Seminário Ocupação Machado de Assis terá 13 mesas de conversa, espetáculo e leituras dramáticas
PublishNews, Redação, 29/01/2024
Exposição no Itaú Cultural segue em cartaz até o dia 4 de fevereiro

Ocupação Machado de Assis terá seminário no Itaú Cultural | © PublishNews
Ocupação Machado de Assis terá seminário no Itaú Cultural | © PublishNews
Entre os dias 30 de janeiro e 4 de fevereiro (terça-feira a domingo), o Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 – São Paulo / SP) realiza o Seminário Ocupação Machado de Assis, composto por 13 mesas de conversa com diversos pesquisadores, especialistas e artistas que dialogam com a obra machadiana. A programação ainda conta com o espetáculo Nem todo filho vinga, da companhia carioca Cria da Maré, e duas leituras dramáticas. A primeira delas é de trechos do capítulo Formalidade, de Memórias póstumas de Brás Cubas, com a atriz Carlota Joaquina, e a segunda do conto Mariana, com a atriz Aysha Nascimento. Toda a programação conta com interpretação em Libras.

As mesas de conversa serão realizadas presencialmente, no sétimo andar da organização, com transmissão ao vivo para todo o Brasil pelo canal do Youtube do IC.

No dia 30, às 10h, a programação começa com a mesa Eterno contemporâneo: Ocupação Machado de Assis. Nela, a equipe do Itaú Cultural e os consultores da mostra – os professores e pesquisadores Hélio Seixas Guimarães, Henrique Marques Samyn e Luciana Antonini Schoeps – apresentam os desafios da Ocupação Machado de Assis, levantando o que um autor tão canônico ainda tem a revelar ao público e quais são as novas facetas dele que podem ser ainda desveladas pela exposição – em cartaz no piso térreo até o dia 4 de fevereiro.

Na sequência, às 15h, Representações: quantas imagens de Machado cabem na história? reflete a busca de uma iconografia que enfatize a negritude do autor, debatendo como pensar criticamente as representações do carioca.

No dia seguinte, 31, também com início às 10h, Machado de Assis: Adaptações e outras poéticas aborda como é transpor os escritos do autor para outros suportes e linguagens. Às 15h, Recursos gráficos e tipográficos: Coleção Todos os livros de Machado de Assis trata dos recursos gráficos e tipográficos utilizados na coleção Todos os livros de Machado de Assis, que dialoga com as primeiras edições do escritor e a história da tipografia.

Encerrando este dia de programação, O traço e o ritmo: Coleção Todos os livros de Machado de Assis levanta as novas possibilidades de leitura da obra machadiana propostas pela coleção.

O dia 1º de fevereiro é aberto com Machado além da prova: juventudes e suas diferentes leituras, na qual se desenvolverá o que a obra de um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras ainda tem para dizer às novas gerações, mostrando como os jovens atualizam esse legado.

Às 15h, Machado de Assis para além de Capitu: representações do feminino em sua obra traz para o centro da conversa outras personagens femininas criadas por ele, para além de Capitu, como Flora, Mariana, Lívia, Marocas, Guiomar, Estela, Genoveva e Helena. Essa mesa pretende revisitar o papel da mulher na obra machadiana e lançar um novo olhar à galeria de personagens a partir das atuais teorias feministas.

Em Machado de Assis e sua(s) história(s): pesquisa documental e construção de sua imagem, às 17h, são abordados o que novos recursos e fontes de pesquisa têm revelado sobre as diferentes facetas do autor.

No dia 1º, às 20h, a programação é encerrada com a peça Nem todo filho vinga, da Cria da Maré, companhia teatral conterrânea de Machado. A dramaturgia, inspirada no conto Pai contra Mãe, gira em torno do personagem Maicon, um jovem negro da Favela da Maré, que, após ingressar na Faculdade de Direito, passa a confrontar os ideais de justiça do Estado diante dos inúmeros eventos de injustiça que ele e seu grupo de amigos vivem diariamente. Ao longo do seu ano letivo, Maicon sente na pele como as políticas de precarização abalam todas as esferas de sua vida, chegando ao ponto de colocá-lo contra seu melhor amigo.

A diretora da peça, Renata Tavares, foi a primeira diretora negra a vencer o Prêmio Shell de Teatro, na categoria Melhor Direção. A montagem traz uma perspectiva coletiva que reflete sobre a frase “nem todo filho vinga”, revelando seu impacto na vida dos jovens favelados. O espetáculo será apresentado de quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo às 19h.

