Em agosto do ano passado, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) falou oficialmente, pela primeira vez, que estava em negociações com a Feira do Livro de Frankfurt e com a MVB – ambas subsidiárias da Associação de Editores e Livreiros Alemães -- para implantação, no Brasil, do Books in Print, ferramenta que quer repetir por aqui a experiência alemã de padronização de metadados de todos os livros produzidos no País. A notícia de agora é que, finalmente, o projeto sairá do papel. “Na semana passada, conseguimos o OK do nosso conselho para o projeto no Brasil. Na Alemanha, o Books in Print é a mais completa plataforma de metadados e a ideia agora é adaptá-la ao mercado brasileiro”, disse ao PublishNews Marifé Boix (foto), vice-presidente da Feira para a América Latina. Com a anuência do conselho, o Books in Print começa a se concretizar. Nos próximos dias, a empresa será formalizada no Brasil e começará a etapa de customização da ferramenta. O plano é que seja lançado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em agosto. Depois do lançamento, o Books in Print entra na fase de comercialização e a sua operação deve começar em 2017. Clique no Leia Mais e veja outros detalhes sobre o Books in Print.

A Fnac aportou no Brasil há quase 20 anos e, pela primeira vez na sua história no País, terá uma mulher no comando. A nova CEO da empresa é Claudia Elisa Soares, formada em Administração de Empresas pela PUC / RJ, com MBA em Negócios pela INSEAD e MBA em RH pela FIA / USP. Na sua carreira, Claudia teve passagens pela Ambev – onde foi de trainee a diretora --, Grupo Pão de Açúcar, Via Varejo, Votorantim Cimentos e é membro do conselho de administração da Arezzo & Co.

O escritor brasileiro Raduan Nassar foi o vencedor de um dos maiores prêmios da literatura em língua portuguesa, o Prêmio Camões, pelo conjunto de sua obra. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (30). O autor tem apenas três livros publicados: Lavoura arcaica (1975), Um copo de cólera (1978) e Menina a caminho e outros textos (1997), todos eles editados no Brasil pela Companhia das Letras. Ele é o 12º brasileiro a vencer o prêmio em 28 edições. O júri sublinhou "a extraordinária qualidade da sua linguagem" e a "força poética da sua prosa”. Neste ano, Raduar Nassar foi um dos 13 semifinalistas do Man Booker International Prize, com a tradução inglesa de Um copo de cólera. Pelo Camões Raduan recebeu 100 mil euros.

Observando os atores de cinema e televisão e também alguns músicos, se abriu um caminho que não era nada novo mas trazia bons exemplos: os artistas de cinema e TV passavam também a diretores e produtores de seus próprios filmes e espetáculos. Era gente que saía da frente das câmeras e microfones e passava a se organizar, e que aprendia, e inarredavelmente exercia o comando central de suas novas e autônomas carreiras – e nem por isso sentia-se diminuído em suas carreiras artísticas, mas se sobrevalorizava e passava a ter vida nova e bons horizontes criativos. Lembrei, então, da autopublicação, pois graças às inovações em impressão e venda, o escritor, tal como os atores que viravam diretores e produtores, poderia agora buscar sua autonomia e planejamento. Sim, o escritor pode, hoje, na conta das inovações, gerenciar toda sua obra captando dinheiro em crowdfunding digital, imprimindo em baixíssimas tiragens para efeito de teste de algumas de suas obras e também vendendo coletivamente, seja através da internet e das redes sociais ou para seu círculo intelectual e social de qualquer lugar do mundo. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra da coluna de Paulo dessa semana.

O Chick Lit, literatura de entretenimento para mulheres que ganhou destaque com O Diário de Bridget Jones ou Os delírios de consumo de Becky Bloom, está de volta. Lauren Blakely é uma representante do gênero. Começou a publicar há apenas três anos e já alcançou a marca de mais de 1 milhão de livros vendidos. Seu livro mais recente, Mister O (O de Orgasmo) despontou na lista do NY times há quatro semanas e já alcançou a 4º posição de mais vendido de ficção. No Brasil, a autora acaba de ser contratada pela Faro Editorial para os dois principais títulos Big Rock e Mister O. Ambos serão lançados no primeiro semestre de 2017. Os direitos foram negociados pela Bookcase, agência brasileira que representa a autora em nível mundial.

