A luta, a resistência e a memória de feministas brasileiras
PublishNews, Redação, 05/10/2022
A antropóloga e jornalista Helena Celestino apresenta a trajetória e o envelhecimento de oito ativistas, do exílio em 1968 às manifestações de 2018

Exiladas pela luta contra a ditadura, a favor da igualdade e da aceitação dos corpos e sexualidade, algumas mulheres da geração de feministas de 1968 criaram, em Paris, o Círculo de Mulheres Brasileiras, um dos primeiros grupos feministas em português desde as sufragistas – atualmente rebatizado de Peitamos. Glória Ferreira, Vera Valdez, Lena Tejo, Eliana Aguiar, Lena Giacomini, América Ungaretti, Betânia e Vera Sílvia são as protagonistas de Envelhecer é para as fortes (Record, 168 pp, R$ 49,90), livro-reportagem de Helena Celestino. Essas precursoras do movimento feminista no Brasil continuam reinventando durante a vida na velhice, mas o debate sobre essa fase da vida segue invisibilizado – talvez, como levanta a autora, por se tratar da discussão mais difícil de enfrentar: a finitude da vida. Em uma discussão sobre o etarismo, Envelhecer é para as fortes resgata as memórias dessas mulheres que seguem ousando, aborda o debate do envelhecimento com coragem e ousadia à altura das personagens, mostra seus novos desafios, ensinando como o aspecto pessoal é também político, e como a memória é uma forma de resistência.

[05/10/2022 07:00:00]