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PublishNews 12/09/2016
Estamos há 50 anos, distribuindo as melhores editoras, do mercado para as livrarias de todo o Brasil
Presente no mercado há mais de 35 anos, a Vitrola dedica-se à missão de propagar a cultura e o conhecimento através da edição e comercialização de livros.
A Catavento atua no mercado de distribuição de livros para todo o país.
PublishNews, Leonardo Neto, 12/09/2016

Lançamento de 'Fabrincando', livro de Tamires Lima pela Solisluna Editora na edição passada da Primavera Literária em Salvador | © Maurício SerraDe 23 a 25 de setembro, a capital baiana vai celebrar a entrada da primavera com livros. É que, pela segunda vez, a Primavera Literária, programação cultural realizada pela Liga Brasileira de Editoras (Libre), chega à cidade. “Já era um projeto da Libre avançar no Nordeste. Por muito tempo, a entidade ficou muito concentrada no eixo Sul – Sudeste. Então, era nossa meta levar a bandeira da bibliodiversidade Nordeste a dentro. Salvador foi escolhida porque ali estão a maior parte das editoras associadas à Libre no Nordeste, o que facilitou a nossa entrada”, comentou Raquel Menezes, presidente da entidade. O evento reunirá 27 editoras que oferecerão descontos de até 50% nos livros. Além disso, uma programação que colocará a literatura lado a lado com temas dos debates atuais e que aposta na conexão de diferentes atividades com o livro, a leitura e a literatura. Flávia Bomfim, que assina a curadoria da programação, disse ao PublishNews que a ideia é, além disso, reunir artistas nacionais com artistas locais. “A ideia foi conectar as editoras da Libre com os artistas locais. Temos uma cena de literatura muito intensa em Salvador, mas é uma galera ainda mais independente que a Libre”, brincou. Com isso, os debates serão permeados por shows musicais e performances. Clique no Leia Mais e veja alguns destaques da programação.

PublishNews, Talita Facchini, 12/09/2016

A Planeta adquiriu os direitos de dois romances adultos que têm alguns pontos em comum: os dois são de autoras best-sellers do New York Times e têm como personagem um homem sedutor em cena. Bossman, da autora autopublicada Vi Keeland, que já tem livros da série MMA fighter publicados no Brasil pela Charme Editora, conta a história de Reese e Chase que se conhecem por acaso em um restaurante. Ela achava que nunca mais veria Reese, mas, um mês depois, ele se tornou o seu novo chefe. Já Neighbor dearest, de Penelope Ward, fala sobre uma mulher que após ser largada por seu antigo namorado acredita que não achará mais ninguém. Essa sorte muda quando seu novo vizinho aparece e ouve todas as suas consultas com a terapeuta. A partir daí, eles se tornam amigos, mas Damien deixou claro que não seriam mais que isso, o problema é que ela já está novamente apaixonada e sabe que ele também sente o mesmo. Bossman foi intermediado pela Bookcase e Neighbor Dearest, pela Trident Media Group, ambos ainda estão em tradução e não têm data prevista para lançamento.

PublishNews, Redação, 12/09/2016

Sonia Jardim, ex-presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e presidente do Grupo Editorial Record, disse, em entrevista à Folha de S. Paulo que a inflação não é repassada para o leitor há mais de dez anos e que, por isso, o preço do livro precisa subir. "Esse é o grande dilema. Estamos desde 2004 sem subir preços de acordo com a inflação. Criou-se na cabeça do consumidor as faixas de preço de R$ 19,90, R$ 29,90...", afirma ela. Jardim ressalta que o preço do papel subiu 45% nos últimos três anos, que os valores pagos em adiantamentos – negociados em dólares – também foi inflacionado. Na entrevista que deu à Folha, Sonia se disse contrária à Lei do Preço Fixo. “Acho politicamente difícil, num país com tanta dificuldade de leitura, se retirar qualquer incentivo”, declarou. Sonia fala ainda sobre a concentração do mercado editorial, sobre consignação, sobre a possibilidade de vender o Grupo Editorial Record e, por fim, sobre a briga da sua editora com a Flip.

