21ª Flip tem mesa de abertura com David Jackson, Adriana Armony e Eneida Leal Cunha; veja a programação completa
PublishNews, Redação, 27/10/2023
Evento ocorre de 22 a 26 de novembro e homenageia Pagu; venda de ingressos para o público geral inicia em 31 de outubro

Faltando pouco menos de um mês para a sua 21ª edição, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) (22 a 26 de novembro) divulgou a programação completa (veja abaixo). A programação oficial inicia na quarta-feira (22), às 19h, com a mesa A mulher do povo, com participação de David Jackson e Adriana Armony, e mediação de Eneida Leal Cunha. O painel propõe a iluminar a contribuição estética de Pagu, homenageada desta edição da Festa, para as mais variadas linguagens artísticas, bem como o ativismo político que ecoa em toda a sua obra. Neste bate-papo, os autores salientam a contribuição de Pagu para o tempo em que ela viveu e o legado que deixou para as gerações que a sucederam.

Até o final do evento, passarão pelo palco principal nomes como Flora Süssekind, Socorro Acioli, Felipe Charbel, Leda Cartum, Mónica Ojeda, Alana Portero, Sinéad Gleeson, Natalia Timerman, Marcial Gala, Luiza Romão, entre outros.

Com curadoria assinada pela dupla Fernanda Bastos, jornalista e editora de livros, e Milena Britto, professora e pesquisadora, a Festa pretende trazer para o centro de seus debates a pluralidade de visões e sensibilidades que estão em jogo na contemporaneidade.

O destaque desta edição vai para a autora homenageada, Patrícia Rehder Galvão, a Pagu. Cartunista, jornalista, dramaturga, poeta, tradutora, crítica literária e multiartista, atuou ativamente nos movimentos feminista, vanguardista e antifascista. O ativismo da autora e a dedicação à causa proletária, junto ao PCB, rendeu diversas passagens pela prisão, um trauma que deixou cicatrizes em seu estado psíquico.

Profundamente engajada com as questões sociais e anticonvencional por excelência, a obra de Galvão foi, ao longo do tempo, abraçada por mulheres, feministas, concretistas, marxistas, além das mais variadas correntes artísticas e sociais que enxergam na figura de Pagu um emblema da força feminista e vanguardista.

Ingressos para a Flip 2023

De 27 e 30 de outubro, os moradores de Paraty poderão adquirir com antecedência e a preços populares ingressos para as mesas do Programa Principal da 21ª Flip, que já está disponível no site da Festa. As vendas acontecem de forma presencial na sede da Paraty Tours (Avenida Roberto Silveira, 479. Centro, Paraty / RJ).

Os ingressos a preços populares serão limitados a 100 lugares por mesa. R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia entrada). Estudantes, professores e pessoas com mais de 60 anos têm direito à meia entrada.

Já as vendas para o público em geral terão início na próxima terça-feira, 31 de outubro, às 10h, também pelo site da Flip. Ingressos: R$ 130 (inteira) e R$ 65 (meia entrada)* por mesa. Há também o limite de até dois ingressos por mesa por CPF de cada comprador.

Confira a programação completa da Flip 2023

  • Quarta-feira, 22/11, às 19h

Mesa 1: A mulher do povo
David Jackson + Adriana Armony
- mediação Eneida Leal Cunha
Reunião de vozes que se propõe a iluminar a contribuição estética de Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, para as mais variadas linguagens artísticas, bem como o ativismo político que ecoa em toda a sua obra. Neste bate-papo, os autores salientam a contribuição de Pagu para o tempo em que ela viveu e o legado que deixou para as gerações que a sucederam.

  • Quinta-feira, 23/11, às 10h

Mesa 2*: Um teatro, um precipício
Flora Süssekind + Marion Aubert
* Esta mesa tem apoio do Consulado Francês
- mediação Natalia Brizuela
As autoras exploram as potencialidades da linguagem do teatro e da crítica literária. E instigam uma releitura da obra de Pagu, que também se dedicou a fomentar esses ofícios.