No dia 2, às 10h, somente online, no Youtube do IC, acontece a mesa Machado de Assis do Cosme Velho ao global: como o mundo recepciona a obra do bruxo? sobre traduções, edições e circulação internacional do autor. Às 15h, Recepção: Machado de Assis perante a crítica negra contemporânea versa sobre a descoberta da documentação que revela a atuação profissional de Machado em favor dos escravizados e a releitura de sua produção literária a partir de novas perspectivas, que ensejou uma reavaliação de seu lugar na literatura negra. Encerra o ciclo de debates do seminário, às 17h, Influências machadianas: Leitores que escrevem, analisando o perene impacto da produção machadiana na literatura brasileira e questionando como escritoras e escritores contemporâneos dialogam com a obra do homenageado.

No fim de semana, sábado, 3, às 19h, acontece no piso térreo a leitura dramática de trechos do capítulo Formalidade, de Memórias Póstumas de Brás Cubas. A interpretação é da atriz Carlota Joaquina, acompanhada em cena pela musicista Stefani Rosário. No domingo, 4, a atriz Aysha Nascimento dá vida ao texto Mariana, acompanhada musicalmente por Giovani Di Ganzá. Mariana é uma mulher machadiana que vive um luto precoce pela morte de seu marido Xavier e que não pôde viver um grande amor com Evaristo, seu antigo amante, que acredita poder reconquistá-la após 18 anos de ausência.

Programação

30 de janeiro (terça-feira)
Das 10h às 11h30

Eterno contemporâneo: Ocupação Machado de Assis
Local: No 7º andar do IC e ao vivo no Youtube.

Sinopse: a equipe do Itaú Cultural e os consultores da mostra – os professores e pesquisadores Hélio Seixas Guimarães, Henrique Marques Samyn e Luciana Antonini Schoeps – apresentam os desafios da Ocupação Machado de Assis, levantando o que um autor tão canônico como Machado de Assis ainda tem a revelar ao público e quais são as novas facetas dele que podem ser desveladas pela exposição. A mediação é da doutora em Letras, Fernanda Miranda.

Participantes:
Galiana Brasil: Gerente de Curadorias e Programação Artística do Itaú Cultural.

Hélio de Seixas Guimarães: professor livre-docente na Universidade de São Paulo (USP), pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e vice-diretor da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. É autor de Machado de Assis, o escritor que nos lê (Editora Unesp, 2017) e Os leitores de Machado de Assis (Nankin/Edusp, 2004; 2ª ed. 2012), entre outros livros e artigos.

Henrique Marques Samyn: professor associado e pesquisador do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Suas pesquisas abordam a representação de subjetividades e corpos racializados e generificados desde uma perspectiva interseccional.

Luciana Antonini Schoeps: formada em Letras, com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), onde também realizou pesquisa de pós-doutorado em literatura brasileira. Desde o Mestrado, tem trabalhado com a obra de Machado de Assis, com especial enfoque para o estudo do manuscrito do romance Esaú e Jacó.

Fernanda Miranda: doutora em Letras pela USP. Tem se dedicado a pesquisar literaturas de autoria negra, com foco na produção de romances. Publicou, em 2019 pela Malê, Silêncios prEscritos: estudo de romances de autoras negras brasileiras (1859-2006), resultado de sua tese de doutorado, premiada pelo Prêmio Capes de Teses na área de Letras e linguística. Atualmente é professora adjunta de Teoria da Literatura, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Das 15h às 16h30
Local: No 7º andar do IC e ao vivo no Youtube.
Representações: quantas imagens de Machado cabem na história?

Sinopse: se o processo de embranquecimento da imagem de Machado de Assis foi intensificado após a sua morte, o que contemporaneamente se busca é a produção de uma iconografia que, em sentido inverso, enfatize a negritude do autor. A mesa debate como pensar criticamente as representações de Machado.

Participantes:
Senegambia: Luang Senegambia Dacach Gueye é filho de um senegalês e uma baiana de ascendência libanesa. Após a sua graduação, em Design Gráfico, PUC-Rio, começou a desenvolver um trabalho autoral de colagem digital e ilustrações apresentando elementos, personagens e símbolos da cultura afro-brasileira, principalmente ligados às religiões de matrizes africanas. Ilustrando a beleza e potência da história preta e sua relevância absoluta na formação da identidade do povo brasileiro.

