Quando chegar o último dia de 2016, a Cosac Naify não deverá ter mais nenhum livro em seus estoques. Os que sobrarem até lá serão transformados em aparas. A informação foi confirmada por Dione Oliveira, diretor financeiro da editora que teve seu fim anunciado em dezembro de 2015. “Me parte o coração mandar os livros para picotar, mas não posso deixar de atender às necessidades da empresa para a qual eu trabalho. Em alguns momentos, você acaba sendo impopular com algumas medidas”, disse Dione ao PublishNews. Desde o fim de janeiro deste ano, a Amazon passou a comercializar, com exclusividade, os livros da Cosac. Dione informou que os livros que já foram vendidos à varejista não serão recolhidos. “Seria fantástico se a Amazon tivesse comprado todo o nosso estoque, como dizem por aí, mas isso não foi verdade, infelizmente”, comentou o diretor. Dione não revelou quantos livros a editora ainda mantém em seu estoque. Clique no Leia Mais e veja a íntegra dessa matéria.

A Editora Saraiva, do Grupo Somos Educação, busca editor de livros na área de concursos. Os candidatos devem ter graduação em Direito, experiência na área de preparatório, seja com conteúdo ou com docência em cursinhos, e interesse em produtos digitais. Os interessados devem enviar currículo para carolinafquintella@gmail.com com o assunto Editor - Concursos. Já a Acaiaca -- distribuidora, que atende várias editoras, livrarias, escolas e bibliotecas -- oferece vaga para analista financeiro. O candidato deve ter experiência em contas a pagar e rotinas ligadas ao RH e contabilidade. Interessados devem mandar e-mail para priscila.farkas@acaiaca.com.br

Um dos clássicos da literatura brasileira mais exigidos como leitura obrigatória nos principais vestibulares do país, o livro Iracema, de José de Alencar, ganhou uma versão digital para fazer parte da coleção Clássicos da literatura brasileira em e-books. Lançado pela Primavera Editorial, além do texto original, a obra possui perguntas de múltipla escolha e dissertativas e link para videoaulas com explicações e comentários feitos por professores convidados. Como linguagem usada pelo autor é poética e rebuscada, o e-book ainda traz recursos para tornar o entendimento mais claro por meio de uma abordagem mais leve.

Aos 20 anos, Marco Túlio, o AuthenticGames, amealhou mais de 2,5 bilhões (isso mesmo bilhões) de visualizações no seu canal no YouTube e se transformou em um dos maiores vendedores de livros no Brasil. Pela apuração da lista de mais vendidos do PublishNews, seu primeiro livro, AuthenticGames (Astral Cultural), vendeu mais de 123 mil exemplares em 2016 e lidera a lista Infantojuvenil. Foi de olho nesses números que a Zelo, fabricante e varejista de roupa de cama, mesa e banho, acaba de lançar uma linha de produtos inspirada no rapaz. A coleção é voltada para o público infantojuvenil e possui estampas com personagens criados para o canal do youtuber. Para marcar o lançamento, a Zelo criou até um espaço de 260 m² na sua loja do Shopping Ibirapuera (Av. Ibirapuera, 3.103 – Moema - São Paulo / SP) onde Marco Túlio faz sessão de autógrafos e fotos nos dias 24 e 25 de outubro, das 15 às 18h.

A Blooks Livraria (Praia de Botafogo, 316 - Espaço Itaú de Cinema, Botafogo – Rio de Janeiro / RJ) recebe, logo mais, às 19h, o debate Literatura e comunicação - a construção da figura do autor e a divulgação literária. O encontro, que faz parte da série de debates sobre edição e literatura promovidos pela editora Jaguatirica em parceria com a livraria, discute como promover um autor independente, como ele pode estar presente nas redes sociais e que espaço a imprensa dedica para os novos autores. O bate-papo terá a participação de Valéria Martins, Dani Fernandes e Jaciara Rodrigues, envolvidas com literatura e mercado editorial e será mediado por Hanny Saraiva, editora-assistente da Jaguatirica.

A partir deste mês, a Casa das Rosas (Av. Paulista, 37 - São Paulo / SP) dará espaço para a poesia brasileira e sua multiplicidade. O projeto Viva Voz, uma série de conversas com autores brasileiros, terá nos próximos meses presença de Augusto de Campos, Lenora de Barros e Tarso de Melo. Capitaneada pelos coordenadores Reynaldo Damazio, do Centro de Apoio ao Escritor, e Julio Mendonça, do Centro de Referência Haroldo de Campos do museu, a primeira conversa acontece neste sábado (24), às 19h, com o poeta Tarso de Melo. Nos meses de novembro e dezembro, a Casa recebe, respectivamente, Lenora de Barros e Augusto de Campos.

