Durante a Feira do Livro de Frankfurt, a MVB e Nielsen BookData apresentaram o relatório inédito Abrindo o caminho: os benefícios dos metadados estandardizados na venda de livros, com dados do Brasil e México.
O estudo, já realizado em mercados mais maduros como o alemão e o britânico, foi apresentado por Luiz Gaspar, research director da Nielsen BookData; Mariana Bueno, economista e researcher também da Nielsen; Ronald Schild, CEO da MVB e Ricardo Costa, CEO da MVB Brasil.
O relatório inicia dando um panorama dos dois mercados. Enquanto o brasileiro teve 58 milhões de exemplares e um faturamento de US$ 493 milhões em 2022, o mexicano produziu 20 milhões de livros e obteve um faturamento de US$ 256 milhões.
A análise focou nos top 100 mil ISBNs de cada país, separadamente, e combinou os metadados de cada ISBNs com os números de venda. Vale ressaltar que no Brasil, temos 18 campos obrigatórios de metadados, enquanto no México são 14.
Mas os metadados padronizados impactam na venda de livros? Para chegar na resposta, a Nielsen testou diferentes cenários removendo os top 5 mil ISBNs do início e fim da lista para fazer uma correlação e chegar na resposta. Sim, os metadados influenciam na venda de livros – além de terem um papel importante na discoverabilidade das obras –, mas não são o único fator.
O relatório aponta ainda que ISBNs com metadados completos vendem 2,2 vezes mais no Brasil e 4 vezes mais no México do que títulos com metadados incompletos. “Os metadados estão há mais tempo no Brasil, as editoras já usam há mais tempo por isso o número no Brasil é menor se compararmos com o México”, explica Mariana Bueno.
Analisando os gêneros literários: obras de Ficção com metadados completos vendem 2,8 vezes mais no Brasil e 3,9 vezes no México. Não Ficção Trade: +2,1 no Brasil e +4,2 no México, e Infantil e Infantojuvenil: +2,4 no Brasil e +4,8 no México.
Em breve, o mesmo relatório deve ser publicado também com os dados da Colômbia.