Caio Rosa: é fotógrafo e pesquisador. Cursou História na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Seus estudos abordam metodologias e estratégias de acesso ao divino e mundos intangíveis por parte de sua experiência cultural através da fotografia, música, vídeo e instalação. É criador e host do programa Rio Doce, na NTS Rádio, de Londres, na Inglaterra, onde navega na música afrodiaspórica tradicional e contemporânea e seus deságues ao redor do mundo. Recentemente fez parte da exposição The New Black Vanguard, que teve passagem pela França, Suíça e Inglaterra. Ainda, foi selecionado junto a Galeria Lume para a Paris Photo 2023.

Juh Almeida: desde 2010 mescla vida e arte, com recorte em afrovisualidades, expressando-se através do cinema de forma poética, experimental e documental. Graduou-se no Bacharelado Interdisciplinar em Artes, com concentração em Cinema, pela UFBA. Como diretora, dirigiu e roteirizou os curtas-metragens autorais eu, negra, Irun Orí e Náufraga. Atualmente é diretora de cena na Pródigo Filmes, onde atua dirigindo cinema publicitário. Fez parte do time de diretores da telenovela Vai Na Fé, da Rede Globo.

Mediação de Henrique Marques Samyn (mini bio acima).

31 de janeiro (quarta-feira)
Das 10h às 11h30

Local: No 7º andar do IC e ao vivo no Youtube.
Machado de Assis: Adaptações e outras poéticas

Sinopse: como é transpor os escritos de Machado de Assis para outros suportes e linguagens é o tema desta mesa composta por artistas que encararam esse desafio.

Participantes:
Joel Zito: roteirista, produtor-executivo e diretor, conhecido por tematizar o negro na sociedade brasileira. É doutor em Ciências da comunicação pela Universidade de São Paulo e fez pós-doutorado no departamento de rádio, TV e cinema da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, onde também foi professor do mesmo departamento. Foi o homenageado em 2022, pela Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) e recebeu o troféu Eduardo Abelin, no Festival de Cinema de Gramado, pelo seu trabalho desenvolvido em prol do cinema brasileiro.

Renata Tavares: encenadora, produtora e diretora musical. Vencedora da 33ª edição do Prêmio Shell de Teatro 2023 e da 17ª edição do Prêmio da Associação de Produtores de Teatro (APTR) de 2023, na categoria Direção. Cursa licenciatura em Artes Cênicas na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Multiartista, é atriz, encenadora, dramaturga, arte-educadora, cantora, produtora, mãe negra e periférica de Bangu (RJ).

Caeto: está no mercado editorial desde 2001. Publicou dois romances gráficos autobiográficos, Memória de elefante e Dez anos para o fim do mundo, pela Quadrinhos na Cia. Fez as adaptações para quadrinhos do livro A Morte de Ivan Ilitch, de Liev Tolstoi e O homem que sabia Javanês, de Lima Barreto, pela Editora Peirópolis. Desde 2007 realiza pinturas de murais e ministra cursos e oficinas de HQ, desenho e ilustração, para diversos públicos.

Mediação de Alexandre Damascena: formado em Letras, mestre e doutor em Literatura Brasileira, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós-graduado em Direção Teatral pela Casa das Artes de Laranjeiras (RJ). Dirigiu o Teatro da Cidade das Crianças, a Lona Cultural Sandra de Sá e o Teatro Municipal de Itaguaí.

Das 15h às 16h30
Local: No 7º andar do IC e ao vivo no Youtube.
Recursos gráficos e tipográficos: Coleção Todos os livros de Machado de Assis?

Sinopse: a mesa trata dos recursos gráficos e tipográficos utilizados na coleção Todos os livros de Machado de Assis, que dialogam com as primeiras edições do escritor e a história da tipografia.

Participantes:
Marconi Lima: foi designer gráfico e diretor de arte em agências de propaganda antes de criar a sua própria fundição tipográfica digital, a TypeFolio. Desde então, tem dedicado seu tempo integral à criação de fontes que são usadas por milhares de clientes em vários países.

Daniel Trench: é bacharel em artes plásticas e mestre em poéticas visuais. É editor de arte da revista Serrote, publicada pelo Instituto Moreira Salles, cujo projeto gráfico foi premiado na 10ª Bienal Brasileira de Design Gráfico. Participou da equipe que conduziu o workshop de criação da identidade visual da 30ª Bienal de São Paulo. É professor de projeto da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo desde 2007 e colabora com textos para a revista Quatro Cinco Um.

