Carlos Herculano Lopes é o novo imortal da Academia Mineira de Letras
PublishNews, Redação, 23/02/2024
Jornalista, romancista, cronista e contista do Vale do Rio Doce (MG), com obras traduzidas no exterior e adaptadas para o cinema, ocupará a cadeira de número 37

Carlos Herculano Lopes | © Dsette
Carlos Herculano Lopes | © Dsette
Nesta quinta-feira (22), a Academia Mineira de Letras (AML) elegeu o novo integrante Carlos Herculano Lopes – jornalista, romancista, cronista e contista mineiro, de Coluna (MG), no Vale do Rio Doce – para ocupar a cadeira de nº 37.

Segundo a comissão de apuração, formada pelos acadêmicos Jacyntho Lins Brandão e J. D. Vital e a gestora da Academia Inês Rabelo, o escritor disputou com outros sete candidatos e foi eleito pela maioria com 27 votos, 2 brancos, em um total de 35 votantes.

A cadeira de nº 37 foi fundada por Olympio Rodrigues de Araújo e tem como patrono Manoel Basílio Furtado. Já foi ocupada por Affonso Aníbal de Mattos, Edgard de Vasconcellos Barros e, mais recentemente, por quase 20 anos, pelo poeta e contista mineiro Olavo Celso Romano, falecido em novembro do ano passado.

O presidente da Academia Mineira de Letras, Jacyntho Lins Brandão, deu as boas-vindas com destaques à trajetória do autor: “Carlos Herculano Lopes chega à Academia Mineira de Letras com três principais credenciais. A primeira, de ficcionista, com contos e romances em que, a par da sofisticação estilística, explora o mar de histórias de Minas Gerais. A isso se soma a atuação como jornalista, numa produção como cronista extensa e variada. Finalmente, não se pode esquecer sua atuação como roteirista para o cinema. Sua eleição enriquece a Academia em todas essas dimensões”, comenta.

Ainda sobre o novo integrante da AML, a vice-presidente da Academia, Antonieta Cunha, acrescentou: “Nosso Carlos Herculano é um mestre da ficção. Seus contos e romances delineiam fatos e personagens em alta tensão, pelo que são facilmente levados, e com sucesso, para a televisão e para o cinema”.

Carlos Herculano de Oliveira Lopes nasceu em 23 de outubro de 1956, em Coluna, no Vale do Rio Doce, Minas Gerais. Estudando jornalismo na FAFI/BH, começou a trabalhar na Editoria de Pesquisas do “Estado de Minas” em 1979, para onde foi levado pelo jornalista Carlos Felipe. No EM, como o jornal ainda é chamado, permaneceu por vários anos como repórter, e durante 14 deles assinou uma crônica semanal no EM Cultura, espaço que dividiu, no correr desse tempo, com nomes como Affonso Romano de Sant`Anna, Frei Betto, Fernanda Takay, Maria Esther Maciel, Marina Colasanti, Fernando Brant, Alcione Araújo, entre outros.

O seu primeiro livro, O sol nas paredes, de contos, foi publicado por conta própria, em 1980. A ele seguiram-se vários outros, como os romances A dança dos cabelos, prêmios Guimarães Rosa e Lei Sarney, como autor revelação de 1987, e finalista do Prêmio Jabuti, com Sombras de julho, Prêmio Quinta Bienal Nestlé de Literatura Brasileira, 1990; O vestido, finalista do Prêmio Jabuti, em 2005; e O último conhaque, cuja sétima edição sai no início de 2024, pela Editora Record.

Seu livro de contos, Coração aos pulos, recebeu o Prêmio Especial do Júri da União Brasileira de Escritores. Também já lançou vários livros de crônicas, e participou de 15 antologias, sendo uma na Argentina e a outra no Canadá.

[23/02/2024 10:00:00]