Jornal Cândido de janeiro explora o universo das biografias
PublishNews, Redação, 05/02/2024
Biógrafos de nomes como Carmen Miranda, Vinicius de Moraes e Samuel Wainer discutem este gênero híbrido, que transita entre a Literatura e o Jornalismo

A 146ª edição do jornal Cândido, o primeiro de 2024, tem como tema central a construção das biografias. Esse estilo de texto carrega consigo não apenas um personagem, mas também o próprio biógrafo. Em entrevista para o repórter Francisco Camolezi, Ruy Castro, José Castello e Karla Monteiro, reconhecidos, respectivamente, pelas biografias de Carmen Miranda, Vinicius de Moraes, Samuel Wainer e tantos outros, discutiram os critérios para uma boa biografia, possíveis regras, as melhores formas de contar histórias e até os gêneros em que esse texto se encaixa. Além disso, Camolezi expande a conversa com Ruy Castro em uma entrevista que aprofunda os pensamentos do escritor sobre os últimos 30 anos como biógrafo.

Pela caneta de Felippe Aníbal, o Cândido publica o perfil de Waltel Branco, maestro brasileiro que, apesar dos trabalhos de sucesso nos principais gêneros e movimentos musicais, preferia se manter oculto aos holofotes. A publicação também traz um trecho do romance inédito Amor, do escritor André Sant’Anna, e o conto “Ela dança”, do jornalista Daniel Amorim.

Os subúrbios cariocas, com seus espaços e personagens, foram registrados por Francisco Guimarães, o Vagalume, no Na Roda do Samba, originalmente escrito em 1933. Em 2023, o livro ganhou uma nova versão pela editora Serra da Barriga. Esse é o tema do texto escrito por Carlitos Marinho, que publica no Cândido um artigo sobre a crítica de Vagalume à indústria musical que cercava o samba na primeira metade do século XX.

O último especial, 'Gráphica Cena', escrito por Key Imaguire Jr. para o Nicolau, suplemento bimestral editado pela Secretaria da Cultura (SEEC), ganha uma republicação no Cândido, que mantém a versão original, com o acordo ortográfico da época. O ensaio “O lado bonito do feio”, da artista visual e fotógrafa Tita Blister, fecha as páginas do jornal com as chamadas “ilustras” — na sua obra, é a escrita de poemas e o descarrego de emoções sobre as fotos.

[05/02/2024 09:00:00]