  • Quinta-feira, 23/11, às 12h

Mesa 3: Já não agia por minha conta
Socorro Acioli + Felipe Charbel + Leda Cartum
- mediação Rita Palmeira
História, memória e cotidiano se conectam na produção dessas autorias. Obras que jogam luz sobre a forma de se narrar eventos íntimos, históricos e ficcionais e que nos fazem refletir sobre as formas literárias fluidas na contemporaneidade.

  • Quinta-feira, 23/11, às 15h

Mesa 4: Um quarto meio escuro
Mónica Ojeda + Alana Portero
- mediação: Stephanie Borges
Sombras, dramaturgias e narrativas polifônicas se entremeiam na ficcionalização de Mónica Ojeda e Alana Portero. Elas nos contam como utilizam a literatura para produzir novos sentidos para as existências e o mundo.

  • Quinta-feira, 23/11, às 17h

Mesa 5*: Digamos que seja a lua nova
Manuel Mutimucuio + Tatiana Pequeno
* Esta mesa tem apoio do Instituto Camões
- mediação Nanni Rios
Autores de dois países se juntam para dialogar a partir de seus peculiares espaços linguísticos e culturais. Nas línguas de sujeitos invisibilizados pela sociedade, escritores buscam sua ferramenta de luta, revelando toda a poesia, a sutileza, o humor e a emoção que podem sair desses (des)encontros com a língua e a noção de pertencimento.

  • Quinta-feira, 23/11, às 19h

Mesa 6: As suas nebulosidades
Dionne Brand + Angélica Freitas
- mediação Jamille Pinheiro Dias
Elaborando projetos estéticos de largo alcance, essas escritoras vocalizam anseios e poderes inauditos. Neste encontro, as duas poetas dialogam com a força do feminismo, reelaborando a questão do pertencimento na poesia contemporânea.

  • Quinta-feira, 23/11, às 20h45

Mesa 7: Lembranças de todas as coisas ocorridas
Sinéad Gleeson + Natalia Timerman
- mediação Rita Palmeira
Duas autoras nos convidam para um mergulho no ensaísmo e na ficção a partir da intimidade e do impacto das relações. Neste encontro, cabe o mundo como ele se apresenta e, dentro dele, os múltiplos universos explorados na ficção e no pensamento das mulheres.

  • Sexta-feira, 24/11, às 10h

Mesa 8: Uma prisão mortal
Joice Berth + Denise Carrascosa + Manuela d’Ávila
- mediação Adriana Ferreira Silva
As sombras, os interditos, as violências urbanas, os feminismos, o encarceramento e outras paisagens das cidades servem de inspiração para o pensamento dessas autoras, que humanizam os espaços de convivência. Elas iluminam as sombras por onde circulam as pessoas mais vulnerabilizadas nos centros urbanos.

  • Sexta-feira, 24/11, às 12h

Mesa 9: Bate ainda o coração da cidade devastada
Marcial Gala + Luiza Romão
- mediação Pedro Meira Monteiro
Essas duas vozes originais e criativas nos contam como elaboram suas leituras sobre a tradição literária ocidental. O que nos dizem hoje Cassandra e os soldados de Troia? Um debate sobre o impacto das leituras dos clássicos sobre a ficção contemporânea.

  • Sexta-feira, 24/11, às 15h

Mesa 10: Terra de fumaça descoberta pela guerra de nossos dias
Ilya Kaminsky + Bruna Beber + Jorge Augusto
- mediação: Patrícia Lino
Poetas que desenham novas paisagens, acessando aquilo que é comum e estrangeiro na comunicação com os outros. O que significa o epíteto poesia política ou universal para eles? Com sua produção que investiga o mundo e a língua, eles nos conduzem para reflexões sobre a vida que vivemos e a que poderíamos viver fosse o mundo diferente.

