Só no fim de semana foram dezenas de páginas de obituários, cronologias, depoimentos e críticas
Nos últimos dias foram editados cadernos e mais cadernos sobre José Saramago na imprensa brasileira. Entre as dezenas de páginas, o PublishNews selecionou alguns textos. O G1 comentou sobre a repercussão da morte do escritor entre os católicos na matéria
Igreja Católica em Portugal lamenta morte de Saramago, ateu e crítico, onde o padre Manuel Morujão disse que a igreja estava perdendo um crítico com o qual soube dialogar constantemente. Leonardo Boff, para quem Saramago negava a religião mas não a “espiritualidade como sentimento do mistério do mundo”, publicou em O Estado de S. Paulo, no sábado (19), o texto
Espiritualidade à mesa, em Estocolmo. No mesmo jornal, em edição especial do Sabático, Lilia Moritz Schwarcz brinca com a relação de ojeriza do escritor com o coco em
Das propriedades de ser Coco. E Ubiratan Brasil entrevista o crítico Harold Bloom e ouve muitos elogios ao “inigualável” Saramago em “
Um talento que me lembrava Shakespeare”. Miguel Gonçalves Mendes, que trabalhou em um documentário chamado José e Pilar e coproduzido pela O2, conversou com o Estado sobre o filme, com lançamento previsto até então para o dia do aniversário do escritor, em novembro. Para ler a entrevista em que fala sobre a doçura de Saramago,
clique aqui. Também em caderno especial, a Folha contou, no sábado, sobre o livro que estava sendo escrito em
Romance inacabado é sobre tráfico de armas. O
Globo (para assinantes) entrevistou, para a edição de domingo, o editor português Zeferino Coelho. Nela, ele conta que há muita coisa no espólio, incluindo contos e peças. Sobre este título inacabado, disse ser sobre do “fenômeno da guerra em geral”. João Pereira Coutinho escreveu na Folha que
após o Nobel, livros ficaram esquemáticos e primitivos (para assinantes). Para Leyla Perrone-Moisés, uma das explicações para sua popularidade é a de ter sido um bom contador de histórias. É dela o texto
Autor teve a proeza de ser um grande romancista moderno, publicado no mesmo jornal. No Globo, José Castello começa seu texto dizendo que Saramago experimentou muitas mortes antes de morrer em
Um homem que inventou a si mesmo (para assinantes). Há outro texto em seu blog em que o crítico recupera anotações de um velho caderno e registra em
Ecos de um diálogo com José Saramago. O velório foi realizado em Lanzarote e em Lisboa e o escritor foi cremado ontem em Lisboa.