Editores e agentes literários foram pegos de surpresa na última sexta-feira com a notícia da morte de Suely Pedro. Ela morreu no último dia 2, mas só agora o mercado ficou sabendo. Há cerca de dez anos, a agente literária lutava contra um câncer. Desde 2015, quando Karin Schindler anunciou a sua aposentadoria, Suely respondia pela direção da Agência Schindler, pioneira no agenciamento literário no Brasil e da qual Suely já era formalmente sócia desde 1999. Muitos editores e agentes literários ressaltaram o legado de Suely. Pedro Almeida, por exemplo, destacou “o profissionalismo, o respeito à opção da editora que já publica um autor para novas obras, o apoio real aos jovens editores, prestando sempre serviços que extrapolavam a função de agente. Suely foi editora e conhecia bem o outro lado, o que nos deixava bem seguros. É alguém que fará muita falta”. Pelas redes sociais, Marcia Batista, da Universo dos Livros, comentou: “A Suely era uma grande profissional. Íntegra e amiga. Forte esse baque!”. Para Marília Chaves, ex-Gente e Planeta, Suely “deixa um vazio que ninguém mais é capaz de preencher, saudade da doçura dela até quando estava brava pra fazer uma cobrança”. Colegas de profissão de Suely também lamentaram a morte. Lúcia Riff, da Agência Riff, por exemplo, comentou: “Foi uma colega tão querida - sempre elegante, simpática, amiga. Vai deixar saudades, vai fazer falta!”. Meire Dias, da Bookcase, disse: “O mercado perde uma profissional exemplar, inspiradora e querida por todos”. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desta nota.

Logo mais, às 19h, na Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2.500 - São Paulo / SP), acontece a cerimônia de entrega do Prêmio Avena PublishNews, onde 15 troféus serão entregues aos três primeiros colocados em cada uma das cinco categorias da Lista dos Mais Vendidos do PublishNews em 2017, além dos quatro prêmios especiais: para o livro mais vendido do ano, para a editora que mais emplacou títulos na Lista; para um dos cinco finalistas do Prêmio Profissionais de Marketing e Vendas do Ano e um quarto prêmio especial para Alfredo Weiszflog, por sua contribuição ao mercado editorial. A noite contará ainda duas mesas em que se debaterá o papel das mulheres nos cargos de direção da indústria editorial e sobre a importância dos profissionais de vendas e de marketing para esse segmento e ainda uma entrevista de Carlo Carrenho, fundador do PublishNews, com Weiszflog. As inscrições para o evento já estão encerradas.

Neste final de semana, o “coleguinha” Ancelmo Gois noticiou que a prefeitura do Rio multou uma barraca na Praia do Leme por distribuir livros de graça. A iniciativa era do ex-ministro da Cultura Jerônimo Moscardo, que foi multado em R$ 360. O Estadão deu destaque para os clubes de leitura que crescem cada vez mais e apostam na curadoria para atingir determinados nichos. Um desses serviços é a TAG, que surgiu em 2014, já conta com mais de 20 mil assinantes e aposta em edições próprias caprichadas e curadoria de autores. A rede social dos leitores, o Skoob também passou a oferecer um serviço por assinatura usando a avaliação dos próprios leitores do site; e o Leia Mulheres, que realiza encontros mensais com leitores, e claro, os livros selecionados são todos escritos por mulheres. Já a Babel noticiou que a Moderna irá reunir especialistas e escritores em debates on-line para comemorar seus 50 anos. Os encontros mensais começam nesta quarta (21). E foi inaugurada no sábado, a Banca Curva (Rua Dr. Cesário Mota Júnior, 340). O espaço dará destaque para prints, pôster e lambe-lambes e cada artista ou editora terá o seu próprio nicho. A coluna lembrou também que no próximo sábado (24), será inaugurada a primeira cervejaria-editora do mundo. O Espaço Cultural Cerverbaria (Ferreira de Araújo, 945) terá no rótulo de cada garrafa, um texto inédito. Para fechar, a Painel das Letras destacou que Markus Zusak, autor de A menina que roubava livros, lançará um novo romance. Bridge of Clay (Intrínseca), deve sair no Brasil em outubro, mesma data dos EUA.