Valor, Juliana Schincariol, 09/09/2016

Em paralelo à disputa entre a gestora de investimentos GWI, acionista da Saraiva, e os controladores da companhia, corre na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) reclamação de outro investidor. Vicente Conte Neto, sócio da H11 Capital e terceiro maior acionista depois da família e da gestora coreana, reivindica na autarquia o pagamento de dividendos referentes a 2015. No entanto, seu pleito em relação à companhia vai além. Mesmo sem atualmente ocupar um assento no conselho, seu objetivo é influenciar os controladores em assuntos como profissionalização da gestão e migração para o Novo Mercado, nível máximo de governança corporativa entre as companhias listadas na bolsa. Há algumas semanas, a H11 Gestão de Recursos atingiu 10,01% no total de ações preferenciais da varejista de livros, ante uma fatia anterior de 6,48%. Somada à presença de Neto como pessoa física, a participação sobe para 13%. O objetivo da H11 é atingir, no mínimo, 50% dos papéis preferenciais, segundo o acionista. Isso porque, afirmou ele, a empresa tem potencial de valorização e ainda está muito barata na bolsa.

PublishNews, Redação, 12/09/2016

A colunista Sonia Racy entrevistou o ministro Marcelo Calero, da Cultura. A ideia era fazer um balanço dos 100 primeiros dias de seu mandato à frente do MinC. Calero falou que a sua missão é “desaparelhar o ministério” e que o prazo para isso é de seis meses. Sobre o universo do livro, Calero reforçou o seu projeto de levar bibliotecas aos projetos do programa Minha Casa, Minha Vida e o de incentivar a criação de bibliotecas comunitárias Brasil afora. “[Na área do livro], temos as Bibliotecas do Amanhã. Trata-se de uma reforma da estrutura dessas instalações, dando equipamentos às que não os têm, desde televisão a laptop. E há um novo projeto educativo, que negociamos com o Itaú Cultural quando atuávamos no Rio. Estamos tentando torná-lo nacional. Um de seus pilares é a implantação de bibliotecas nos conjuntos do Minha Casa, Minha Vida. Consiste em negociar para que as construtoras desses conjuntos reservem espaço e nele criem uma sala comunitária. O MEC entraria com os livros, o MinC com a gestão. E o terceiro pilar será abrir um edital específico para apoiar bibliotecas comunitárias Brasil afora. Já foi detectado que muita gente deixa de ir a bibliotecas pelos motivos mais triviais, como receio de um estar num ambiente diferente”.

O Estado de S. Paulo, Maria Fernanda Rodrigues, Babel, 10/09/2016

A coluna Babel deu, neste final de semana, uma dica para escritores, ou aspirantes, que topam publicar seus livros numa plataforma de autopublicação, mas que ainda gostariam de ouvir uma opinião profissional antes de se lançarem no mercado. A Casa das Rosas e a Amazon anunciam, nesta segunda (12), uma nova parceria que prevê exatamente isso: o Tutoria CAE. Até o dia 25, autores podem mandar seus originais para o Centro de Apoio ao Escritor (CAE), da Casa das Rosas, que selecionará cinco obras de cada gênero para serem preparadas, com o acompanhamento (leitura, análise e sugestão de edição) da escritora Veronica Stigger, para publicação – na Amazon. Os interessados devem morar no Estado de São Paulo e comparecer aos cinco encontros previstos. Para a inscrição, basta mandar o original em PDF, com nome do autor, telefone e e-mail para cae@casadasrosas.org.br ou entregá-lo no local.

O Estado de S. Paulo, Guilherme Sobota, 11/09/2016

Por quatro dias, Curitiba foi a Woodstock dos quadrinhos brasileiros: de quinta (8) até domingo (11), a cidade foi sede da Bienal de Quadrinhos de Curitiba, antiga Gibicon, e reuniu cerca de 60 quadrinistas, muitos do primeiro time nacional: Jaguar, Laerte, Marcello Quintanilha, André Dahmer, Adão, Allan Sieber e muitos outros, além de presenças internacionais, como de Joan Cornellà, Power Paola e Troche. A curadoria apostava em debates para relacionar os quadrinhos com a situação social do Brasil, e houve vários – mas também ficou clara a insatisfação generalizada que cerca as editoras de todos os tamanhos em relação à distribuição das obras e publicações nas livrarias e bancas do País. Em uma mesa que reuniu cinco editores que publicam quadrinhos no Brasil, a distribuidora Dinap – que virou Total Express e desde 2007 tem o monopólio de distribuição de publicações – foi o grande alvo das críticas. “O governo permitiu um monopólio. Existe só uma distribuidora, e esse fato tornou o mundo de revistas um tédio no Brasil”, diz o editor da Veneta, Rogério de Campos. “A Dinap está em crise”, apontou o editor da Mauricio de Sousa Produções, Sidney Gusman. “E também não existe um plano B no Brasil, se ela quebrar, não temos alternativa, no outro dia não tem distribuição de revistas.” Em outro encontro que também juntou editores, dessa vez de editoras menores, também se lamentou o fato de os quadrinhos independentes não conseguirem mais chegar às bancas com força, como acontecia no passado. “Não foram os editores que sumiram das bancas, nem as bancas que fugiram dos editores”, afirmou o editor da Marsupial, Lucio Luiz. “A concentração do mercado ficou de tal jeito que eles, da distribuição, definem as regras do jeito que querem.”

