 pp, R$ 44,90 – Trad.: Liliana Negrello e Christian Schwartz), escrita por Jo Nesbø, a missão do inspetor é em Bangkok, onde o embaixador norueguês foi encontrado morto com um punhal nas costas em um quarto de hotel. Porém, as investigações precisam se manter em sigilo. Ao chegar à cidade, Harry percebe que a família do embaixador esconde um segredo importante, mas eles não estão dispostos a colaborar. Cabe ao inspetor percorrer lugares obscuros em busca das peças deste quebra-cabeça.

Depois de Eu vejo Kate – O despertar de um serial killer, publicado ano passado, a escritora Claudia Lemes lança seu segundo livro, Um Martíni com o Diabo (Empíreo, 336 pp, R$ 44,90). O livro se passa no universo da máfia italiana na Las Vegas dos anos 1980. O personagem principal é Charlie Walsh, um jovem que se infiltra no restrito grupo de confiança da família Conicci, para se vingar do pai, o mafioso Tony Conicci. Mas, a “cidade do pecado” o corrompe e o desejo de vingança de Charlie é posto em prova quando ele se vê seduzido por amizades, poder, drogas e dinheiro. Um martíni com o Diabo foi inspirado pelo clássico O Poderoso Chefão (Mario Puzo) e pelos mestres do gênero noir, Dashiell Hammett, Elmore Leonard e James Ellroy.

Publicado pela primeira vez em 1997, a partir do roteiro para uma série de TV, o sombrio e hipnótico Lugar nenhum (Intrínseca, 336 pp, R$ 39,90), primeiro romance de Neil Gaiman, anunciou a chegada de um grande nome da literatura contemporânea e se tornou um marco da fantasia urbana. Ao longo dos anos, diferentes versões foram publicadas nos Estados Unidos e na Inglaterra, e Neil Gaiman elaborou, a partir desse material, um texto que viesse a ser definitivo: esta edição preferida do autor. Em Lugar nenhum, Richard Mayhew é um homem simples de coração bom que tem a vida transformada quando ajuda uma jovem que encontra ferida numa calçada. De um dia para o outro, Richard se torna invisível na Londres que sempre conheceu: não tem mais trabalho, não tem mais noiva, não tem mais casa. Para recuperar sua vida, ele se embrenha em um mundo que nunca sonhou existir, uma cidade que se abre nos esgotos e nos túneis subterrâneos: a chamada Londres de Baixo, em que personagens únicos e cenários mirabolantes fazem a Londres de Cima parecer uma mera paisagem cinza.