Mediação de Aline Valli: tecnóloga gráfica pela Escola Senai Theobaldo de Nigris. Trabalha como produtora gráfica desde 2002, dedicando oito anos à editora Cosac Naify. Atualmente dirige o departamento de produção gráfica da editora Todavia e do selo Baião. Além de atuar no mercado, dá cursos e palestras sobre produção gráfica editorial.

Das 17h às 18h30
Local: No 7º andar do IC e ao vivo no Youtube.
O traço e o ritmo: Coleção Todos os livros de Machado de Assis

Sinopse: um clássico não só dá margem a leituras diversas, como propôs Italo Calvino, mas também comporta diversas edições. A mesa trata das novas possibilidades de leitura da obra machadiana propostas pela coleção Todos os livros de Machado de Assis.

Participantes:
Hélio de Seixas Guimarães (mini bio acima).

Paulo Dutra: professor na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, doutor em Literatura latino-americana, pela Purdue University (EUA), e pesquisador de questões raciais na obra de Machado de Assis e dos Racionais MC’s, com artigos acadêmicos publicados em periódicos no Brasil e nos Estados Unidos. É ainda consultor da coleção Todos os livros de Machado de Assis.

Luciana Antonini Schoeps: formada em Letras, com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo, onde também realizou pesquisa de pós-doutorado em Literatura brasileira. Desde o mestrado, tem trabalhado com a obra de Machado de Assis, com especial enfoque para o estudo do manuscrito do romance Esaú e Jacó. Sua última pesquisa, no pós-doutorado, debruçou-se sobre a oralidade e auditividade no manuscrito do penúltimo romance do autor. Nos últimos anos, integrou a equipe de estabelecimento de texto e revisão da coleção Todos os livros de Machado de Assis.

Mediação de Flávio Moura: jornalista e doutor em Sociologia pela USP e diretor da Todavia.

1 de fevereiro (quinta-feira)
Das 10h às 11h30
Local: No 7º andar do IC e ao vivo no Youtube.

Machado além da prova: juventudes e suas diferentes leituras

Sinopse: O que Machado ainda tem para dizer às novas gerações é o tema desta mesa, que aborda os desafios de ensinar Machado de Assis, mostrando como os jovens atualizam a obra machadiana e como novas leituras surgem da relação entre professor e aluno.

Participantes:
Elen Ferreira: pedagoga, produtora cultural e pesquisadora em arte-educação e educomunicação. Pós-graduanda em Gestão Cultural e Indústria Criativa, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, diretora executiva da iniciativa Pretinhas Leitoras e coordenadora técnico-criativa da Biblioteca Erê. Membro da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação.

Alcides Villaça: professor sênior na área de Literatura brasileira da Universidade de São Paulo, na qual ingressou como docente em 1973 e se aposentou como titular em 2022. Dedica-se sobretudo a estudar poetas brasileiros modernos e a ficção de Machado de Assis

Milena Frare Pontes: pedagoga, licenciada em Letras, pela Fundação Santo André (SP), pós-graduada em linguagem, texto e ensino pela Universidade Metodista de Piracicaba (SP). Lecionou Língua Portuguesa por 15 anos na rede estadual do estado de São Paulo. Atua como Coordenadora de Gestão Pedagógica Geral, na Escola Estadual Maria Trujilo Torloni.

Mediação de Patrícia Mota Guedes: superintendente do Itaú Social.

Das 15h às 16h30
Local: No 7º andar do IC e ao vivo no Youtube.
Machado de Assis para além de Capitu: representações do feminino em sua obra

Sinopse: Capitu é a personagem feminina mais conhecida de Machado, mas ainda existem outras como Flora, Mariana, Lívia, Marocas, Guiomar, Estela, Genoveva e Helena. Essa mesa pretende revisitar o papel da mulher na obra machadiana e lançar um novo olhar à galeria de personagens a partir das atuais teorias feministas.

