Livros e redes sociais
PublishNews, Gabriela Nascimento, 27/07/2011
A chave para se adequar ao novo papel das editoras é, segundo Sol Rosenberg, o uso de redes sociais para descobrir e focar nos gostos e interesses do consumidor

Muito do que aconteceu em outras partes do mundo irá acontecer no Brasil, provavelmente em menos tempo, afirmou Sol Rosenberg, vice-presidente de Negócios, Desenvolvimentos e Conteúdo do Copia Interactive em sua palestra “Mídias sociais e conteúdo” nesta terça-feira, dia 26, durante o 2º Congresso Internacional do Livro Digital. Segundo ele, a vantagem de estar atrás de países como os Estados Unidos no estabelecimento do mercado do livro digital é que, assim, o Brasil tem o acesso ao que chamou de “jornal do amanhã”. E assim pode se inspirar nos modelos bem sucedidos e tentar evitar aqueles que não deram certo.

“Eu encaro as coisas como o que aconteceu com a televisão. Os programas de televisão tinham só uma câmera no meio de um palco. Aos poucos, foram sendo incorporadas mais câmeras, os profissionais começaram a usar novos enquadramentos e adicionaram narração e efeitos especiais. Depois, surgiu a TV a cabo e todo mundo pensou que era o fim da televisão aberta. Hoje, temos a internet e o Youtube. Essas evoluções vão acontecer com a indústria do livro”, comentou.

Para Rosenberg, o caminho que as editoras devem seguir para conseguir novos leitores é apostar na segmentação: “É preciso pensar em cada cliente como exclusivo. É preciso focar na personalização, atender comunidades menores e até mesmo ter como alvo uma só pessoa”. Para isso, ele sugere o uso de redes sociais que indiquem às editoras os gostos e interesses de seus usuários e, assim, elas podem fazer indicações específicas para cada um de seus clientes.

“As editoras devem continuar a publicar livros, mas precisam observar o que mais podem fazer para continuar nesse negócio”, disse. De acordo com o executivo, o caminho é investir no estabelecimento de sua marca, na segmentação por interesse e gosto do consumidor sem esquecer de investir em novas tecnologias criando e-books e aplicativos de suas obras.
[27/07/2011 00:00:00]