Um debate sobre o desenvolvimento de estratégias no cenário internacional da indústria editorial – incluindo a notável consolidação, a transformação digital e a globalização – está marcado para o dia 19 de outubro, das 14h às 15h, dentro do Business Club, a área VIP da Feira do Livro de Frankfurt (19 a 23/10). Estamos falando do CEO Talk, evento que sempre coloca frente a frente dirigentes de grandes grupos editoriais e os principais veículos especializados na cobertura do mercado editorial: Livres Hebdo (França), Bookdao (China), The Bookseller (Reino Unido), buchreport (Alemanha), PublishNews (Brasil) e Publishers Weekly (EUA). Neste ano, o sabatinado será Jacob Dalborg, CEO da Bonnier Books. Assinantes do PublishNews poderão participar gratuitamente do evento. Para isso, basta preencher, até a próxima segunda-feira (03/10) um formulário, que pode ser acessado aqui, e aguardar a confirmação. As vagas são limitadas. Clique no Leia Mais e saiba como será o CEO Talk.

Depois de ter sido cancelada no ano passado por falta de apoio e de ter mobilizado vários autores e pessoas do meio, a Jornada de Literatura de Passo Fundo já tem uma data definida para o próximo ano. A 16ª edição do evento será realizada na primeira semana do mês de outubro de 2017, entre os dias 3 e 8. Para não ter os mesmos problemas que fizeram com que o evento fosse cancelado, a Universidade de Passo Fundo (UPF), que realiza o evento, encomendou a uma consultoria externa um diagnóstico que resultou na reformulação do evento. “Estamos trabalhando ininterruptamente na nova Jornada desde o anúncio do cancelamento. Buscamos uma consultoria para fazer uma análise diagnóstica da situação, ver o que era importante mudar, em razões das questões de mercado. Chegamos a um modelo que achamos mais adequado. Decidimos que não poderíamos passar o ano que vem em branco”, comentou Bernadete Maria Dalmolin, vice-reitora de extensão e assuntos comunitários. Clique no Leia Mais para saber sobre as mudanças e os planos para a próxima edição do evento literário.

No décimo episódio da série criada por Marisa Moura, quem liga é um autor que já espera há algum tempo o seu contrato sair da gaveta. A agente está ocupada com uma pilha de originais que quase chega ao teto e outra de contratos que não para de crescer. Será que, com a ajudinha da funcionária misteriosa que trabalha na agência literária fictícia criada pela nossa colunista, será finalmente a vez do contrato sair da gaveta? Clique no Leia Mais e se divirta lendo mais esse episódio da série E toca o telefone.

A Planeta já tem mais dois livros a caminho para o próximo ano. A editora comprou os direitos do romance de Curtis Sittenfeld, Eligible, que adapta o clássico Orgulho e preconceito de Jane Austen para os dias de hoje. Nessa versão, Liz Bennet escreve para uma revista e mora em Nova York com sua irmã Jane. Quando o pai delas tem um problema de saúde, as duas retornam a Cincinnati e descobrem que há mais problemas na família do que imaginavam. As irmãs Kitty e Lydia, viciadas em exercícios, não conseguem se firmar em nenhum emprego, enquanto Maria que só estuda, só sai de seu quarto para misteriosos passeios noturnos. A mãe das garotas, Mrs. Bennet, só tem uma coisa em mente: casar as filhas, especialmente Jane. A história se completa quando surgem na cidade, Chip Bingley, médico que recentemente estrelou o reality show de namoro Eligible e seu amigo Fitzwilliam Darcy. Em Eligible, assim como o clássico de Austen, as primeiras impressões enganam a todos. O livro está em tradução e ainda não tem data de lançamento prevista. O segundo livro é Heather, the totality, romance de estreia de Matthew Weiner, criador da série Mad men. A história repete o cenário da premiada série americana, Nova York, mas se passa nos dias atuais. A obra acompanha a vida de três pessoas que veem seus mundos colidirem na busca de uma criança e será publicado no Brasil no segundo semestre de 2017. Os negócios foram intermediados pela The Wylie Agency e pela Tassy Barham Associates, respectivamente.

A Feira do Livro de Frankfurt (19 a 23/10) deste ano, terá como convidado de honra não somente um país, mas uma área cultural e linguística: Flandres e os Países Baixos. Com 454 lançamentos de livros abrangendo vários gêneros literários como ficção, não-ficção, poesia, literatura infantil e adulto jovem, quadrinhos e graphic novels, as regiões apareceram de forma significativa no mercado editorial no último ano. A Feira terá cerca de 70 escritores flamengos e holandeses. Além disso, uma programação paralela recheada de tecnologia, filmes, exposições de artes, design e arquitetura, ocuparão espaços tanto na feira quanto na cidade de Frankfurt. Acesse aqui para conferir a programação completa.

