2015 e os números
PublishNews, Leonardo Neto, 23/12/2015
No ano que passou, mercado ganhou nova ferramenta de monitoramento das vendas de livros no Brasil

Painel das Vendas de Livros no Brasil de outubro mostra a variação do volume, faturamento, número de lançamentos e preço médio do livro no Brasil | © Nielsen
Painel das Vendas de Livros no Brasil de outubro mostra a variação do volume, faturamento, número de lançamentos e preço médio do livro no Brasil | © Nielsen
O mercado editorial brasileiro ganhou, em 2015, mais uma importante ferramenta para acompanhamento de suas vendas. É o Painel das Vendas de Livros no Brasil realizado pela Nielsen a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Desde abril, o Painel vem monitorando as vendas de livros no País, apontando tendências e trazendo dados fundamentais para tomadas de decisões mais racionais. O último painel, apresentado no fim de novembro, trouxe a informação de que, no acumulado do ano, houve um crescimento 5,01% no faturamento apurado por livrarias e supermercados brasileiros com a venda de livros. Índice bem abaixo da inflação. Em termos absolutos, nas 44 primeiras semanas de 2015, o varejo de livros no Brasil bateu agora R$ 1,244 bilhão versus R$ 1,185 bilhão no mesmo período do ano passado. O Painel conseguiu mostrar numericamente também a ascensão e queda dos livros de colorir. Se em agosto, de cada 100 livros vendidos nas livrarias brasileiras, 17 eram de colorir, essa relação caiu para 2 em outubro. A participação dos livros de colorir no faturamento bateu 14,5% em agosto e, em outubro, caiu para 1,41%.

Outra pesquisa importante apresentada em 2015, a Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro – essa já velha conhecida do mercado editorial – demonstrou a pior queda no faturamento das editoras desde 2002. O faturamento dos editores em 2014 alcançou R$ 5,409 bilhões, o que representa um crescimento nominal de apenas 0,92% em relação aos R$ 5,359 bilhões de 2013. Mas como a inflação ficou muito acima disto no ano passado, houve uma queda brusca em valores reais. Aplicada a taxa do IPCA de 2014, de 6,41%, chega-se aos 5,16%. Trata-se da maior queda do mercado desde 2002, quando o faturamento caiu, em termos reais, 14,51%, agravado pela alta inflação daquele ano. Essa queda se deu graças à diminuição nas compras governamentais que sofreram corte de 15,98% em comparação com 2013.

[22/12/2015 23:57:31]