Participantes:
Sherry Almeida: professora Associada do curso de Licenciatura em Letras (Português/Espanhol) do Departamento de Letras da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Possui doutorado em Teoria da Literatura, pela Universidade Federal de Pernambuco (2013), mestrado em Teoria da Literatura (2006) e graduação em Bacharelado em Crítica Literária (2003) também pela UFPE, tendo sido bolsista CNPq tanto na graduação quanto no mestrado. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira e Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Literatura e Decolonialidade, Estudos Culturais, Literatura Comparada, Literatura e Ensino e Literatura infantil e juvenil no Brasil. Atualmente coordena a área de Língua Portuguesa do Programa Institucional de Incentivo à Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) UFRPE.

Ana Carolina Sá Teles: pesquisadora colaboradora no Departamento de Teoria Literária na Universidade Estadual de Campinas (SP), doutora em Literatura Brasileira pela USP com a tese Personagens machadianas e suas constelações em Ressurreição, Helena e Dom Casmurro. Professora de Literatura e Língua Portuguesa. Tem experiência na área de Letras com ênfase em prosa no Brasil, Machado de Assis, Júlia Lopes de Almeida e escritoras brasileiras do séc. XIX.

Amara Moira: travesti, feminista, doutora em Teoria e crítica literária pela Universidade Estadual de Campinas e autora dos livros E se eu fosse puta (n-1 edições, 2023) e Neca + 20 Poemetos Travessos (O Sexo da Palavra, 2021). Além disso, é colunista do UOL Esporte e da plataforma Fatal Model. Atualmente atua como Coordenadora de Programação e Exposição Cultural, no Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo.

Mediação de Luciana Antonini Schoeps (mini bio acima)

Das 17h às 18h30
Local: No 7º andar do IC e ao vivo no Youtube.
Machado de Assis e sua(s) história(s): pesquisa documental e construção de sua imagem

Sinopse: novos recursos e novas fontes de pesquisa têm revelado diferentes facetas de Machado de Assis. O assunto desta mesa composta por pesquisadores passa pela vida e obra do escritor.

Participantes:
Cláudio Soares: escritor, editor e jornalista carioca, curador da coleção de clássicos brasileiros no Google Books. Administrador de perfis literários populares nas redes sociais, é também idealizador da coleção Clássicos Anotados, da Obliq Livros. Atualmente, dedica-se à elaboração de uma biografia em dois volumes de Machado de Assis.

Cris Ribas: doutora em Teoria Literária, professora associada em Letras, UERJ, em Teoria Literária, Literatura Comparada, Literatura Brasileira e Intermidialidades, área em que concluiu o Pós-Doutoramento pela UFF em 2018. É coordenadora adjunta do Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística da FFP/UERJ, e do Acordo Internacional da UERJ com a Univ.da Georgia, em Athens, E.U.A. Coordena o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Literatura, Leitura e Intermidialidade, NuPELLI, com canal no YT.

Ariadne Nunes: doutorada em Estudos de literatura e de cultura, estudos comparatistas é colaboradora da Universidade Nova de Lisboa, em Portugal, onde desenvolveu seu projeto de pós-doutorado, titulado O Conselheiro Aires e o problema do livro em Machado de Assis. Faz parte da Equipe Camilo, do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa.

Mediação de Luciana Antonini Schoeps (mini bio acima)

Espetáculo

Nem todo filho vinga, com Cia. Cria da Maré (RJ)
De 1 a 4 de fevereiro (quinta-feira a sábado, às 20h, domingo, às 19h)
Local: Sala Itaú Cultural
Capacidade: 124 lugares
Duração: 70 min
Classificação Indicativa: 14 anos

Sinopse: Maicon comemora seu aniversário e a notícia de que irá estudar Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro com seus melhores amigos. A noite é repleta de momentos de descontração, brincadeiras e reflexões que só o álcool produz. No entanto, a alegria é interrompida por mais uma operação ilegal da polícia do Estado na Favela da Maré. Os amigos acordam do sonho e são obrigados a encarar a realidade. Neste instante, Maicon também descobre que seu melhor amigo, Carlão, voltou a estar com o tráfico.

O ano letivo começa e, ao mesmo tempo que Maicon mergulha no universo acadêmico, a peça mostra, de forma dinâmica, diversos episódios e conflitos que ele e seus amigos enfrentam para conseguir conquistar seus sonhos.

Ao longo da narrativa, pode-se perceber como os conflitos sociais passam a afetar até a sólida dinâmica de amizade do grupo. A relação entre os amigos entra em seu momento mais crítico quando Carlão, agora mais poderoso na boca, se vê “obrigado” a dar um corretivo em Digão, um de seus melhores amigos. Quando Maicon visita Digão no hospital e se depara com os machucados do amigo, ele resolve romper definitivamente com Carlão. O que Maicon não sabia é que talvez fosse precisar do amigo no futuro.

