Estandes de hits adolescentes lotam cinco minutos depois da abertura da Bienal
PublishNews, Thales de Menezes, 07/07/2022
Autoras como Colleen Hoover e Alice Oseman têm seus livros comercializados sem intervalo por suas editoras; o fenômeno da lotação teen também se estende aos lugares que têm clássicos como 'Harry Potter' e 'Diário de um banana'

Estande galera Record às 9h10 de quinta, 07/07 | © PublishNews
Estande galera Record às 9h10 de quinta, 07/07 | © PublishNews
No sábado (02), dia da abertura da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, as imagens dos garotos correndo enlouquecidos para dentro do Expo Center Norte após a liberação da entrada do público viralizou nas redes. Parecia a corrida maluca das liquidações de fim de ano nos grandes magazines.

Durante a semana, o fluxo de visitantes é menor, e, ao contrário da aglomeração intensa do sábado e do domingo, há chance de fazer uma visita um pouco mais tranquila. Só um pouco.

Há um fenômeno em alguns estandes que não têm um minuto de sossego com os visitantes. Alguns já formam filas para entrar na área da editora ou da livraria apenas CINCO minutos depois da abertura dos portões.

Para quem ainda não sentiu que a Bienal, guardadas as devidas proporções, está se tornando outra CCXP - a convenção geek em São Paulo no final do ano -, é só constatar quais os estandes lotam, literalmente, em questões de segundos.

É o caso da área do selo Galera no estande do Grupo Editorial Record [foto]. onde o chamariz é a escritora americana Colleen Hoover, dona de muitos títulos entre os mais vendidos. A pilha de exemplares de É assim que acaba é a bola da vez. Vai diminuindo diante dos olhos de quem passa, até chegar o momento de uma das inúmeras reposições durante o dia. Também abarrotado fica o estande da Seguinte, o selo para adolescentes da Companhia das Letras. Puxado pelo sucesso da série Heartstopper, de Alice Oseman, o local mantém uma fila ordenada para entrar desde às 9h até o fim da tarde.

Outro estande concorrido desde cedo é o da Panini. Ele é, informalmente, dividido em duas grandes áreas. De um lado, crianças, pré-adolescentes e adultos saudosos têm como grande atração a infinidade de títulos da Turma da Mônica. Aliás, a interatividade da Mauricio de Sousa produções com outros selos e parceiros em negócios variados faze de Mônica e Cebolinha uma espécie de recepcionistas da Bienal. Suas figuras icônicas estão em qualquer lado que se decida olhar, até na praça de alimentação, em food trucks.

Se metade do estande da Panini é da Mônica, a outra, um pouco maior, é o quartel-general do super-heróis da DC Comics e da Marvel. Durante o dia, o pessoal do estande tem de improvisar várias vezes um controle de fluxo para quem tenta entrar.

E a força dos clássicos, mesmo entre um público tão jovem e que muda de afinidades constantemente, é incontestável. Os estandes da Rocco e da VR também recebem essas invasões matinais, puxadas por suas séries já históricas: Harry Potter, na Rocco, e Diário de um banana, na VR.

O PublishNews publicou no início da semana um balanço das vendas do primeiro final de semana da Bienal de algumas editoras. Clique aqui para ler a matéria.

[07/07/2022 11:00:00]