A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou nesta terça (21) os cinco finalistas de cada categoria da 65ª edição do Prêmio Jabuti. Já no próximo mês, no dia 5 de dezembro, em cerimônia que será realizada no Theatro Municipal de São Paulo, serão anunciados os vencedores das 21 categorias distribuídas em quatro eixos (Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação), além do vencedor do Livro do Ano. “No total foram 4.245 obras inscritas, o que demonstra toda a força do Prêmio Jabuti. Agradeço o corpo de jurados pela dedicação e trabalho hercúleo. Cada etapa, cada novo anúncio de semifinalistas e finalistas, mostra a qualidade da produção editorial e literária brasileira. Todos os finalistas estão de parabéns e merecem nosso reconhecimento.”, destaca Hubert Alquéres, curador do Prêmio. Em Romance Literário, continuam na disputa nomes como Sérgio Rodrigues, Cristóvão Tezza, Patrícia Melo, Rua Castro e Geovani Martins. Lembrando que uma das novidades de 2023 é a nova categoria, Escritor Estreante, que será voltada ao escritor ou escritora que tenha publicado sua primeira obra em língua portuguesa no Brasil, no período entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022. O livro deve ser Romance de Entretenimento ou Romance Literário. Outro destaque desta edição é para o vencedor da categoria Livro do Ano, que além de ser contemplado com a estatueta dourada, receberá o valor de R$ 70 mil e, de forma inédita, uma viagem para a próxima Feira do Livro de Frankfurt, com uma agenda especial elaborada pela CBL para reuniões com editores, agentes literários e outros escritores do mundo todo. Clique no Leia mais para conferir a lista completa dos finalistas.

Cinco novidades marcam a Lista Nielsen PublishNews – que apura os autores brasileiros mais vendidos em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento no país – deste mês, referente ao período entre 9 de outubro e 5 de novembro. Quatro delas estão em Não Ficção, com destaque para Inquietos por natureza (Gente Autoridade), obra organizada por João Kepler e que aparece já na primeira posição. A segunda estreia de Não Ficção é Força, fortaleza! (Citadel), do empresário e palestrante Marcelo Facchini, na quarta posição. Logo em seguida, no sétimo lugar, entrou o livro A vida é cruel, Ana Maria (Record), na qual o padre Fábio de Melo reconstrói sua relação com a mãe. Por fim, a última estreia da categoria, na 15ª posição, é O amor na sua vida (BestSeller), de Karol Pinheiro. Já em Ficção, a estreia do mês é As aventuras de Mike – A origem de Robson (Outro Planeta), quarto livro da série escrita pelo casal Gabriel Dearo e Manu Digilio. No Ranking das editoras, a Planeta lidera com dez obras emplacadas na lista. O segundo lugar ficou com o Grupo Editorial Record, com seis e o terceiro, com o Grupo Companhia das Letras, com quatro. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Em O caçador chegou tarde (Maralto Edições), seu oitavo livro, o escritor curitibano Luís Henrique Pellanda – conhecido também pelas crônicas de flaneur, em que seu narrador percorria o centro de Curitiba e ali fazia uma cartografia absolutamente pessoal não apenas da cidade, mas dos sentimentos de um indivíduo no Brasil em acelerado estado de crise – se volta para dentro. No volume lançado no início de 2023, os contos passeiam por gêneros literários milenares, como o mito, a fábula e a anedota, para refletir, com sua fina e elegante escrita, sobre os elementos que construíram a realidade psicossocial dos últimos anos. Além de participar de um painel na Casa PublishNews na Flip 2023 (na quinta-feira, 23, às 10h40, com Maurício de Almeida, Cristiane Mateus e Rafael Gallo) sobre as formas breves, Pellanda respondeu a três perguntas do PN. "Certo é que, até o meio da década passada, avançamos muito na tarefa de se criar e promover uma vasta e eficiente rede de comunicação entre os inúmeros brasileiros interessados em leitura e literatura espalhados pelo país. Foi um trabalho que já vinha de décadas, e que contou com o esforço de milhares de pessoas abnegadas", disse. Clique no Leia Mais para ler a entrevista na íntegra.

