Apanhadão: Jornais repercutem a entrada da obra de Graciliano Ramos no domínio público
PublishNews, Guilherme Sobota, 03/01/2024
Família não está nada contente com a situação; retrospectivas destacaram varejo de livros, tendências da ficção e inteligência artificial

Graciliano Ramos: Todavia, Companhia das Letras e Record têm planos para a obra do escritor | © Divulgação Todavia
Graciliano Ramos: Todavia, Companhia das Letras e Record têm planos para a obra do escritor | © Divulgação Todavia
Uma das principais notícias do meio literário brasileiro neste início de 2024 é a de que a obra de Graciliano Ramos entra em domínio público, e qualquer editora pode passar a publicar os seus livros – algumas das principais casas do setor já se movimentam neste sentido. A Record já publicou em 2023 um box com seus principais romances, e prepara uma edição de bolso de Vidas secas. Todavia e Companhia das Letras também estão lançando nestes primeiros meses do ano suas versões. Em entrevista ao Estadão, Ricardo Ramos Filho, um dos herdeiros, lamentou o fato e disse que tentou reverter a situação, sem sucesso. A família tem um contrato com a Record até 2029 – ou seja, a editora vai seguir pagando os direitos pelo menos até lá. A DW Brasil também fez uma matéria sobre o que significa a obra do escritor entrar em domínio público.

A retrospectiva da Folha de S. Paulo de 2023 destacou o domínio das lojas virtuais, discutiu a inteligência artificial no mercado editorial e também a lista de autoria feminina no vestibular da Fuvest. N'O Globo, o destaque foi para autoficção menos centrada e as vendas do varejo em queda. O Estado de Minas apostou que algumas das tendências de 2023 devem continuar em 2024.

A Folha entrevistou o quadrinista Rafael Grampá sobre seus novos trabalhos com o Batman – ambientados numa Gotham City paulistana – e noticiou o lançamento de um livro sobre David Bowie na coleção Folha Rock Stars.

A coluna Painel das Letras encerrou o ano destacando os livros que as editoras brasileiras estão apostando para 2024, entre eles, Monsters (Record), de Claire Dederer, Chain-Gang All-Stars (Fósforo), romance de Nana Kwame Adjei-Brenyah, Doppelganger (Carambaia), de Naomi Klein, e Bartleby and Me (Companhia das Letras), de Gay Talese. No seu blog, o jornalista Reinaldo José Lopes também listou suas leituras do ano.

Em sua coluna no jornal Plural, o jornalista Daniel Dago também publicou sua tradicional lista, com mais de 400 títulos que devem ser lançados em 2024 no Brasil.

O Estadão entrevistou a escritora Conceição Evaristo – que está lançando Macabéa: Flor de mulungu (Oficina Raquel) – e listou os melhores livros de 2023 segundo os seus colunistas.

Entre os destaques de fim de ano do caderno Pensar, no Estado de Minas, estão a coleção Círculo de Poemas, o Sebo Aquino, que vende raridades em BH há 40 anos, e o livro O mágico (Companhia das Letras), de Colm Tóibín.

O Metrópoles destacou que o livro do policial federal que acompanhou Lula em Curitiba, Jorge Chastalo Filho, vai virar filme. O portal também destacou que o governo encerrou o ano com R$ 194 mi de cortes em livros didáticos.

O Globo entrevistou Karla Vasconcelos, psicóloga e responsável pelo espólio de Nélida Piñon, e também a pesquisadora Marília Malavolta, que lança agora o livro Clarice Lispector e o clássico chinês I Ching (Editora Unesp). O jornal também resenhou o livro Dueto dos ausentes (Reformatório), de Fernando Rinaldi, e entrevistou o escritor espanhol Enrique Vila-Matas, autor do recém-lançado Montevidéu (Companhia das Letras). A Veja entrevistou a também espanhola Rosa Montero.

Entre as indicações para 2024, estão livros de negócios no InfoMoney, livros infantis na Revista Crescer, e livros de marketing no site Mundo do Marketing.

[03/01/2024 09:20:00]