Ana Beatriz Brandão, que publicou seus dois primeiros livros pela Novo Século, fechou com a Verus, do Grupo Editorial Record, para lançar seu próximo título. Em O garoto do cachecol vermelho, a autora descreve o romance dramático entre Melissa, uma bailarina preconceituosa e de forte personalidade, com o misterioso Daniel, garoto que usa sempre um cachecol vermelho, e como a personagem aprende os verdadeiros valores da vida. O título tem lançamento previsto para a 24ª Bienal do Livro de São Paulo (26/08 a 04/09).

O Grupo Editorial Nacional (GEN) está com duas vagas abertas para Analista Editorial para atuar em São Paulo. Exige-se boa experiência em preparação de originais, revisão de redação, revisão e finalização de provas e coordenação de produção editorial; domínio do office e do Adobe Acrobat / Reader, para trabalhos com PDF; e experiência em interações com autores e fornecedores. Os interessados em concorres podem enviar o seu currículo para o e-mail recrutamento@grupogen.com.br.

O telefone volta a tocar na agência literária fictícia criada por Marisa Moura. Dessa vez, quem liga é um autor que anda se escondendo da agente literária porque já está há três anos atrasado com o livro que já deveria ter entregue, mas está pronto só na cabeça dele. Mesmo fugindo da agente, ele liga na agência porque quer falar com a misteriosa funcionária que dá dicas e conselhos. Ele tem as desculpas na ponta da língua para o atraso na ponta da língua. Clique no Leia Mais e se divirta com a continuação dessa história.

Paralelo à programação do 18º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens (8 a 19/06), acontece, no dia 8 de junho, o 7º Encontro Nacional do Varejo do Livro Infantil e Juvenil. O encontro vai reunir representantes da cadeia produtiva do livro para debater o livro acessível, regulação do preço de venda e novos formatos de comercialização. A programação acontece das 9h às 13h, no Centro de Convenções SulAmérica (Av. Paulo de Frontin, 1, Cidade Nova, Centro). As inscrições, que custam R$ 50, podem ser feitas pelo e-mail seminario@fnlij.org.br.

São Paulo recebe nesta próxima semana, entre os dias 1º e 3 de junho, a segunda edição do Salão do Livro Político, que este ano discute a atual crise que o País enfrenta. Os filósofos Marilena Chauí e Vladimir Safatle, os políticos Adriano Diogo e Ciro Gomes, os juristas Fábio Konder Comparato e Alysson Leandro Mascaro, a líder estudantil Carina Vitral, além de Amelinha Teles, são alguns dos nomes confirmados para os debates. A programação ainda conta com projeção de curtas metragens, lançamentos com sessões de autógrafos e apresentações culturais. Na feira de livros, que contará com 25 editoras, os títulos serão vendidos com descontos de até 50%. O evento acontece no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000), das 11h às 22h. Confira a programação completa aqui.

No próximo final de semana (4 e 5 de junho), acontece a primeira edição do Tinta Fresca – experiências gráficas e feira de publicações. Realizada pela Lote 42, a feira vai reunir ateliês gráficos, editores, artistas e público para uma série de oficinas que exploram os limites do papel e das artes gráficas. O evento acontece no Espaço Cultural Porto Seguro (Al. Barão de Piracicaba, 610, Campos Elíseos, São Paulo / SP), com entrada franca. No sábado, a feira acontece do meio-dia às 19 e, no domingo, das 10h às 17h.

O Sempre um Papo recebe nesta terça-feira (31) os jornalistas Aloy Jupiara e Chico Otávio para o debate e o lançamento do livro Os porões da contravenção - Jogo do bicho e ditadura militar: a história da aliança que profissionalizou o crime organizado (Record, 266pp, R$ 45). A obra revela como policiais e militares que atuaram na ditadura se aliaram a bicheiros para atuar em conjunto no crime organizado. E mostra, ainda, como o negócio também se expandiu e eles passaram a explorar as máquinas de caça-níqueis. O evento acontece na sala Juvenal Dias do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro – Belo Horizonte / MG), às 19h30, com entrada gratuita.