O Estado de S. Paulo, AFP, 11/09/2016

Em informações obtidas pela AFP, o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Orhan Pamuk denunciou, neste domingo, o "regime de terror" que a Turquia vive após a prisão de um influente jornalista e de seu irmão, no auge dos expurgos posteriores à tentativa de golpe de Estado. "Estou muito chateado, quero expressar minhas críticas mais ásperas contra a prisão do escritor Ahmet Altan, de um dos grupos mais importantes do jornalismo turco, e de seu irmão, Mehmet Altan, professor universitário e economista de renome", escreveu Pamuk, que ganhou o Nobel em 2006, em um artigo publicado pelo jornal italiano La Repubblica. "Na Turquia, estão fechando pouco a pouco em celas todas as pessoas que se atrevem a fazer críticas, inclusive mínimas, sobre as ações do governo, baseando-se no ódio mais feroz", continuou Pamuk. Orhan Pamuk, que já foi criticado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan antes da tentativa frustrada de golpe de Estado em julho, não havia falado até agora dos expurgos realizados pelo governo, que afetam todas as categorias da sociedade, incluindo jornalistas e intelectuais.

“Literatura menor é a má literatura”
Ignácio de Loyola Brandão
Cronista brasileiro
1.
Tá gravando. E agora?
2.
O diário de Larissa Manoela
3.
Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares
4.
Como eu era antes de você
5.
Por que fazemos o que fazemos?
6.
Depois de você
7.
AuthenticGames - A batalha da torre
8.
Ansiedade 2 – Autocontrole
9.
Ansiedade - Como enfrentar o mal do século
10.
Lava Jato
 
O Estado de S. Paulo, Maria Fernanda Rodrigues, Babel, 10/09/2016

A poeta mineira Adélia Prado estará em São Paulo no dia 17 para uma master class (R$ 40), às 10h, no Reserva Cultural (Av. Paulista, 900 - Bela Vista - São Paulo / SP). Sua vinda faz parte da programação de lançamento do Poemaria, portal transmídia idealizado por Davi Kinksi que vai envolver o leitor em diversas etapas de um projeto maior que prevê a realização de um longa, uma série documental, um livro e um blog – tudo com a ajuda de um novo app. Portanto, a outra novidade, que tem a ver com o site, é o aplicativo para smartphone Declamaí, em que o usuário poderá escolher poemas, declamá-los e compartilhar o vídeo com uma pessoa ou com todo mundo. As informações são da coluna da Babel.

O Estado de S. Paulo, Mariana Ianelli, 09/09/2016

Não é novidade que, em seus mais de 30 anos dedicados à literatura até hoje, Mia Couto transite por diferentes gêneros, miscigenando-os. O que talvez nem todos saibam é que a poesia, substrato de criação de sua prosa, é também o gênero em que se deu sua estreia literária, em 1983, com Raiz de orvalho. Poemas desse e de outros livros – Idades, cidades, divindades, de 2007, e Tradutor de chuvas, de 2011 – são agora selecionados pelo autor para uma primeira coletânea publicada no Brasil, pela Companhia das Letras. Apesar do caráter especial dessa edição dentro de uma lista farta em romances e contos, o mote do encontro em que Mia estará presente, ao lado de Maria Bethânia, dia 26, na Sala Cecília Meireles (Rua da Lapa, 47, Lapa - Rio de Janeiro / RJ) (em SP, será no dia 28, em uma unidade a confirmar do Sesc, com Julián Fuks e atores convidados), em comemoração aos 30 anos da editora, não será essa reunião de Poemas escolhidos (Companhia das Letras, 192 pp, R$ 39,90; e-book: R$ 27,90), mas o lançamento do segundo romance da trilogia As areias do imperador. Isso porque sua literatura é internacionalmente famosa por sua prosa de ficção. Que os poemas ocupem outro plano é uma constatação que não os desmerece, apenas expõe a honestidade de uma voz que admite falar “a língua do chão”. Como observa José Castello na apresentação do livro, essa é uma poesia de “escrita rasa, rasteira, sem afetação”. Mais ainda, uma poesia basilar, de sementes que dão em frutos de fábula no terreno contíguo da narrativa do autor.

