O assédio, seja moral ou sexual, é uma realidade em muitos locais de trabalho no Brasil. Seja com um comportamento abusivo, hostilidades, humilhações, comentários, gestos, “piadinhas”, toques e avanços sexuais indesejados. Mas como evitar que este tipo de comportamento ocorra? Como mudar a mentalidade de algumas pessoas de que isso não é normal? Qual a melhor maneira de acolher as vítimas? Foi para responder estas e outras perguntas que a especialista em assédio, vieses inconscientes, diversidade e inclusão, fundadora da consultoria CKZ Diversidade, Cristina Kerr, escreveu o livro Cultura organizacional livre de assédio (Literare Books, 154 pp, R$ 58). Referência em diversidade e cultura inclusiva há mais de 15 anos, Cristina Kerr compartilha nesta obra algumas de suas experiências como consultora de DIEP – diversidade, inclusão, equidade e pertencimento, além de algumas vivências pessoais. Ela convida todas as pessoas a repensarem suas atitudes e comportamentos, como usar determinadas expressões preconceituosas e ofensivas, além de também chamar os homens para fazerem parte desta transformação. O livro está dividido em três partes, nomeadas com três verbos que convidam para a ação: descobrir, aprofundar e agir. A autora também traz quatro depoimentos, de dois homens que passaram por um processo de desconstrução para se tornarem agentes de transformação, e duas mulheres que contam como ambientes tóxicos, que permitem o assédio moral e sexual, impactaram suas carreiras.