Cerca de 200 vendedores de livro de porta a porta estão reunidos em Natal (RN) para o 13º Salão de Negócios da Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL), que acontece até o próximo domingo. Todos os anos, a entidade aproveita o encontro para fazer um raio-x do segmento através da pesquisa Perfil Setorial encomendada ao Instituto de Pesquisa Amigo. Os dados colhidos em 2014 (referentes a 2013) dão conta de um crescimento de 9,83% da participação do porta a porta e a sua consolidação como o segundo canal de venda de livros mais importante no Brasil, perdendo apenas para as livrarias. Com base na média de faturamento anual, apurada a partir da amostra das pesquisas realizadas em 2012 e 2013, a projeção estatística revela que o faturamento das empresas pesquisadas saltou de R$ 984.968.229,49, em 2012, para R$ 1.081.801.651,89, em 2013. A pesquisa revela ainda a divisão geográfica das vendas de porta a porta: enquanto as editoras concentram maior parcela do seu faturamento (21,7%) nas capitais do Sudeste, os crediaristas concentram maior parcela (20,8%) no interior do Nordeste, região que responde também por 20,7% da origem do faturamento dos atacadistas. Outro dado relevante apontado pela pesquisa é que, se no passado, os vendedores de porta a porta vendiam basicamente enciclopédias, hoje, nota-se o crescimento da participação de livros infantis e infantojuvenis que lideram o ranking, com 36,9% do volume comercializado; seguidos dos livros de referência (pedagógicos, dicionários e enciclopédias), com 28,6%; os CTPs, com 9,2%; religiosos, com 4% e literatura e paradidáticos, com 3,6%.