Se fosse possível viajar no tempo, quem você gostaria de encontrar? Este é o mote da série Antes que o café esfrie, best-seller do escritor e dramaturgo japonês Toshikazu Kawaguchi. No Brasil, o primeiro livro figurou nas listas dos mais vendidos da Amazon, do PublishNews e da revista Veja. A série chega ao terceiro volume depois de vender mais de 130 mil exemplares, e traz novas histórias de quatro personagens que precisam viajar no tempo, seja para reencontrar alguém que se foi, dizer algo que ficou guardado, pedir perdão, agradecer ou simplesmente tentar entender algo e seguir adiante. Diferentemente dos dois primeiros livros, em Antes que o café esfrie 3: A morte não precisa ser o fim da vida (Valentina, 232 pp, R$ 49,90 – Trad.: Jefferson José Teixeira), os leitores são levados até os pés do Monte Hakodate, no norte do Japão. É lá, bem no meio de uma ladeira, que fica o Café Donna Donna, onde, reza a lenda, também é possível viajar no tempo. Mas as regras para isso são tão rígidas (e irritantes) quanto as do café de Tóquio, principalmente a que diz que nada do que for dito ou feito enquanto se volta ao passado ou viaja até o futuro mudará o presente. Ainda assim, essa pode ser a chance mais importante da vida de muitas pessoas para se reconciliar com a própria trajetória.