  • Sexta-feira, 24/11, às 17h

Mesa 11: Contra a mentalidade decadente
Akwaeke Emezi + Carla Akotirene
- mediação Maria Carolina Casati
A partir de diferentes lugares, essas autorias reelaboram ancestralidade, tradições afrodiaspóricas, pertencimento e recriam passado, presente e futuro a partir de suas intervenções.

  • Sexta-feira, 24/11, às 19h

Mesa 12: As suas nervuras
Laura Wittner + Eliane Marques + Lubi Prates
- mediação: Patrícia Lino
Inquietações marcam a escrita dessas autoras, que articulam a linguagem poética para refletir sobre o senso comum, o passado, o encontro da palavra com a própria existência. Os cotidianos reelaborados na poesia, na ficção e no ofício da tradução estão nesta fusão de talentos.

  • Sexta-feira, 24/11, às 20h45

Mesa 13: Venha com um nome de família
Nora Krug + José Henrique Bortoluci
- mediação: Gabriela Mayer
Investigação, memória, afeto e inventividade se embrenham nas literaturas destes escritores. Neste diálogo, eles relembram o percurso que os levou ao reencontro com suas raízes e as narrativas que criaram a partir destas buscas familiares e afetivas.

  • Sábado, 25/11, às 10h

Mesa 14: Alguém telegrafa para o mundo pedindo atenção
Gustavo Caboco + Marília Garcia + Maria Dolores Rodriguez
- mediação Natalia Brizuela
Na produção desses artistas, dores, memória, criação e geografias se juntam em sensíveis paisagens poéticas e abordagens que se desdobram em diversos fios de memória. Em diálogo, estas escritas instigam novas formas de ver e sentir o mundo.

  • Sábado, 25/11, às 12h

Mesa 15: Sou um canal
(Artista em destaque: Augusto de Campos): André Vallias + Ricardo Aleixo + Simone Homem de Mello
- mediação: Marina Wisnik
Neste encontro que celebra a obra do Artista em Destaque da FLIP 2023 Augusto de Campos, essas vozes refletem sobre como suas obras se encontram com a marcante produção do poeta, crítico e tradutor.

  • Sábado, 25/11, às 15h

Mesa 16: O meu primeiro amor que acabou com o segundo
Kelefa Sanneh
- mediação Adriana Couto
A música compõe nosso dia a dia e ajuda a preservar muitas de nossas memórias. Nesta mesa, o jornalista Kelefa Sanneh divide com a jornalista Adriana Couto sua percepção sobre a tarefa crítica, que ele exerce com conhecimento, agilidade, espirituosidade e humor.

  • Sábado, 25/11, às 17h

Mesa 17*: Os passarinhos se escondem dos homens
Monique Roffey + Colombe Schneck
* Esta mesa tem apoio do Consulado Francês
- mediação Anabela Mota Ribeiro
Nesta mesa, propomos um encontro entre duas autoras que trazem em suas escritas memória, história e conflitos de seus países encontrando e determinando os destinos das personagens.

  • Sábado, 25/11, às 19h

Mesa 18: Vocês servirão de lenha para a fogueira transformadora
Christina Sharpe + Leda Maria Martins
- mediação Jamille Pinheiro Dias
Duas pensadoras que navegam pela potência da arte negra reúnem-se para celebrar a criação estética, a vida e a imaginação.

  • Domingo, 26/11, às 10h

Mesa 19 (Zé Kleber): Só então pude falar
Itamar Vieira Jr. + Miriam Esposito + Glicéria Tupinambá
- mediação: Adriana Ferreira Silva
Educação, ancestralidade, cultura popular, oralidade e saberes são o ponto de partida para produções que transformam vidas. Com diferentes abordagens e perspectivas, celebram comunidades marginalizadas.

  • Domingo, 26/11, às 12h

Mesa 20: Livro de cabeceira
Autoras e autores do programa principal leem trechos de suas obras preferidas.

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[27/10/2023 09:00:00]