O Ministério da Cultura divulgou, nesta segunda-feira (20), o resultado preliminar da Seleção do Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura Produzida por Mulheres 2023. A lista com as classificadas do primeiro edital com ações afirmativas lançado pelo MinC, desde a sua retomada, se torna pública em meio às iniciativas do Novembro Negro – mais especificamente, no Dia da Consciência Negra. Clique aqui para acessar a lista de obras classificadas. O número de escritoras premiadas saltou de 40 para 60, fruto do alto número de obras com ótima avaliação, em sua maioria, notas máximas. Com isso, o recurso inicial de R$ 2 milhões também aumentou, e passou a ser de R$ 3 milhões. O prêmio contou com um total de 2.619 inscrições. Destas, 1.922 foram aptas a serem avaliadas pela Comissão de Seleção. As classificadas são mulheres brasileiras (cis ou transgênero), bem como a comissão julgadora, agora tornada pública, composta apenas por pessoas do sexo feminino. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Janela Livraria e a editora mapa lab retomam, pelo segundo ano consecutivo, a parceria na Flip, com uma casa no Centro Histórico de Paraty (Casa da Marilda I Rua Tenente Francisco Antônio, 309), onde serão realizados encontros diários entre quinta (23), e domingo (26), incluindo os lançamentos das novidades do selo literário Janela + mapa lab, criado em 2022 e dedicado à literatura brasileira contemporânea. A casa janela + mapa lab tem a curadoria de Ana Paula Costa, Camila Perlingeiro, Leticia Bosisio e Martha Ribas. O tema da Casa, AQUI + AGORA, inspira e dá nome também à série colecionável de 18 plaquetes literárias, reunindo a produção de narrativas breves de autores contemporâneos em expressões de vozes de gêneros e estilos diversos, que será lançada na Flip. Entre os autores e autoras das plaquetes estão nomes como Marcelo Moutinho, Mateus Baldi, Ronald Lincoln, Paula Gicovate, Bianca Ramoneda, Carina Bacelar, Carlos Eduardo Pereira e Sérgio Rodrigues. A outra novidade do selo Janela + mapa lab é o lançamento do romance de autoficção Irina, livro de estreia da atriz Raquel Iantas. Na Flip, Raquel participa de uma conversa com Andréa Pachá no sábado (25), às 17h. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Pelo segundo ano consecutivo, o Escreva, Garota! — grupo de apoio, engajamento e capacitação continuada para mulheres que escrevem, coordenado pela escritora e produtora cultural Lella Malta — desembarca na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), um dos maiores eventos literários do país. A Casa Escreva, Garota! — uma casa de mulheres — abrirá as portas nesta quarta (22), e promete uma programação intensa — com mesas temáticas, palestras, oficinas e sessões de autógrafos — até dia 26, domingo. Grandes nomes femininos do mercado editorial brasileiro já estão confirmadas, como Ana Suy, Lilian Cardoso, Cassia Carrenho, Camila Cabete, Sue Hecker e Tatiany Leite. A Casa também receberá as editoras Proverbo e Moma, a Mostra Poesia Cinética de Cine Experimental, uma apresentação poética do Slam das Minas de São Paulo e a loja pop-up da Amora Livros. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

(...) Acredito na ciência, na sua lógica e observação, como forma de observar a própria natureza humana. A exemplo da matemática como substrato absoluto do tempo e do espaço. Com os métodos científicos foi que compreendi que se o nosso tempo é espiralado, guardando pontos equidistantes em sua evolução, as nossas expectativas de mundo podem também acontecer diferente do que pensamos, e podem ser mais reais do que desconfiamos. Olhemos outros universos, os universos do livro. Olhemos para outros países que não vivem somente da vida privada do livro. As distantes galáxias separadas da Terra pelo vácuo parecem muito com as críticas, por exemplo, sobre o preço do livro. Como assim, dizer que o livro está caro e ninguém rebate? Essa pergunta está muito longe da realidade, porque nada resolve nem nada explica dos problemas do livro no Brasil. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta coluna.

