Bola de cristal 2015
PublishNews, 08/01/2015
Quais as previsões de Greg Bateman para o ano que começa?

Hoje olhamos nossa bola de cristal para prever algumas das principais e-trends para 2015.

Verticalização de conteúdo

2014 foi o ano do "netflix dos livros". Junto com o gorila Amazon com seu Kindle Unlimited, algumas startups estrangeiras (Scribd, Oyster) e locais (Árvore de Livros, Xeriph) avançaram bastante na democratização do conteúdo disponibilizando-o para as massas. Em 2015, esperamos ver mais atores seguindo os passos da Editora Saraiva e "verticalizando" conteúdo, com um foco maior na indústria. Da mesma forma que a Saraiva abriu os conceitos do pacote físico (ou no caso dos e-books, virtual) de seus livros, e criou cursos preparatórios de Direito, consigo ver outras empresas fazendo o mesmo para outros conteúdos verticais, como Engenharia e Medicina. Para ter a extrema flexibilidade para fazer isso, no entanto, as editoras precisam negociar contratos mais flexíveis com seus autores assim seu conteúdo poderá ser vendido de forma fracionada.

Consolidação do mercado de serviços

Continuando uma tendência que começou no final de 2014, os fornecedores de serviços artesanais de conversão, distribuição e desenvolvimento de objetos de aprendizagem serão substituídos por um pequeno grupo de fornecedores de qualidade que usam a tecnologia para fornecer serviços confiáveis. Enquanto 2013 e 2014 pareceram uma corrida do ouro com dezenas de freelancers e pequenas empresas oferecendo preços insustentáveis por seus serviços, 2015 será marcado por um máximo de dois líderes de mercado em cada categoria. Distribuidores que tentam sobreviver com estagiários e tabelas estão sendo superadas por quem consegue fornecer uma suíte completa de serviços incluindo ferramentas de merchandising e otimização de metadados. Em contraste com novatos com uma cópia de Adobe InDesign que acabaram de fazer um curso online, empresas de conversão que conseguem usar ferramentas internas e equipes de produção local serão as únicas que poderão servir as grandes editoras. Fornecedores de objetos de aprendizagem que reusaram engenheiros de Flash para criar objetos HTML5 serão ultrapassados por equipes criativas com uma profunda compreensão de pedagogia. Enquanto os custos unitários por cada serviço vão aumentar um pouco, o enorme ganho em benefícios como confiabilidade, qualidade e comunicação, vai terminar benéfico para a indústria.

Digitalização dos fluxos de trabalho

Enquanto o digital hoje parece frequentemente uma remontagem do legado do impresso, em 2015 as editoras vão começar a passar cada vez mais cedo ao digital em seu fluxo de trabalho de produção. Ao fazer isso, o conteúdo deles se torna flexível, reutilizável e facilmente ajustado por editores, evitando pesados custos de retrabalho. Vamos pegar o caso das editoras educativas. Quando começaram a salvar partes de seu conteúdo em arquivos flexíveis (XML ou outros), elas podem atualizar e adaptar estas unidades a uma multidão de diferentes formatos, de livros para o mercado, para o governo, personalizados, eletrônicos, até mesmo apps e produtos de e-learning. Em 2014, editores vão fazer investimentos pesados na contratação de consultores de fluxo de trabalho e plataformas XML porque estarão prontos para monetizar seu valioso conteúdo independente das rápidas mudanças que aconteceram.

A sua bola de cristal mostra as mesmas tendências que as minhas? Compartilhe seus pensamentos: greg@hondana.com.br

[07/01/2015 22:00:00]