Após concluir o primeiro semestre de faculdade com boas notas, Maicon descobre que ele e sua namorada terão um bebê. Sem meios para cuidar de uma criança, o jovem casal decide realizar o aborto da gravidez não planejada. Sem o dinheiro necessário para o procedimento, Cláudia avalia pedir um empréstimo a Carlão. Porém, Maicon nega a ajuda de forma veemente.

Revoltado por toda estrutura que o cerca, tendo que lutar todo dia para conseguir se vingar em um mundo que não considera sujeitos como ele, o estudante direito se questiona o que é justiça. Será que entregar o amigo que cedeu ao crime para a polícia em troca da recompensa não é uma forma justa de seguir a sua caminhada? Ou isso seria apenas uma forma de vingança? Afinal, por que essa lei é determinante? Por que nem todo filho vinga?

*

2 de fevereiro (sexta-feira)
10h às 11h30
100% Online - Youtube IC
Machado de Assis do Cosme Velho ao global: como o mundo recepciona a obra do bruxo?

Sinopse: traduções, edições e circulação internacional dos escritos de Machado de Assis são o tema desta mesa.

Participantes:
Andréia Guerini: professora titular de Estudos Literários e Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tem doutorado em Literatura sobre Giacomo Leopardi, que resultou no livro Gênero e tradução no Zibaldone de Leopardi, publicado pela Editora da USP. Coordena a tradução para o português do Zibaldone di pensieri de Leopardi. Foi professora visitante na Università degli Studi di Padova (2009- 2010) e na Universidade de Coimbra (2017-2018). Desde 2002, é editora-chefe da revista Cadernos de Tradução e, a partir de 2024, é curadora da Revista Machado de Assis - Literatura Brasileira em Tradução, da Biblioteca Nacional.

Flora Thomson-DeVeaux: escritora, pesquisadora e tradutora, mais recentemente de The Apprentice Tourist, de Mário de Andrade (Penguin, 2023), mas também de The Posthumous Memoirs of Brás Cubas (Penguin, 2020). Nascida em Charlottesville e radicada no Rio de Janeiro, Thomson-DeVeaux trabalha como diretora de pesquisa da Rádio Novelo.

Anabela Mota Ribeiro: fez a licenciatura e mestrado em Filosofia na Universidade Nova de Lisboa. No doutorado estuda Machado de Assis. Foi visiting research fellow da Brown University em 2019. Publicou os livros O Sonho de um Curioso (2003), Este Ser e não Ser - Cinco Conversas com Maria de Sousa (2016), Paula Rego por Paula Rego (2016), A Flor Amarela - Ímpeto e Melancolia em Machado de Assis (2017), Por Saramago (2018) e Os Filhos da Madrugada (2021 e 2022).

Mediação de Pedro Meira Monteiro: professor titular de literatura brasileira na Princeton University, onde dirige o departamento de espanhol e português e é filiado ao Brazil LAB. É autor, entre outros, de Conta-gotas (E-galáxia, 2016), A Queda do Aventureiro (Relicário, 2021) e Nós somos muitas (Relicário, 2022, em parceria com Arto Lindsay, Flora Thomson-DeVeaux e Rogério Barbosa). Foi um dos curadores da exposição Contramemória, no Theatro Municipal de São Paulo (2022), de atividades na FLUP (2022 e 2023), e da Flip (2021 e 2022).

15h às 16h30
Local: No 7º andar do IC e ao vivo no Youtube
Recepção: Machado de Assis perante a crítica negra contemporânea

Sinopse: durante décadas, Machado de Assis foi visto como um escritor que teria renegado suas próprias origens e voltado as costas às questões negras. Posteriormente, a descoberta da documentação que revela a atuação profissional de Machado em favor dos escravizados e a releitura de sua produção literária a partir de novas perspectivas ensejou uma reavaliação de seu lugar na literatura negra.

