Amazon retira títulos das editoras japonesas do Kindle Unlimited
PublishNews, Talita Facchini, 05/10/2016
Editoras reclamam que sem aviso prévio, seus títulos foram retirados da plataforma

A Amazon está de novo no meio de uma polêmica, dessa vez com as editoras japonesas. Isso porque durante a semana, a empresa retirou mais de mil títulos das editoras Kodansha, Kobunsha e Shogakukan do programa Kindle Unlimided, de subscrição de e-books. O jornal The Wall Street Journal (WSJ) disse que "como parte de um acordo para atrair clientes para o serviço, a Amazon fez contratos com editoras japonesas para pagar-lhes um prêmio até o final deste ano”. Um editor ouvido pelo jornal declarou que o programa ia muito bem.

O programa cobra U$ 9,60 por mês dos clientes para que eles tenham acesso a mais de 120 mil títulos. Em setembro, a empresa procurou as editoras japonesas para renegociar seus contratos e, em meio às negociações, decidiu retirar os títulos do Kindle Unlimited.

A Kodansha emitiu um comunicado dizendo que sem nenhum aviso prévio, seus títulos mais bem classificados na plataforma já não estavam mais disponíveis. Natsuko Tanabe, porta-voz da editora disse que ela está "pedindo Amazon para continuar o serviço, conforme definido pelo contrato atual”. Há dois anos, a Amazon também se envolveu em disputas parecidas com as editoras americanas Hachette Book Group e Simon & Schuster, quando também usou de táticas agressivas para renegociar seus contratos.

Os títulos das editoras Kodansha, Kobunsha e Shogakukan, porém, ainda estão disponíveis no site da Amazon Japão. Segundo a empresa de pesquisa de mercado, Oricon Inc, o Japão já é o maior mercado editorial após EUA, China e Alemanha, já que seus consumidores gastaram 1,01 trilhões de ienes em livros no ano passado.

[05/10/2016 11:56:00]