O globo, Cleo Guimarães, 12/09/2016

Vai se chamar Viver, valeu, trecho da música Viver, amar, valeu, de Gonzaguinha, a biografia do compositor escrita por Marilda Campos, noticiou a coluna Gente Boa. O livro é um catatau de 618 páginas, com fotos de shows e de família, reprodução de cartazes e muitos casos e histórias. O livro sai em outubro pela Tinta Negra.

O Globo, Lauro Jardim, 10/09/2016

Depois de sair em China, Portugal, EUA, Coreia do Sul e Taiwan, Sonho grande, de Cristiane Correa, que conta a saga empreendedora do trio Jorge Paulo Lemann, Beto Sucupira e Marcel Telles, será editado no Vietnã. A informação é do colunista Lauro Jardim, de O Globo.

O Globo, Cleo Guimarães, 11/09/2016

Ana Cecília Impellizieri Martins vai comemorar o primeiro ano de sua editora, a Bazar do Tempo, fazendo o que sabe (e gosta): lançando livros. Serão dois títulos que celebram os 100 anos da imortal Cleonice Berardinelli; uma edição que apresenta a obra do fotógrafo Alberto de Sampaio; e A costura da cidade, de Antonio Edmilson Martins Rodrigues, sobre mobilidade urbana carioca. “O melhor de ter uma editora são os encontros que ela me proporciona, é a celebração dos bons livros e do afeto”, disse Ana Cecília à coluna Gente Boa. “Tentamos fazer livros para os dias atuais de uma maneira antiga, afetuosa. Fazer mais que um produto para o mercado, que o projeto seja um processo de encontros”.

O Estado de S. Paulo, Isabela Palhares, 12/09/2016

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil mostrou que, conforme vão crescendo, as crianças deixam de indicar o “gosto” como motivação para a leitura. Nas faixas etárias de 5 a 10 anos e de 11 a 13, o “gosto” é apontado como maior motivação por 40% e 42%, respectivamente, dos entrevistados. Já nas faixas de 14 a 17 e de 18 a 24 anos, essa justificativa cai para 29% e 21%, respectivamente. Para evitar o distanciamento com o mundo da leitura, o Colégio Santa Maria, na zona Sul da capital, montou neste ano um book truck para que os alunos do ensino fundamental 2 (do 6.º ao 9.º ano) tenham as obras sempre próximas. Os próprios estudantes passaram por treinamento, são bibliotecários voluntários do caminhão e têm como responsabilidade organizar os livros e indicá-los para colegas. Para incentivar os alunos a lerem livros e gêneros diferentes dos quais estão acostumados, o Colégio Marista, também na zona Sul, fez em julho uma experiência com os alunos. Antes de saírem de férias, os do fundamental 2 e do ensino médio foram convidados a levar um livro da biblioteca, mas não puderam escolher o título que levariam. As obras foram embrulhadas em papel pardo e pistas foram espalhadas pela sala. Pela primeira pista que escolheram, os alunos chegavam ao título, sem saber qual era. No Colégio Humboldt, também na zona Sul, autores de livros são convidados a conversar com os alunos sobre os livros que leram. Segundo a professora de português Daniella Buttler, essa é uma forma de fazer com que os jovens fiquem mais motivados para a leitura.

O Globo, MARIANA FILGUEIRAS, 11/09/2016

Durante alguns anos, o escritor João Anzanello Carrascoza teve um caderno em que gostava de anotar as coincidências que tinham acontecido em sua vida. Certo dia, resolveu reescrever uma delas. No dia seguinte, outra. Ao fim de três semanas, tinha um rascunho de todas aquelas memórias narradas. Assim nasceu a ideia para o Diário das coincidências (Alfaguara, 112, R$ 34,90) seu novo romance, certamente seu livro mais pessoal, que chega esta semana às livrarias (é também o primeiro na nova casa: depois do fim da Cosac Naify, que cuidava da sua obra, Anzanello migrou para a Alfaguara). “É um livro que estava pronto desde 2012, mas estava parado. Mostrei algumas ideias de novos livros na Alfaguara, e o editor sugeriu criar um site onde leitores diversos pudessem contar suas histórias pessoais de coincidências também. Assim, poderíamos incorporar algumas ao romance, que eu achava que estava pronto, mas na verdade ainda não estava. Surgiram 70 histórias muito interessantes, e acabei aproveitando cinco delas. Coincidentemente, vim a descobrir depois, eram de pessoas que tiveram alguma relação com meu trabalho em dado momento da vida”, conta o escritor, lembrando algumas das coincidências que cercaram o livro.

