Clube de leitura do Sesc Pompeia coloca autoras negras e indígenas no centro dos debates
As convidadas confirmadas da próxima edição do projeto ‘Lá na Laje’ são Cidinha da Silva e Eliana Alves Cruz
Cidinha da Silva e Eliana Alves Cruz são as convidadas da primeira edição do projeto La na Laje de 2019 | © Divulgação
Depois de um ano de ações o clube Lá na Laje retoma as atividades no Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93 - Água Branca - São Paulo / SP). Com o tema
Resistência, substantivo feminino, o novo ciclo, que tem curadoria de Jéssica Balbino, debate as formas de resistência na literatura e propõe um intercâmbio entre autoras brasileiras e de diferentes partes do mundo, privilegiando as produções feitas por pessoas negras e indígenas. O primeiro encontro acontece nesta quarta-feira (26) às 19h30 e receberá a romancista Eliana Alves Cruz, autora dos livros
Água de Barrela (Malê) e
O crime do Cais do Valongo (Malê)
, e Cidinha da Silva, autora de mais de 10 títulos, entre eles
#ParemdeNosMatar (Ijumaa),
Um exu em Nova York (Pallas) e
Exuzilhada (Kuanza). O bate-papo, que recebe o nome de
Paraísos Artificiais, conversa sobre quais são nossos paraísos nesta vida? Como a literatura feita pelas autoras cria, ora lugares de desconforto, ora de refúgio? Como podemos viver em um paraíso tropical e também artificial e como o país pode servir de matéria-prima para estas histórias, que reúnem contos, crônicas, trazem pesquisa história e denunciam o lado sinistro que existe por trás dos crimes de racismo na construção do Brasil, passando pela escravidão, exploração sexual e crimes contra a vida das pessoas negras. Para os próximos encontros estão confirmados nomes como Mirta Portilla (Cuba), Porsha Olayiwola (EUA), Igiaba Scego (Itália), Futhi Ntshingila (África do Sul) e as brasileiras Bell Puã (Recife), Fabiana Lima (Bahia), Raquel Oliveira (Rio de Janeiro), Cláudia Canto (São Paulo), Eliane Potiguara (Rio de Janeiro) e Dona Jacira (São Paulo).