A campanha Two Sides Brasil e o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP) acabam de lançar o livro infantil Mitos e fatos para colorir. O texto tem como objetivo mostrar aos alunos e professores que além de sustentável, o papel é divertido, prático e atraente. Ele também explica as confusões sobre o uso de papel que já foram difundidos na opinião pública. Com gravuras a traço nas suas 22 páginas, as crianças têm a oportunidade de colorir todas as imagens, que estão ao lado de textos-legendas onde apresentam os mitos divulgados na sociedade e explicam o fato verdadeiro. A edição será distribuída aos alunos do ensino fundamental I do Serviços Social da Indústria (Sesi).

No livro Mário de Andrade: Exílio no Rio (Autêntica; 224 pp.; R$ 47), a ideia de Moacir Werneck de Castro foi reunir algumas impressões sobre o seu convívio no Rio de Janeiro, entre 1938 e 1941, com o autor de Macunaíma. No livro é possível não apenas entender como era múltipla a personalidade do escritor e esclarecer aspectos de sua obra, mas também penetrar na atmosfera da então capital da República, naqueles anos de Estado Novo e início da Segunda Guerra Mundial. Para compor o livro agora relançado, Castro empreendeu um trabalho de pesquisa junto a diversas fontes e fez entrevistas com pessoas próximas a Mário de Andrade. A narrativa reúne, além do testemunho pessoal do escritor e o produto de suas pesquisas e entrevistas, uma interpretação particular que tenta esclarecer nuances da obra e da vida de Andrade.

Herói carismático ou líder populista? Foram muitos os rótulos que Leonel de Moura Brizola acumulou durante a sua vida política. Para o cientista político João Trajano Sento-Sé, o trabalhista foi um dos poucos personagens da história do Brasil a transitar nas duas esferas da política, a institucional e a que desafia o status quo, com desenvoltura. Ao mesmo tempo em que militava num partido tradicional e atuava para chegar ao poder pelas democráticas disputas eleitorais, Brizola foi um agitador das massas e contestador da ordem dominante. Sento-Sé assina o prefácio do livro A razão indignada – Leonel Brizola em dois tempos (1961-1964 e 1979-2004) (Civilização Brasileira / Grupo Editorial Record; 350 pp.; R$ 52,90). Organizado por Américo Freire e Jorge Ferreira, o livro reúne 10 artigos de historiadores sobre a atuação de Brizola nos anos que antecederam o golpe de 1964. Os textos versam sobre sua atuação política no cenário nacional, sua representatividade para o trabalhismo no Brasil e também sobre políticas públicas implementadas durante seus governos.

Criada pelo escritor moçambicano Pedro Pereira Lopes, Viagem pelo mundo num grão de pólen e outros poemas (Kapulana; 35 pp.; R$ 29,90) é uma obra cheia de versos fantásticos para as crianças. O título faz parte da coleção Vozes da África, uma série de livros de autores africanos escritos em língua portuguesa. O título traz ilustrações da portuguesa Filipa Pontes, através das quais, as crianças podem conviver com personagens incríveis, simpáticos animais, estranhos objetos e delicados elementos da natureza. A obra traz um glossário de termos da região de Moçambique e exalta a beleza nos elementos imaginativos da infância, em que cada poesia é um convite para que novos mundos sejam criados e explorados.

A poeta norte-americana Sylvia Plath também se dedicou à produção para crianças. O volume O livro das camas: e outras histórias para crianças (Globinho; 66 pp.; R$ 42 - Trad. Alípio Correia de Franca Neto) traz toda sua obra infantil: o poema que dá nome ao livro e o conto A cozinha da senhora cereja, inéditos no Brasil, além do conto O terno do não-faz-mal, que estava fora de catálogo. Publicado após a morte da escritora, em 1976, o título é um poema de ninar que estimula a imaginação das crianças ao falar de diferentes tipos de camas, como aquela que pode ser um submarino ou a cama polo norte. A segunda história do livro, O terno do não-faz-mal, por exemplo, foi escrita logo depois de Plath dar à luz sua primeira filha. Já na história que fecha o volume a autora deu vida aos objetos da cozinha, que desejam desempenhar as funções dos outros utensílios, e cria uma reflexão sobre o papel de cada um no mundo. O livro traz ilustrações de David Roberts.