O poeta mineiro tinha o hábito de trocar cartas com diversos colegas ao longo de sua vida, e essas correspondências revelam muito sobre sua personalidade, seus pensamentos e suas relações pessoais, assuntos que surgiam e proporcionaram conversas sobre literatura, política, filosofia e assuntos cotidianos, sempre com muita inteligência e humor. Indo além, as correspondências de Drummond também são um registro histórico importante: elas retratam a vida cultural brasileira nas décadas de 1920 a 1980. Diante de um extenso conteúdo, rico em história, seja da vida de Carlos Drummond de Andrade, de seus amigos, seja do contexto social vigente, as correspondências do poeta mineiro com seus amigos são uma fonte literária valiosa para conhecer mais sobre sua vida e obra, assim como também oferece um panorama abundante da cultura brasileira no século XX.
Trata-se de uma chance de construir a ponte entre o passado e o presente, celebrando o talento de Carlos Drummond de Andrade e o empenho daqueles que baseiam seus estudos na obra do escritor. Tal proposta não apenas enriquece o cenário literário, mas também reforça a necessidade contínua de conferir valor à obra epistolar – a sua imensa troca de cartas era uma obra literária à parte de sua produção.
Confira abaixo a relação dos especialistas e os temas a serem tratados:
- Ribeiro Couto, por Marcelo Bortoloti
- Alceu Amoroso Lima, por Leandro Garcia Rodrigues
- Cyro dos Anjos, por Wander Melo Miranda
- João Cabral de Melo Neto, por Antonio Carlos Secchin
- Pedro Nava por Eliane Vasconcellos e Matildes Demétrio
- Manuel Bandeira, Mário de Andrade e outros, por José Miguel Wisnik
- Diversos autores, por Edmílson Caminha
- A carpintaria da curadoria das cartas, por Samuel Titan
- Candido Portinari, por João Candido Portinari
- Vinícius de Moraes, por José Castello
- A obra epistolar de Drummond, por Humberto Werneck