A Saraiva vai começar a buscar investidores para retomar a marca Siciliano, adquirida pela rede em 2008 e desativada desde a época. O retorno faz parte dos planos de expansão da Saraiva após a conclusão da recuperação judicial e pretende readquirir confiança do mercado, tendo uma subsidiária saudável sob seu comando.
As informações foram divulgadas pelo Estadão e confirmadas ao PublishNews pela KR Capital, que cuidou da restruturação operacional da Saraiva em 2021 e atualmente trabalha na reestruturação das dívidas.
A ideia é retomar a Siciliano em um sistema de franquias, alcançar 80 lojas em cinco anos, focando em regiões menos concorridas, como no interior do país, onde há menos livrarias. A previsão é a de que metade dos novos espaços sejam novas lojas, e outra metade seja de livrarias que adotem o nome Siciliano. A marca deve ganhar cara nova, semelhante à da Saraiva.
A consolidação da ideia seria uma ajuda indireta à Saraiva, que poderia se aproveitar, por exemplo, da diluição de custos administrativos bem como de uma repercussão positiva da nova operação. Um plano de viabilidade para todo o projeto está em fase de conclusão.
Recentemente, cerca de R$ 160 milhões em dívidas da rede viraram ações, marco importante para o processo da recuperação judicial, que começou em 2018. "O resto da dívida em recuperação judicial vai começar a ser pago em 2026. Melhorou bastante", disse o presidente da Saraiva, Marcos Guedes, ao PublishNews em agosto. A dívida é de aproximadamente R$300 milhões.
Em novembro, a Saraiva abriu uma nova loja depois de cinco anos. Foi no Shopping Aricanduva, em São Paulo, uma loja menor do que as anteriores e com destaque também para a papelaria. A empresa também promoveu o reposicionamento de sua loja em Caxias do Sul (RS). A expectativa é abrir dez unidades até o fim de 2023.
