O novo conselho editorial da Poesia Sempre é composto somente por mulheres, oriundas das cinco regiões do Brasil, incluindo indígenas e negras: Angélica Aires de Freitas, Annita Costa Malufe, Eliane Potiguara Lima dos Santos, Izabela Leal, Kassia Borges, Márcia Wayna Kambeba, Tatiana Nascimento, Tenille Bezerra, Valeska Torres e Virna Gonçalves Teixeira.
“É importante ressaltar que é um conselho formado por poetas, críticas e artistas de grande qualidade, que muito me honra ter ao meu lado nesse projeto. A poesia brasileira do século XXI tem um feliz protagonismo de autoras mulheres, mostrando uma renovação salutar do nosso contexto literário. Entre essas autoras que têm renovado a nossa poesia - que vive um período excelente - estão mulheres negras e indígenas, o que também é um sinal inequívoco de estarmos lentamente caminhando para uma sociedade mais aberta e justa, a qual tanto lutamos”, afirma Sergio Cohn.
A edição 41 foi realizada em parceria com a poeta cubana Giselle Lúcia Navarro, e busca mapear algumas características da poesia contemporânea produzida em Cuba para apresentá-la de modo abrangente: a poesia campesina, a poesia negra, a poesia feminina, o neobarroco. A revista traz ensaios de importantes críticos cubanos, além de uma antologia bilíngue de poemas.
Em complemento, há uma homenagem ao compositor suíço-baiano Walter Smetak, trazendo fac-símiles de seus poemas inéditos, e uma antologia de poesia brasileira em diálogo com as religiões afro-brasileiras, abrangendo um período que vai do modernismo ao século XXI e poetas nascidos desde o Rio Grande do Sul até o Pará, demonstrando o alcance temporal e geográfico dessa temática.
“Espero, nessa nova fase da revista, poder retomar seu caráter internacional, criando pontes e ampliando laços com poesias de outros países e línguas. Sempre em diálogo e colaboração com editores, poetas e críticos desses lugares, buscando um olhar íntimo e informado”, diz Sergio Cohn.