Romance sáfico que explora dramas familiares
PublishNews, Redação, 16/10/2023
Em 'Seis vezes em que a gente quase ficou (e uma em que rolou)', Penny e Tate precisam conviver, enquanto aprendem a lidar com o medo, o luto e a atração que sentem uma pela outra

Depois de ler e reler inúmeras fanfics, Tess Shape decidiu usar a estrutura dessas histórias para escrever um romance entre duas garotas que não são amigas e vivem quase se beijando, mas negam os sentimentos e a atração que sentem uma pela outra toda vez que essas situações acontecem. Ainda que a relação entre as personagens ganhe destaque, a trama é mais densa e convida o público jovem adulto para reflexões sobre temas complexos, como o luto e a busca pelo amadurecimento. Na obra, Penny e Tate estão sempre juntas graças a amizade épica entre as mães delas. Quando Lottie, mãe de Penny, decide doar parte do próprio fígado para Anna, mãe de Tate, que sofre com uma grave doença, elas resolvem morar juntas para se apoiarem financeiramente e durante o período de recuperação pós-cirurgia. Sem terem mais como fugir e vivendo sob o mesmo teto, Penny e Tate decidem propor uma trégua pelo bem da recuperação das mães. Em meio a esta jornada em busca de uma maneira para conviverem da melhor forma possível, elas descobrem que podem contar uma com a outra para lidarem com traumas e questões particulares. Mais que do que um romance adolescente, Seis vezes em que a gente quase ficou (e uma em que rolou) (Outro Planeta, 304 pp, R$ 69,90 – Trad.: Guilherme Miranda) é uma comovente história entre duas garotas tentando encontrar o próprio lugar no mundo e que, por acaso, durante este caminho, acabam descobrindo que o grande amor pode estar mais perto do que imaginam.

[15/10/2023 15:00:00]