O primeiro Festival Literário Internacional Catarinense (FLIC), que acontece entre os dias 12 e 16 de outubro, na Cidade Criativa Pedra Branca, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC), terá a participação de oito escritores estrangeiros e mais de 50 nacionais. O evento que tem o objetivo de democratizar o conhecimento e contribuir para o desenvolvimento local sustentável, terá sessões de autógrafos, palestras, mesas de bate-papo, oficinas, exposição e venda de livros, narrações de histórias, brincadeiras, performances, teatro, música, gastronomia e muitos encontros. O festival que tem curadoria do jornalista e editor Nelson Rolim de Moura, homenageará os escritores Salim Miguel e Julio de Queiroz (1926-2016), o poeta e Rodrigo de Haro, o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e o premiado projeto Barca dos Livros. O evento ainda recebe os escritores internacionais Gustavo Espinosa, Fabián Severo, Carlos Ríos, Ana Porrúa, Harrie Lemmens, entre outros. Já para compor a programação nacional, o evento conta com a participação de nomes como Anna Claudia Ramos, Heloisa Seixas, Mario Prata, Ruy Castro, Marlon Aseff e Anita Di Marco. A programação oficial pode ser conferida site da FLIC.

Neste sábado (24), a Editora Malê promove a Àjoyò – celebração da literatura afro-brasileira. O evento com programação gratuita, gira em torno da promoção da obra literária de autores negros e contará com debates, lançamentos de livros, sessão de autógrafos, leituras dramatizadas, apresentações musicais e feirinha de livros. A festa, que acontece no Centro Cultural da Bola Preta (Rua da Relação, 03, Centro - Rio de Janeiro / RJ), começa às 15h com um bate-papo sobre o tema Poesia, negritude e resistência, com a participação das escritoras Conceição Evaristo, Lívia Natália e a cantora Tássia Reis. Às 16h haverá o lançamento do livro Contos escolhidos (Editora Malê), do escritor Cuti (Luiz Silva), e, às 19h, se inicia a cerimônia do Prêmio Malê de Literatura. O encerramento da festa literária será com o baile Àjoyò, iniciando às 21h, sob o comando da escritora e colunista do O Globo, Ana Paula Lisboa. O evento tem entrada gratuita até as 19h.

O poeta, jornalista e músico Daniel Perroni Ratto, lança nesse sábado (24) o livro VoZmecê (Patuá, 96 pp, R$ 38). Resultado de uma seleção de poesias escritas por ele nos últimos dois anos, o livro é dividido em três temáticas: boemia, Brasil e relações afetivas. Esse que é o quarto livro de Daniel será lançado no espaço Patuscada (R. Luís Murat, 40, Pinheiros - São Paulo / SP), a partir das 19h. O evento ainda terá leitura de poesias com sarau desconcertos, organizado pelo poeta Claudinei Vieira.

Em 2017, a Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu) comemora 30 anos de existência. Para celebrar a data, a entidade abriu um edital que tem como objetivo amealhar textos para uma coletânea de textos sobre a edição universitária, estruturados em torno de três eixos temáticos: memória histórica, experiências exitosas e prospecção. Para se inscrever é necessário que o autor tenha vínculo com uma instituição de nível superior ou centro de pesquisa. Os candidatos também deverão ter formação de nível superior completo e é desejável que tenham pós-graduação. Cada proponente poderá concorrer com apenas um texto. Os textos selecionados comporão uma publicação que será lançada pela Editora da Universidade Federal da Bahia (EdUFBA). Interessados em participar da coletânea têm até o dia 31 de outubro para submeter seus trabalhos.

Imaginem um prêmio literário no qual quem decide os vencedores são as crianças. O Prêmio Jabuticaba, idealizado por Fabiola Braga, criadora e editora do Sílaba Tônica, tem como objetivo incentivar as crianças a lerem e fazer com que elas construam um pensamento crítico sobre a literatura ainda na infância. Inspirado no conto de Monteiro Lobato As Jabuticabas e no Prêmio Jabuti, realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Prêmio Jabuticaba está sendo muito bem recebido pelo mercado editorial. “Já recebemos resposta de autores, editores, profissionais do setor e instituições, elogios pela iniciativa e manifestações de apoio. Alguns profissionais do setor já estão colaborando com suas ideias e sugestões para que o prêmio seja bem-sucedido", disse Fabiola ao PublishNews. Nomes como Camila Saraiva, Lucas de Sena Lima, Lenice Bueno da Silva, Flávia Santos, Karine Pansa, Blandina Franco e José Carlos Lollo, Bia Reis e o artista Guto Lacaz, responsável pela logomarca e estatueta do prêmio, já deram seu apoio ao projeto. Clique no Leia Mais e veja mais detalhes do prêmio.

Com a premissa de que ler pode ser algo muito divertido e que dá a oportunidade de fazer amigos, o #ClubedolivroBH chega ao seu 14º encontro. O evento acontece neste sábado (24), no Teatro Francisco Nunes - Parque Municipal Américo Renné Giannetti (Av. Afonso Pena, s/n, Centro - Belo Horizonte / MG), às 14h. A 14ª edição do encontro gratuito terá como tema os livros sobrenaturais e pretende fazer com que as pessoas entendam que a literatura pode ser algo muito além da imaginação, através da leitura e discussão de livros numa interação com todos os convidados.