Com o intuito de oferecer um percurso histórico pelo movimento da poesia concreta, lendo seus principais poetas e refletindo sobre seu alcance e suas repercussões na poesia atual, a Casa das Rosas (Av. Paulista, 37 – São Paulo / SP) oferece curso Panorama da poesia concreta. As aulas que acontecem nos dias 11, 18 e 25 de outubro e 1º de novembro, as 19h30, serão ministradas por Reynaldo Damazio, Marcelo Tapia, Simone Homem de Mello e Julio Mendonça. As inscrições devem ser feitas presencialmente na recepção da Casa das Rosas.

Logo mais, às 19h, a Blooks Livraria (Praia de Botafogo, 316 - Espaço Itaú de Cinema, Botafogo – Rio de Janeiro / RJ) recebe o próximo encontro do #TraçandoLivros. O encontro vai reunir as autoras Valéria Martins, Nathalia Alvitos, Thaïs Oliveira e Gilda Moura para discutir sobre a participação da mulher na produção literária. O bate-papo faz parte da série de debates sobre edição e literatura, promovidos pela editora Jaguatirica em parceria com a Blooks Livraria.

O Sempre um Papo recebe, hoje (29), às 19h30, a jornalista e escritora Mara Luquet para debate e lançamento do livro O futuro é... viajar, malhar, estudar, namorar e investir! (Benvirá). Na obra, a autora elabora três mensagens essenciais para quem quer usufruir da “revolução da longevidade”. Mara estará no Sempre um Papo de Belo Horizonte, no Auditório da Cemig (Av. Barbacena, 1200, Santo Agostinho – Belo Horizonte / MG). A entrada é gratuita.

Líder de mercado em conteúdos jurídicos, a Editora Saraiva vai oferecer descontos especiais em obras para futuros advogados nesse período de volta às aulas. Por meio de uma parceria com o Instituto de Ensino Superior (IES), a editora vai comercializar suas obras com 20% de desconto, com opções de parcelamento. A editora colocou na rua também a ação Troca Troca, que possibilita que estudantes troquem um livro jurídico de qualquer editora por 30% de desconto na compra de um livro jurídico nas livrarias Saraiva. Também é possível trocar uma obra jurídica de qualquer editora por 30% de desconto em um livro da família Vade Mecum, em outras redes de livrarias participantes. Outra ação da campanha é a Mais Amigos + Livros, na qual a negociação é feita diretamente com as universidades. Neste caso, um estudante, escolhido pela sala de aula terá a missão de estimular um grupo de alunos a comprar um dos títulos da Editora Saraiva voltado à gestão. Se ao menos 12 alunos comprarem livros, o representante é presenteado com um exemplar das áreas de Administração, Economia e Contabilidade à sua escolha.

A Estante Virtual, site que comercializa livros usados e novos, lançou a campanha Frete Grátis 2016. O projeto que vai até o dia 30 de setembro, conta com mais de 600 mil livros disponíveis para compra, sem custo de envio para o comprador. Essa é a quarta vez que o site realiza essa campanha, que visa facilitar a compra de títulos pelos usuários da plataforma online e conquistar novos leitores. Cerca de 1.350 sebos e livreiros associados ao site estarão envolvidos no projeto, que em sua última edição alcançou a marca de mais de 30 mil livros vendidos em quatro dias. O site reportou um crescimento de 20% nas vendas de livros no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Acaba de entrar no ar o site EUnoLIVRO, que permite criar livros infantis personalizados. Idealizada por Roberto Keller Naddeo, a plataforma quer aproximar as histórias da realidade das crianças. Os textos, imagens, capa, nomes dos personagens, tudo pode ser personalizado em função do nome da criança, seu gênero, gostos, amigos e outras informações fornecidas durante a confecção do livro. O primeiro título, Eu e o Dragão, já está disponível no site e conta a história de um príncipe (ou princesa) que descobre que um dragão foi visto nas redondezas e que ele (ou ela) é a única esperança para evitar que o reino seja destruído. O processo todo leva até 10 dias úteis, incluído o tempo para envio pelos correios e a impressão é feita por uma gráfica parceira, que recebe os arquivos e imprime sob demanda.

O IV Concurso Nacional Literário Infantil - Espantaxim e o Castelinho Mágico, iniciativa que visa mobilizar professores e alunos em prol da literatura infantil, recebeu este ano 3.400 trabalhos escritos por crianças de 7 a 12 anos. Entre redações, poesias e mensagens com o tema "Brasil: Gigante pela própria natureza", o concurso teve a participação de mais de 70 escolas, entre públicas e privadas, de 10 estados e 30 cidades brasileiras. Do material selecionado, serão escolhidos os vencedores que ganharão o troféu do Prêmio Espantaxim 2016 e poderão ver seus textos publicados no livro IV Antologia Espantaxim e o Castelinho Mágico. O resultado será divulgado no início de novembro.

