Faturamento de editoras cresceu menos de 1% nas 28 primeiras semanas de 2015
PublishNews, Leonardo Neto, 11/08/2015
A conclusão é do quinto Painel das Vendas de Livros no Brasil, relatório mensal feito pela Nielsen sob encomenda do SNEL

Marcos Pereira, presidente do SNEL | © Divulgação
Marcos Pereira, presidente do SNEL | © Divulgação
O compromisso com a transparência foi uma das promessas e diretrizes que o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) assumiu quando criou, em parceria com a Nielsen, o Painel das Vendas de Livros do Brasil. A quinta edição do relatório demonstra esse compromisso. Os resultados não são nada animadores. O relatório aponta que, nas 28 primeiras semanas de 2015, o desempenho dos diferentes dos canais de venda teve um crescimento de 7,29% no seu faturamento, em comparação ao mesmo período de 2014, saltando de R$ 771,1 milhões em 2014 para R$ 827,3 milhões em 2015. Pela primeira vez, o relatório faz inferências a respeito do faturamento das editoras (lembrando que a Nielsen coleta os dados nos pontos de venda, ou seja, afere, com base nos valores efetivamente desembolsados pelos consumidores, o faturamento obtido com a venda de livros em livrarias e supermercados, mas não o faturamento de editoras). “O resultado é preocupante”, disse Marcos Pereira, presidente do SNEL ao PublishNews. Tomando por base os números de exemplares vendidos, preço e o desconto médio oferecido pelos livreiros, o relatório aponta que, no período, houve um crescimento de apenas 0,99% no faturamento das editoras, índice muito abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses que é de aproximadamente 9,5%. “É preocupante constatar este número. Teremos que ser muito criativos no segundo semestre para reverter esse quadro”, avaliou Marcos.

Os resultados mensais são um pouco menos assustadores. Se em junho, o mercado tirou o pé do acelerador, em julho deu uma aceleradinha. No sétimo período, que compreende o intervalo entre 15 de junho e 12 de julho de 2015, as livrarias e supermercados venderam juntos 2.734.523 exemplares, volume 8,9% maior em comparação ao mesmo período de 2014, o que redundou em um faturamento de R$ 91.710.979,52, crescimento de 14,1% ante ao apurado no mesmo período de 2014.

O relatório aponta ainda a constante queda da participação dos livros de colorir no faturamento das livrarias. Se em maio, a cada 100 livros vendidos, 17 eram de colorir, em junho, essa relação caiu para 12 e, em julho, caiu mais ainda, atingindo 7,5 livros de colorir para cada 100 livros comercializados. A queda da participação dos livros de colorir no faturamento também faz uma curva descendente: 14,48% em maio, 9,18% em junho e 5,08% em julho.

Outro dado relevante apontado pelo relatório é o desconto médio oferecido pelos canais de vendas aos clientes, que de janeiro a julho do ano passado, foi de 21,65%, enquanto que em 2015 foi de 16,73%, um ganho de quase cinco pontos percentuais.

Para ter acesso à íntegra do Painel de Vendas, clique aqui.

[11/08/2015 09:48:05]