A editora Nova Fronteira reuniu no box Grandes obras de Nietzsche (Nova Fronteira, 608 pp, R$ 99,90) os três mais importantes livros do escritor Friedrich Nietzsche, Assim falava Zaratustra, O anticristo e Ecce homo. O primeiro livro do box, Assim falava Zaratustra, é uma das obras mais conhecidas e influentes do escritor alemão, na qual ele desenvolve os quatro grandes temas que formam o seu pensamento: o super-homem, a “morte” de Deus, a vontade de poder e o eterno retorno. O anticristo, segundo livro, Nietzsche ataca a religião cristã, que, de acordo com ele, designa o poder da mentira e deve ser combatida. Para fechar o box, está a autobiografia de Nietzsche, Ecce, um dos livros mais importantes para entender o pensamento do escritor em sua originalidade. No texto, o autor examina suas obras e, através delas, apresenta um novo ideal humano.

No livro O que é história do conhecimento? (Editora Unesp, 212 pp, R$ 44 – Trad.: Claudia Freire), o historiador inglês Peter Burke responde à pergunta: qual a diferença da história do conhecimento para a história da ciência ou da sociologia do conhecimento? Além disso, ele mapeia não essa história, mas as suas histórias, no plural, desde a invenção da escrita ao uso de mecanismos digitais de busca, passando por centros de aprendizado em Bagdá e Damasco, e as questões e dilemas para armazenar o conhecimento no início da era moderna europeia. Traça as origens e os fundamentos desse novo domínio da ciência histórica, passa pelos processos que transformam informação em conhecimento e conclui discutindo os problemas recorrentes e as perspectivas nesse campo. O livro traz conceitos fundamentais para refletir sobre os processos de criação de conhecimento, mas também de armazenamento e propagação.

Na obra A nova dialética e ‘O Capital’ de Marx (Edipro, 286 pp, R$65 – Trad.: Pedro C. Chadarevian), o filósofo Christopher J. Arthur indaga a forma comum de ler O Capital e propõe mudar a percepção do leitor quando insere a obra máxima de Marx no cenário econômico-político atual, esclarecendo suas bases filosóficas hegelianas. O livro aborda em primeiro lugar a influência das figuras dialéticas de Hegel, porém o autor afirma que nem mesmo Marx é claro em seu status teórico, sempre permeando entre a retórica sistemática delineada por Hegel e o naturalismo que economia política britânica o influenciou. Cada capítulo aborda um tema específico, assim, o leitor pode ler conforme sua curiosidade, porém está organizado em uma sequência que salienta a posição geral do livro, compreender a estrutura completa do capitalismo.

O meio ambiente tem sido, há muito tempo, território da esquerda política, a qual considera que as principais ameaças ao planeta partem do capitalismo, do consumismo e da exploração exagerada de recursos naturais. Em Filosofia verde (É Realizações, 416 pp R$ 69,90 – Trad.: Maurício G. Righi), o escritor e filósofo Roger Scruton aponta as falácias por trás desse modo de pensar, assim como os perigos que ele representa para os ecossistemas dos quais todos nós dependemos. Scruton sustenta que o meio ambiente é o problema político mais urgente de nossa época, e estabelece os princípios que deveriam governar nossos esforços para protegê-lo. Scruton apresenta a questão ambiental em seu todo, apoiando-se na filosofia, psicologia e economia, assim como nos escritos de ecologistas e historiadores. Ele propõe que as questões ambientais sejam enfrentadas por todos, na esfera das circunstâncias diárias, para que não sejam confiscadas pelo Estado, e argumenta que o conservadorismo é muito mais adequado para abordar problemas ambientais do que o liberalismo ou o socialismo.

Em Da leveza (Amarilys, 304 pp, R$ 68 – Trad.: Idalina Lopes), Gilles Lipovetsky, o pensador das eras do vazio e do efêmero, discute as razões deste outro fenômeno que observa: a passagem da civilização do peso para a civilização da leveza – a era das utopias "light". Na sociedade pós-moderna, o elogio à magreza e a consagração do bem-estar triunfam. O mundo virtual, os dispositivos móveis, os nanomateriais estão mudando nosso dia a dia. Do mesmo modo, a cultura midiática, a arte, o design, a moda e a arquitetura exprimem o culto contemporâneo à leveza. Por todos os lados, a ordem é conectar, miniaturizar, desmaterializar. O leve invadiu nossa rotina e transformou nosso imaginário, tornando-se um valor e um ideal. Na contramão dessa tendência, contudo, a vida cotidiana parece cada vez mais pesada e difícil de suportar. Os imperativos de uma vida mais leve vêm acompanhados por demandas exigentes, com efeitos exaustivos e desgastantes, por vezes deprimentes.