A Universidade Santa Úrsula (Rua Fernando Ferrari, 75 – Rio de Janeiro / RJ) e o Núcleo de Estratégias e Políticas Editoriais (Nespe) estão com inscrições abertas para o curso de Pós-graduação em edição e gestão editorial. Com o apoio do PublishNews, a quarta edição do curso começa no dia 24 de março e tem como objetivo formar e aperfeiçoar profissionais do mercado editorial, além de ajudar interessados a ingressar neste mercado. O curso estimula os participantes a refletirem sobre as atividades exercidas no meio, buscando modos de aprimorá-las e oportunidades em espaços ainda não contemplados por modelos tradicionais de negócios. Além de aprender com os melhores profissionais e pesquisadores do mercado, os participantes entrarão em contato com alguns dos responsáveis pelos rumos da produção editorial no Brasil. As aulas acontecem quinzenalmente, sempre aos sábados, das 9h às 17h. O investimento pode ser dividido em 24 parcelas de R$ 650.

O LabPub prepara para abril, o curso Formação de editor de textos: revisão, preparação e edição de livros originais e traduzidos. Nele, o participante se tornará apto a realizar trabalhos de edição de textos, em suas etapas mais importantes: revisão, preparação e edição. É um curso sobre a prática do trabalho de edição que se divide em dois caminhos: uma parte teórica voltada para a edição e seus processos e uma parte sobre a experiência prática, com orientações sobre revisão, preparação, redação, criação e edição de textos. O curso será ministrado por Pedro Almeida (Faro) e Alessandra Ruiz (Sextante), que abordarão os desafios inerentes à garantia de consistência do manuscrito, sem alterar o estilo do autor, ponto crítico em um trabalho de edição de texto. As aulas começam no dia 3 de abril, sempre as terças e quintas, das 19h às 21h10. Para mais informações é só mandar e-mail para labpub@labpub.com.br.

No próximo sábado (24), a Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos (Av. das Nações Unidas, 4777 – São Paulo / SP) recebe o lançamento do livro Morando no espaço (Trilha, 40 pp, R$ 49,90), do menino prodígio João Paulo Guerra Barreira. Com apenas sete anos, ele é o mais novo escritor bilíngue e o mais novo brasileiro a receber um prêmio NASA. O livro conta a história de três amigos que decidem construir uma estação espacial, e com a ajuda da NASA, levam para o espaço pessoas, plantas e animais. Durante essa aventura fora da Terra eles irão enfrentar uma chuva de meteoritos, participar de resgates, criar novas máquinas espaciais e até lidar com um buraco negro. O livro traz ainda uma página inteira de curiosidades sobre o espaço e outra página com as dicas do autor sobre natureza, respeito, alimentação, estudos e outros assuntos. Durante o ano, Morando no espaço fará parte das atrações oficiais da Bienal de São Paulo (3 a 12/08), da Feira de Bolonha (25 a 29/03), da Feira de Londres (10 a 12/04), da Feira de Frankfurt (10 a 14/10) e da Feira do Livro de Xangai (25 a 29/11).

Já em sua terceira edição, a Semana Internacional de Quadrinhos preparou um pré-evento que acontecerá nos dias 22 e 23 de março. No primeiro encontro, o quadrinista francês Fabien Toulmé, autor de Não era você que eu esperava (Nemo), participará de um bate-papo, às 14h, na Escola de Comunicação (ECO) (Av. Pasteur, 250 – Urca - Rio de Janeiro / RJ) e no dia 23, ele estará no Maison de France (Av. Pres. Antônio Carlos, 58 – Rio de Janeiro / RJ) para se encontrar com o público. A SIQ tem como objetivo discutir a arte dos quadrinhos levar para o público mesas temáticas com autores e pesquisadores. Desde 2016, o evento acontece no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e este ano acontece de 8 a 11 de maio, no mesmo lugar.