Oswaldo de Camargo: jornalista, com carreira no jornal O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, nos quais foi revisor, resenhista literário e redator, de 1955 a 1994. Participou da chamada Imprensa Negra, como chefe de redação do jornal alternativo O Novo Horizonte e das revistas Níger e Abertura. Foi, em 1978, em São Paulo, um dos iniciadores do Quilombhoje, grupo de escritores negros que vem já há mais de 40 anos publicando os Cadernos Negros, dedicados à divulgação de contos e poemas de conteúdo afro-brasileiro. Entre seus livros contam-se O Negro Escrito- Apontamentos sobre a Presença do Negro na Literatura Brasileira (estudos literários); O Carro do Êxito (contos ); O Estranho (poemas); A Descoberta do Frio (novela); Raiz de um Negro Brasileiro – Esboço autobiográfico (memórias ) ; Lino Guedes- seu tempo e seu perfil (ensaio); Negro Drama- Ao redor da cor duvidosa de Mário de Andrade (ensaio) e Negro Disfarce (novela). Teve recentemente publicados pela Companhia das Letras seus livros O Carro do Êxito e 30 Poemas de um Negro Brasileiro.

Luiz Maurício Azevedo: crítico literário, editor e tradutor. Doutor em Teoria e História Literária, pela UNICAMP e pós-doutor pela USP, em 2015 ele ocupou uma posição de visiting researcher na Rutgers University, onde realizou pesquisa sob supervisão de Barbara Foley. Em 2022, Azevedo foi um dos autores da programação principal da FLIP - a Festa Literária Internacional de Paraty. Atualmente ele é professor do curso de Especialização em Literatura Brasileira da UFRGS.

Esmeralda Ribeiro: integra os Coletivos Quilombhoje Literatura e Flores de Baobá – Escritoras Negras. É uma das editoras da série Cadernos Negros. Idealizou os projetos Sarau Afro Mix e o Xirê de Palavra & Poesia Afro. Publicou dois livros individuais Malungos & Milongas, Orukomi (Meu nome) e o livro infanto-juvenil e Poemas Ynacabados.

Mediação de Fernanda Miranda: mini boa acima.

Das 17h às 18h30
Local: No 7º andar do IC e ao vivo no Youtube.
Influências machadianas: Leitores que escrevem

Sinopse: considerando-se o perene impacto da produção machadiana na literatura brasileira, a mesa questiona como escritoras e escritores contemporâneos dialogam com a obra de Machado de Assis.

Participantes:
Jeferson Tenório: é doutorando em Teoria literária pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Estreou na literatura com o romance O beijo na parede (2013), eleito o livro do ano pela Associação Gaúcha de Escritores. Teve textos adaptados para o teatro e contos traduzidos para o inglês e o espanhol. É autor também de Estela sem Deus (2018). O avesso da pele (2020) é seu romance mais recente, publicado pela Companhia das Letras.

Eliane Marques: poeta, escritora, tradutora e psicanalista, publicou pela Autêntica Contemporânea o romance Louças de família (2023) e pela Escola de Poesia Amefricana os livros de poemas O poço das marianas, Se alguém o pano, Relicário e as traduções Cabeças de Ifé, de Georgina Herrera, e O trágico em psicanálise, de Marcela Villavella, entre outros. Coordena a editora Escola de Poesia Amefricana, que inclui o selo Orisun Oro, dedicado a traduzir e publicar livros de mulheres poetas americanas e africanas no Brasil. Além disso, atuou como roteirista, produtora executiva e diretora do documentário Wole Soyinka – A forja de Ogum e colaborou com poemas para o espetáculo de dança Sambaracutu, do Canoas Coletivo de Dança. É graduada em Pedagogia e Direito e é mestre em Direito Público.

Cidinha da Silva: tem 16 livros autorais de literatura publicados, entre eles: Um Exu em Nova York, # Parem de nos matar! e a série Melhores crônicas de Cidinha da Silva (volumes 1 e 2). Têm publicações em alemão, catalão, espanhol, francês, inglês e italiano.

Mediação de Henrique Marques Samyn (mini bio acima)

Seminário Ocupação Machado de Assis

Dias 30 e 31 de janeiro e 1, 2, 3 e 4 de fevereiro

Ocupação Machado de Assis

Até 4 de fevereiro de 2024
No piso térreo do IC
Horários de visitação: terças-feiras a sábados, das 11h às 20h, e domingos e feriados, das 11h às 19h.

Itaú Cultural

Av. Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro do metrô
Terças-feiras a sábados, das 11h às 20h
Domingos e feriados, das 11h às 19h
Informações: telefone (11) 2168.1777 e wapp (11) 9 6383 1663

[29/01/2024 10:00:00]