Ao decidir estudar, a partir da crença dos gregos em seus mitos, a pluralidade das modalidades de crença, Paul Veyne concluiu que, em vez de falar de crenças, deveria falar de verdades. O resultado está em Os gregos acreditavam em seus mitos? (Unesp, 205 pp., R$ 34). Para o autor, as verdades relacionam-se a contextos culturais, e podem ser questionadas em outras esferas de cultura. Veyne explica que seu interesse sobre verdades, justamente a partir da crença, não tem intenção de afirmar que a imaginação anuncia as futuras verdades e deveria estar no poder. E, sim, que as verdades já são imaginações.