Logo mais, às 18h, a apresentadora e ativista Luisa Mell estará na Saraiva do Shopping Pátio Paulista (Rua Treze de Maio, 1947 – São Paulo / SP) para uma sessão de autógrafos do livro Como os animais salvaram minha vida (214 pp, R$ 34,90). No livro publicado pela Globo Livros, a militante e apresentadora de TV conta as passagens polêmicas de sua vida e de sua luta pelos animais ao se envolver em brigas com famosos e poderosos. A apresentadora fala também da luta contra rodeios, vaquejadas, testes em animais, maus-tratos e abandono de bichos e sobre seu estilo de vida vegano e como foram sua gravidez e o início da criação de seu filho.

Para muitos, a matemática é perversa. Para essas pessoas, todo o esforço empregado no sentido de tentar entendê-la não é suficiente. O músico erudito Rafael Calegari pensa o contrário disso. Por isso, ele escreveu Algoritmos algébricos, o smart brain e o problema P versus NP (Editora Ciência Moderna, 432 pp, R$ 90, R$ 71,40, o e-book). No livro, ele propõe soluções para problemas do campo da pesquisa da matemática contemporânea. Devido ao caráter multidisciplinar da obra, que envolve diversos ramos desta ciência, o texto é dirigido a “clínicos gerais” da Matemática, pessoas que transitam tanto pelo cálculo integral e diferencial, quanto pelos seus ramos mais discretos, como teoria da computação, cálculo de diferenças finitas e lógica.

Com 50 anos de experiência na área de educação, Tania Zagury reúne em Pensando educação com os pés no chão (Bicicleta Amarela / Rocco, 176 pp, R$ 24,90) 40 textos fundamentais sobre o tema. A obra é um convite para professores e outros profissionais refletirem sobre as práticas e os desafios da área. Em meio século de sala de aula, a autora testemunhou uma série de mudanças nas metodologias de ensino, na estrutura curricular, nas formas de avaliação etc. que pouco ou nenhum resultado trouxeram efetivamente, especialmente para a educação pública. Daí a importância de rever conceitos e projetos, avaliar o que está por trás de cada insucesso e refletir sobre o que realmente precisa ser feito para mudar o atual quadro da educação brasileira. No livro, Zagury convoca os leitores a pensar a educação com os pés no chão, visando à construção de sistema de ensino justo e de qualidade, essencial para o exercício pleno da cidadania e para um futuro menos desigual.

Em Modelos internacionais de educação superior (Editora Unesp, 116 pp, R$ 38), os autores Reginaldo C. Moraes, Maitá de Paula e Silva, Luiza Carnicero de Castro trazem ao leitor uma visão sintética de três importantes sistemas de educação superior. Alemanha, EUA e França foram os países escolhidos pela relevância que tiveram na “exportação” de modelos de ensino superior. A versão moderna da instituição universidade toma como referência as ideias do filósofo Wilhelm von Humboldt, fundador da Universidade de Berlim (hoje, Humboldt-Universität), em 1810. A Alemanha forneceu a muitos países a inspiração para que se replicasse a chamada universidade humboldtiana, marcada, entre outas características, pela incorporação da atividade de pesquisa à prática pedagógica. O ensino superior nos Estados Unidos é um dos herdeiros dessa tradição. O terceiro modelo é o francês. A terra de Descartes e dos iluministas não apenas sediou as primeiras elaborações de campos científicos decisivos, como Química, Matemática, Geografia, Biologia, entre outras disciplinas: missões francesas também criaram escola e influenciaram fortemente o desenho institucional da Universidade de São Paulo, desde sua fundação, em 1934.

A aprovação da lei de reformulação do ensino médio, de fevereiro de 2017, e a discussão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) puseram na ordem do dia, mais uma vez, os empecilhos do ensino médio. A fim de contribuir para esse debate, o livro Os desafios do ensino médio (FGV Editora, 244 p, R$ 42) apresenta as discussões ocorridas em seminário homônimo, organizado pelo programa FGV Ensino Médio, da Fundação Getulio Vargas. O resultado é uma reunião de textos das apresentações e debates de especialistas renomados vinculados a órgãos públicos, como o Ministério da Educação (MEC), secretarias estaduais de Educação, o Conselho Nacional de Educação (CNE), e parlamentares, bem como de representantes de fundações privadas, professores, dirigentes de escolas públicas e privadas, que mapearam, na ocasião do seminário, pontos de divergências e de convergências que a nova lei tem suscitado.