A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) realiza entre os dias 21 e 23 de novembro, na sua sede em Botafogo (Rua São Clemente, 134), o 1º Congresso Brasileiro de Literatura de Cordel. O evento reunirá autoridades, poetas, cantadores e estudiosos dessa manifestação artística, que é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, registrado no Iphan. A entrada é gratuita mediante inscrições clicando aqui. O presidente da FCRB, Alexandre Santini, um dos formuladores da Lei Aldir Blanc, o presidente do Iphan, Leandro Grass, e o secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, estão entre os nomes confirmados para a conferência de abertura, nesta terça-feira (21), às 10h. A programação contará também com aula-espetáculo dos artistas Chico de Assis e João Santana, apresentação artística do forrozeiro Marcus Lucenna e conferência com o escritor Braúlio Tavares. Uma mesa especial reunirá pesquisadoras e cordelistas mulheres para discutirem as "Vozes das Mulheres na Literatura de Cordel". Clique no Leia mais para ver a programação na íntegra.

Escritora multifacetada, Pagu é apenas um dos muitos nomes que Patrícia Rehder Galvão utilizou ao longo de sua vida. A antologia Palavras em rebeldia (Edusp), organizada pelo professor da Universidade de Yale, Kenneth David Jackson, reúne e cataloga as obras desta importante figura do movimento modernista e jornalismo brasileiro e será lançada pela Edusp nesta terça-feira (21), às 18h, no auditório da Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915, Pinheiros - São Paulo / SP). O lançamento contará com um debate com o autor, Kenneth David Jackson, e com a crítica literária e professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, Walnice Nogueira Galvão. Pagu é a homenageada deste ano pela Festa Literária de Paraty (Flip), que será realizada entre os dias 22 e 26 de novembro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em parceria com o Flitabira, o Sesc-SP promove o Ciclo de Debates Virtuais A Obra Epistolar de Drummond, no qual 11 temas tangentes ao assunto central da proposta são abordados por 12 diferentes especialistas na obra do poeta. Os episódios duram cerca de uma hora e é possível acessá-los nos canais do YouTube do Flitabira e do Sesc CPF. Todos os debates são mediados pelo escritor e jornalista Fábio Lucas. As correspondências de Carlos Drummond de Andrade com seus amigos representam importantes obras da literatura epistolar brasileira. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

“Odoyá, salve mãe Iemanjá, a Rainha do Mar!”. Algo parecido com a conhecidíssima saudação à Orixá mais popular do Brasil poderia ser entoado para homenagear a ialorixá Mãe Beata de Iemanjá. A rainha de todas as águas, elemento indispensável à vida, e mãe de todos os santos do candomblé, era também a orixá de cabeça de Beatriz Moreira Costa. Mulher negra, baiana de Cachoeira, bisneta de escravizados, e mãe de quatro filhos, ela foi uma das mais ativas sacerdotisas a favor da luta pela liberdade religiosa no país. Em A mãe do mundo (Malê, 129 pp, R$ 58), o jornalista Jefferson Barbosa traça um perfil biográfico sobre Mãe Beata de Yemanjá e conta uma outra história do Brasil, uma outra história de um país que teima em ignorar suas mulheres extraordinárias, como esta bravíssima baiana, nordestina e brasileira. A partir de seu olhar empático e generoso para com o outro, ao longo de 86 anos de vida, Mãe Beata se doou em firme atuação política, com efeitos de proporções nacionais. Na obra, o leitor irá conhecer em detalhes seu protagonismo em lutas contra o racismo, o machismo, a homotransfobia e a intolerância religiosa, de dentro para fora dos terreiros. A obra será lançada no dia 24 (sexta-feira), na Casa da Utopia, na Flip (Rua Dr. Pereira, 262 – Centro Histórico, Paraty / RJ).