O autor, professor e pesquisador Harald Welzer discorre, no livro A guerra da água (Geração Editorial, 318 pp, R$ 34,90), o apocalíptico momento de escassez da água e as consequências catastróficas que causaria na humanidade. O uso desmedido de recursos naturais, o efeito das queimadas e toda a emissão de poluentes que causam o aquecimento global, contribuem com a destruição do meio ambiente. Com dados das pesquisas que realizou, Welzer tem um prognóstico para as gerações futuras, que sofrerão ainda neste século 21, e isso inclui os filhos e netos – se eles sobreviverem. Se no atual momento o mundo possui refugiados políticos e religiosos, no futuro não muito distante haverá refugiados climáticos e fugitivos do terrorismo contra o meio ambiente. Mesmo com todas essas previsões negativas com relação ao mundo atual, a obra evidencia um olhar otimista para a grande mudança da sociedade em busca de salvar o planeta. Para compor a obra, o autor discute diversos temas como: mercado da violência, limpeza étnica, conflitos ambientais, os fracassos da sociedade e, o mais abordado, “ecocídio”.

O médico Kellehear justifica seu interesse no morrer porque, ao estudá-lo, ele vê o reflexo do tipo de pessoa que somos. Ou seja, a conduta no morrer revela as forças sutis, íntimas e desapercebidas em nossa vida cotidiana que moldam nossa identidade e individualidade. Essa experiência, simultaneamente complexa e natural, é investigada em um voo panorâmico de 2 milhões de anos em Uma história social do morrer (Editora Unesp, 504 pp, R$ 84 – Trad.: Luiz Antônio Oliveira de Araújo). O livro faz um exame grande-angular da história humana do fim, Kellehear identifica e descreve os padrões típicos do morrer em cada período histórico, com suas características morais e culturais, as tensões e contradições, a “psicologia social por trás do modo como os morrentes se comportavam” e a responsabilidade social no fim da vida.

Um profundo mal-estar assombra a Europa. De um lado, todos sabem que o continente não está mais na vanguarda de nada, e que diariamente perde terreno para outras regiões do mundo, em crescimento econômico, pesquisa científica, influencia e poder e por outro lado a Europa está enrijecida, muito em função daqueles que estão hoje confortavelmente seguros e que temem perder as suas vantagens. Em A nova síndrome de Vichy – Por que intelectuais europeus se rendem ao barbarismo (É Realizações, 192 pp, R$ 49,90 – Trad.: Maurício G. Righi), Theodore Dalrymple remonta o mal-estar europeu até as duas guerras mundiais do século passado, com os seus desastrosos, embora compreensíveis efeitos sobre a autoconfiança da população do continente. Como resultado de seu passado recente, os europeus não acreditam mais em nada, exceto na segurança econômica, no aumento do padrão de vida, na redução da jornada de trabalho e na ampliação das férias em lugares exóticos. Como consequência, não conseguem estar à altura dos desafios que os assaltam, seja no tocante à crescente penetração islâmica na Europa, seja em relação à crescente competitividade da economia mundial.

Um dos principais ensaios políticos do século XX, O ópio dos intelectuais (Três Estrelas, 352 pp, R$ 79,90 – Trad.: Jorge Bastos), de Raymond Aron, é também uma das mais vigorosas críticas já feitas ao marxismo e aos mitos da esquerda. Desde que foi publicado, em 1955, no auge da Guerra Fria e da influência do Partido Comunista sobre a intelligentsia ocidental, o livro tem sido acompanhado de intensos debates e polêmicas. O fim da União Soviética e a crise do projeto comunista não reduziram a sua importância. Ao contrário, deixaram ver o que trazia de mais luminoso: sua defesa da razão, da democracia e da liberdade contra a idolatria política e o autoritarismo. A argumentação corajosa do filósofo Raymond Aron tem três alvos: as representações políticas da esquerda – como a revolução e o proletariado –, a visão marxista-leninista da história – com sua expectativa de um mundo sem classes – e os intelectuais que traem sua vocação para a crítica e a busca da verdade, tornando- se missionários de uma doutrina. Para Marx, a religião era o ópio do povo. Para Aron, “o comunismo é a primeira religião de intelectuais a ser bem-sucedida”.

Em Educação e Sociologia (Edipro, 96 pp, R$ 30 – Trad.: Gilles Jean Abes), Émile Durkheim aponta o ensino como instituição responsável pelo bom funcionamento de uma sociedade. A obra é uma das primeiras a negar o caráter individual da educação, colocando-a como ferramenta de construção de um ser social, que expressa as crenças, práticas e opiniões de sua comunidade. O livro é uma coletânea de quatro textos redigidos pelo pensador francês entre os anos de 1901 e 1911. A Europa deste período lidava com a derrocada de valores tradicionais, abalados pela emergência das diferenças sociais em uma sociedade cada vez mais tecnológica. Para Durkheim, refletir sobre os sistemas educacionais era a resposta adequada aos males sociais. A introdução desta edição é de Raquel Weiss – Professora adjunta do departamento de Sociologia e do programa de pós-graduação em Sociologia (UFRGS), coordenadora do Centro Brasileiro de Estudos Durkheimianos (UFRGS) e pesquisadora associada ao British Center for Durkheimian Studies (University of Oxford).