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Apanhadão: Cem anos na estrada com Jack Kerouac
PublishNews, Redação, 14/03/2022
Globo e Estadão destacam o centenário de nascimento do maior autor da geração beatnik. Folha destaca problemas dos autores nacionais para serem traduzidos em outros países.

O centenário de nascimento do maior escritor da chamada geração beatnik é o destaque da imprensa na cobertura literária publicada no fim de semana, em grandes textos no Globo e no Estadão. Jack Kerouac (1992-1969) impulsionou esse movimento literário em 1957, com a publicação de On the Road. Sua prosa retratava os jovens que recusavam o “American way of life” e buscavam alternativas caindo na estrada em busca de sexo, jazz, drogas e até experiências supostamente místicas.

No Globo, autores brasileiros falam sobre a influência de Kerouac em seus trabalhos. Entre outros, a reportagem traz depoimentos de Eduardo Bueno, Mário Bortolotto e do também Titã Tony Bellotto.

No Estadão, a obra e a vida de Kerouac, absolutamente inseparáveis sob qualquer modalidade de análise, ganha uma interpretação do poeta e ensaísta Claudio Willer, o nome brasileiro que é referência na discussão sobre os beatniks.

Também no Globo, uma entrevista com Irineu Franco Perpetuo, um dos tradutores do russo mais ativo no país. Ele explica a necessidade do não cancelamento de clássicos da literatura, como Dostoiévski e Tolstói, e defende que Vladimir Putin não representa o patrimônio cultural russo espalhado pelo mundo.

Ainda no Globo, uma resenha de Por que escrever? (Companhia das Letras), um dos poucos livros de não ficção de Philip Roth, que demonstra como a obsessão por outros autores pode ter favorecido sua obra. O livro reúne os textos principais de Lendo o que eu e outros escreveram (1975) e Entre nós (2001), livro de entrevistas com outros escritores.

No blog da Babel, do Estadão, há destaque para Correio amoroso: 20 cartas sobre paixões, encontros e despedidas, que reúne texto de escritores e escritoras de lugares e gerações diferentes. O livro está programando para lançamento em junho, pela Oficina Raquel. O carioca Henrique Rodrigues, autor de um dos contos, convidou 19 colegas para a tarefa, entre eles Edney Silvestre, Mateus Baldi, João Carrascoza, Marcela Dantés e a a portuguesa Ana Pessoa.

O Valor publicou uma discussão sobre como autores que são descendentes de imigrantes e indígenas estão propondo novas leituras da história do Brasil. São apresentadas obras como Nossa Teresa: vida e morte de uma santa suicida (Patuá), da historiadora pernambucana Micheliny Verunschk, no qual a autora utilizada relatos da avó que mostram traços da cultura indígena Fulni-ô, e também Peixes de aquário (Urutau), da paulistana neta de japoneses Rafaela Kawasaki, sobre como sua família enfrentou a xenofobia.

A Folha publicou critica de Zeca Camargo sobre o livro Viagem (Record), de Graciliano Ramos (1892-1953), que teve publicação póstuma e fala de sua viagem à União Soviética em 1952. A obra ganha nova edição no momento que a Rússia volta ao centro do notíciário com a invasão na Ucrânia.

A Folha aproveitou a indicação de Paulo Scott como semifinalista do International Booker Prize 2022, dedicado a traduções publicadas no Reino Unido e na Irlanda, para comentar as dificuldades que os autores brasileiros encontram para editar seus livros tem outros países. A discussão inclui depoimentos de autores, como Itamar Vieira Junior, João Paulo Cuenca, de Fernando Rinaldi, editor da Companhia das Letras, e da agente literária Lucia Riff.

A Folha destacou também a peça Rainha Lira, do crítico literário Roberto Schwartz, lançada pela Editora 34. Em sua segunda incursão na literatura dramática, o autor comenta no texto o retrocesso político do Brasil na última década.

Tags: Apanhadão
[14/03/2022 11:00:00]
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