São muitas histórias improváveis e fascinantes que fizeram de LeBron James o maior ícone de basquete do século XXI, o maior pontuador da história da NBA e o primeiro jogador da liga a se tornar bilionário. Até mesmo porque o garoto pobre nascido em Akron, Ohio (EUA), filho de mãe solo, poderia ter sido jogador de futebol americano. Mas emergiu como atleta de ensino médio mais disputado do basquete de seu país. Em LeBron (Objetiva, 576 pp, R$ 119,90 – Trad.: Angelo Lessa), o jornalista Jeff Benedict apresenta a série de reveses, triunfos e a persistência que fizeram de LeBron o campeão da NBA, sucessor de Michael Jordan e ícone global. É um livro que vai muito além do esporte, com lições inspiradoras sobre liderança e marketing — mostrando, por exemplo, os bastidores da disputa milionária entre Nike, Adidas e Reebok para patrocinar o jovem LeBron de 18 anos. Os leitores também descobrirão como o jogador aprendeu a lidar com a pressão, impôs um estilo de jogo que valorizou o coletivo e construiu um time dos sonhos por onde passou.

Em Tupac Shakur: A biografia autorizada (BestSeller, 432 pp, R$ 89,90 – Trad.: Karine Ribeiro), Staci Robinson oferece uma leitura profundamente pessoal sobre os acontecimentos que marcaram a breve vida de Tupac e o legado que ele deixou no mundo. A biografia revela a história de um jovem cuja vida foi definida pela política e a arte, um gênio movido igualmente por coragem e impulsividade, que muito cedo entendeu seu propósito como músico e transformou sua arte em ativismo. Foi a pedido de Afeni, mãe do músico, que Robinson começou, em 1999 a criar uma linha do tempo da vida de Tupac, do nascimento até a morte. Foram diversas entrevistas com a mãe, familiares e amigos do rapper. Depois de oitos meses Robinson tinha o manuscrito da biografia pronta, mas ao entregar foi informada de que o projeto seria adiado. Após 24 anos da primeira linha dessa história escrita e 27 anos de sua trágica morte, a biografia inédita de um dos maiores nomes do rap é lançada. Ele foi motivado desde a infância pela mãe – que foi uma ativista política, fez parte do Partido dos Panteras Negras e lutou bravamente em muitos momentos de sua vida. Nesse livro, Robinson aborda a relação de amor entre mãe e filho, o sucesso vertiginoso de Tupac, as consequências devastadoras da fama e a mensagem atemporal que Tupac deixou no mundo com sua música.

“Eu sou faixa preta 4º dan. Quando você é faixa preta, é para a vida inteira. Mas minha vida me conduziu para outro lugar [...]. Os tapetes que eu agora frequento são vermelhos e levam a outros santuários.” É assim que Thierry Frémaux, diretor do Festival de Cannes e do Instituto Lumière, se apresenta, sintetizando sua passagem do esporte à sétima arte e a relação profunda entre ambos, tema deste relato de formação e declaração de amor ao judô. Frémaux passou a infância e a adolescência em Minguettes, um grande conjunto residencial na periferia de Lyon, hoje foco de pobreza e desemprego, mas que, ao ser inaugurado, era uma promessa de vida assentada em políticas públicas comunitárias. E foi para lá que seus pais, progressistas, se mudaram na década de 1960, decididos a propiciar aos filhos uma visão de mundo menos consumista. Alternando capítulos que nos oferecem um panorama histórico da França com outros dedicados a relatos pessoais, Frémaux constrói em Judoca (Fósforo, 272 pp, R$ 89,90 – Trad.: Eloisa Araújo Ribeiro) um relicário de sua infância, enriquecido pela história do judô: as origens do esporte, seu mestre fundador Jigoro Kano, a escola Kodokan; golpes e posições de luta; sabedorias ancestrais; os primeiros campeões.