Num dia, mães em luto; noutro dia, mães em luz
PublishNews, Redação, 07/05/2021
Criado a partir dos depoimentos de sete mães que perderam os filhos em circunstâncias diversas, livro publicado pela Primavera Editorial aborda as diferentes fases do luto vivenciadas por elas
A mulher que perde o marido é viúva; a que perde os pais é órfã. A mulher que perde o filho é algo que não cabe em palavras. Essa experiência – a maior dor do mundo – não é passível de nomeação. Vivenciar o inominável é voltar à condição alheia de criança recém-nascida, incapaz de concretizar qualquer estímulo que não venha das próprias vísceras. O mundo de fora fica mudo; o de dentro, grita a cada toque. Como se sente a mulher diante da morte de um filho? Esse questionamento é, de certa forma, o start para o livro A Lua e o Girassol (Primavera, 144 pp, R$ 44,90), de Marina Miranda Fiuza, a partir de depoimentos de sete mães cujos filhos, de diferentes idades, faleceram em circunstâncias diversas. Os capítulos abordam a experiência cíclica de viver em luto e viver em luz, algo que se alterna nessa experiência que demanda “continuar vivendo”. Obra conta ainda com o prefácio do escritor português Valter Hugo Mãe.
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