O Globo, Leonardo Cazes, 10/09/2016

O interesse de Maria Rita Kehl, 64 anos, sobre as mulheres nasceu da sua dupla condição de mulher e psicanalista. Na clínica, ouviu os sofrimentos de muitas pacientes que tinham dificuldade de se apropriar de seus talentos e capacidades por medo de perder o amor de namorados, maridos e, acima de tudo, do pai. Em Deslocamentos do feminino: a mulher freudiana na passagem para a modernidade (Boitempo, 232 pp, R$ 57), sua tese de doutorado defendida na Universidade de São Paulo (USP) em 1997 e que ganha nova edição após 18 anos, ela analisa os desencontros entre a mulher e a feminilidade — a ideia construída socialmente do que é ser mulher. Para isso, Maria Rita faz uma história da feminilidade no século XIX e toma como objeto o romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert.

O Estado de S. Paulo, Guilherme Sobota, 10/09/2016

A vida de Bukowski, nascido em Andernach, na Alemanha, em 1920, mas identificada totalmente com a cultura norte-americana, é o objeto de Bukowski - Vida e Loucuras de Um Velho Safado (384 pp, R$ 59,90), livro do jornalista inglês Howard Sounes, que a Editora Veneta põe novamente em circulação no Brasil. Bukowski é conhecido por usar sem rodeios os acontecimentos e aspectos da sua vida na ficção e nos (milhares de) poemas que produziu - fazer uma biografia sua foi, então, aparar os vãos entre realidade e literatura, nas palavras de Sounes. “Ele mudava as histórias de uns jeitos ridículos. Num sentido cômico, era o ultraje que ele trazia para os livros. As pessoas estavam ansiosas para contar o que realmente aconteceu. Isso, é claro, é um bom material para um livro”, diz o inglês - essa foi a primeira biografia publicada por Sounes, em 1998. Foram outros oito livros de não ficção até hoje. A matéria completa você encontra na coluna de Guilherme Sobota.

O Globo, Elias Fajardo, 10/09/2016

A linguagem resgata o paulista Marcelo Mirisola de todos os excessos de uma obra vasta que transita entre o conto, a crônica, o romance e a dramaturgia. O autor não tem meias medidas: investe contra tudo e contra todos e quanto mais se esforça para ser escatológico mais deixa em quem o lê com atenção o contato com uma profunda sensação de desamparo que atravessa tanto o escritor como o personagem. Um dos centros de A vida não tem cura (Editora 34, 88 pp, R$ 35) é a homossexualidade masculina, tema já tratado em outras obras, mas que, neste caso, vem acompanhado dos tormentos inimagináveis que podem se esconder numa relação a dois entre homem e mulher. Natasha e Luís Guilherme, o protagonista, se conheceram e se apaixonaram adolescentes. No andar da carruagem de uma relação em que a perversão e sedução caminham de mãos dadas, começam a ultrapassar limites. Isto inclui sexo a três com um parceiro negro a quem Natasha instiga Luís a beijar na boca. Aquilo que se pode denominar perversão tem a sua contrapartida não num tom moralista, mas num poço sem fundo em que Luís, ao mesmo tempo em que repudia o corpo da mulher, vai sucumbindo à sua autoridade.

O Estado de S. Paulo, Maria Luzia Tucci Carneiro, 12/09/2016

O livro Nazistas Entre Nós (Contexto, 192 pp, R$ 39,90), de autoria de Marcos Guterman, resgata com maestria uma parte do nosso passado que, nestas últimas décadas, tem sido contado de formas diferentes: com mentiras ou com verdades históricas parciais. Tais atitudes revelam que nem todos os países aprenderam a lidar com o seu passado, sendo que alguns ainda se negam a fazê-lo por conveniência. Optaram por manter o gosto amargo da responsabilidade a enfrentar as possibilidades de um “juízo final” que, certamente, os conduziria ao banco dos réus. Ignorando a variedade de testemunhos que comprovam a sua efetiva colaboração com o nazismo, evitam olhar de frente para as atrocidades praticadas pelos nazistas entre 1933-1945. Da mesma forma, evitam assumir suas responsabilidades na prática de um trabalho sujo que foi o de oferecer refúgio para um bando de nazistas acusados de crimes contra a Humanidade. Preferiram usufruir dos conhecimentos científicos e técnicos de muitas cabeças coroadas por diplomas universitários, como muito bem disse Hannah Arendt, do que denunciá-los como arquitetos do maior genocídio da história da humanidade: o Holocausto. A matéria completa você confere no especial de Maria Luzia Tucci Carneiro para o Estadão.

 
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