Escrita fina faz seu primeiro lançamento
PublishNews, Maria Fernanda Rodrigues, 12/03/2010
Recém-chegada ao mercado e com quatro títulos nas livrarias, a carioca Escrita Fina organiza sua primeira sessão de autógrafos

A novíssima Escrita Fina escolheu o Museu da República (Rua do Catete, 153 – Catete – Rio de Janeiro/RJ), para fazer sua primeira sessão de autógrafos. O lançamento de Treze casos de viola e violeiros: do baú do mestre Quilim da Braúna (112 pp., R$ 30) será neste sábado (13), às 16h. Fábio Sombra, o autor, já prometeu contar as histórias do livro para a criançada que estiver por lá. Enquanto isso, Sérgio Penna vai tocar sua viola.

A editora pertence ao Grupo Gráfico Stamppa, uma das três maiores empresas deste setor do Rio de Janeiro, e está com menos de um mês de vida. Para se apresentar, está mandando para as livrarias quatro títulos – todos destinados ao público infantil e juvenil. Sob a coordenação de Laura van Boekel Cheola, quer distância da sisudez das lições de moral e das interpretações únicas. O convite é mesmo para uma leitura pelo simples prazer de ler

“Não há nas publicações da Escrita Fina nenhuma intenção didática. Ao contrário: o que se pretende é oferecer aos seus leitores, em sua maioria crianças e adolescentes, terreno propício para interpretações, ou seja, para o exercício de sua subjetividade”, explica a Laura. Antes de assumir a coordenação editorial, ela trabalhou na Rocco por sete anos, editora que publicou, no ano passado, seu primeiro livro, o infantil A bola, o Beto e a bela.

Diante de tal desafio, a nova empresa assume a diversidade como palavra-chave. Prova disso é a primeira fornada de títulos, que abarca desde nomes consagrados, como Heloisa Prieto, Angélica Lopes e Laura Bergallo, até estreantes na atividade da escrita, como Janaina Tokitaka.

À frente da casa, Laura detalha seus preceitos: “Como apresentar o livro como um grande prazer aos jovens que ainda não o descobriram? Acho que o caminho mais eficaz é aquele que apregoa o escritor francês Daniel Pennac: o da gratuidade da leitura. Ela deve ser oferecida ao jovem sem cobranças. Deve ocorrer pela primeira vez em conjunto, de forma harmoniosa, carinhosa, valorizando o belo e o lúdico, sem cobrar do jovem nenhum entendimento pré-determinado em relação ao texto”.

Em plena era da velocidade, a Escrita Fina prioriza narrativas que seduzam os jovens leitores por terem ação; e, ao mesmo tempo, trampolins para a reflexão, indagações acerca de ser e estar no mundo. Uma das metas da editora é apresentar ao público novos ilustradores e designers. Para isso, um dos projetos da casa é a publicação de graphic novels.

Quatro de seus livros já estão nas livrarias: Coração de bicho – fábulas modernas (104 pp. R$ 25), de Angélica Lopes; Para crescer (108 pp., R$ 19), de Ana Letícia Leal; Treze casos de viola e violeiros: do baú do mestre Quilim da Braúna(112 pp., R$ 30), de Fábio Sombra; e Carniça (168 pp, R$ 29), de Moisés Liporage. Em breve devem ser lançados A vida secreta de Merlim, de Heloisa Prieto; Jogo da memória, de Laura Bergallo; Tem um monstro no meu jardim, de Janaina Tokitaka; e A sétima noite de verão, de Janaina Tokitaka.

A partir de abril, a Escrita Fina vai publicar, entre outros, uma edição de Vozes D'África, de Castro Alves, ilustrada por André Côrtes e com apresentação do escritor e compositor Nei Lopes; uma coletânea de contos de terror brasileiros, desde a segunda metade do século 19; e o bilíngue Convite carioca, reunião de poemas sobre os pontos turísticos do Rio de Janeiro, de autoria de Sandra Lopes.
[12/03/2010 00:00:00]