Haverá venda de livros digitais em países em desenvolvimento, disse Mike Shatzkin ontem na Conferência PublishersLaunch, em Frankfurt. Mas vai demorar mais para isso acontecer e os preços serão diferentes daqueles praticados nos Estados Unidos e Europa, completou. O argentino Octavio Kulesz, da Editorial Tesco, foi o responsável por apresentar este cenário e contou que a ideia corrente de que o mercado digital nesses países só se desenvolverá quando as grandes empresas internacionais começarem a operar lá é controversa. “Demoraria muito para a Amazon e outras empresas do gênero se espalharem pela América Latina, Índia, África ou China”. A língua é o maior desafio. Aos editores interessados nesses países, deu a dica: é mais produtivo construir alianças com empresas locais, já que cada mercado tem a sua própria gramática digital. Otávio comentou o incentivo que o governo brasileiro está dando para a fabricação de iPads no país e disse que logo a plateia deve ouvir boas novas vindas do Brasil.