Publicidade
Sobre crescer menina no Brasil
PublishNews, Redação, 07/05/2019
Massacre de Realengo, que completou oito anos em abril, inspirou o livro de estreia da jornalista Daniela Kopsch

O pior dia de todos (Tordesilhas, 264 pp, R$ 42) é um romance terno e perturbador, uma ficção criada a partir de um dia trágico, que realmente aconteceu – o Massacre de Realengo, como ficou conhecido o atentado a uma escola do subúrbio do Rio, em que um ex-aluno matou 12 estudantes, a maioria meninas, em abril de 2011. Não é um livro sobre o massacre, mas sobre a amizade. Escrito Daniela Kopsch, jornalista que cobriu o episódio, O pior dia de todos é uma narrativa comovente e original sobre a difícil experiência de crescer menina no Brasil, especialmente quando são poucos os recursos, e a imprevisibilidade da vida nos atropela. Com estrutura aparentemente simples, a obra apresenta ao leitor um mundo difuso de preconceitos, desejos e limitações de forma crua e clara. O lançamento do livro acontece nesta quarta (8), às 19h, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915 - São Paulo / SP) junto com debate com a presença de Alexandra Gurgel, youtuber e influencer; Ellen Rodrigues, publicitária que cresceu no subúrbio do Rio e Isabela Noronha, jornalista e ex-editora da Capricho, justamente sobre os desafios femininos de ser mulher no país.

[07/05/2019 07:00:00]
Matérias relacionadas
Em 'O segredo das larvas', Stefano Volp explora trama que levanta questões contemporâneas como segregação racial, colorismo e desigualdades sociais; obra é uma mistura de 'Jogos vorazes' e o ' O conto da Aia'
Grua publica 'O duelo', uma das narrativas mais longas de Tchékhov e que passa a integrar a coleção 'A arte da palavra'
Em 'Kibogo subiu ao céu', Scholastique Mukasonga narra o surgimento de uma resistência cultural e social a partir de um povo subjugado
Leia também
Publicado pela Tinta-da-China Brasil, livro do linguista Fernando Venâncio conta curiosidades da língua portuguesa e derruba mito sobre origem direta do latim
Em 'Morte ao entardecer', o escritor mergulha nas cerimônias e tradições da tourada espanhola, desvendando sua história, técnica e filosofia
O leitor brasileiro poderá observar o elo decisivo da tradição filosófica que vem dos românticos alemães e passa por Schopenhauer, Nietzsche e Brandes