Apanhadão: Gilberto Gil toma posse na ABL e discursa em tom político
PublishNews, Redação, 11/04/2022
Globo e Estadão trazem entrevistas do novo fenômeno editorial chileno, Benjamín Labatut; Folha destaca duas reportagens sobre quadrinhos, falando de mangás e do quadrinista Luiz Gê

Gilberto Gil Twitter - Divulgação
Gilberto Gil Twitter - Divulgação
Vários veículos de imprensa, como Globo e Veja, entre outros, destacam no fim de semana a posse de Gilberto Gil na Academia Brasileira de Letras. Gil elogiou a casa e sua história e, embora tenha revelado que só há pouco tempo começou a pensar nessa inclusão entre os imortais, foi o momento político do país que o impeliu à disputa por uma vaga. “A Academia Brasileira de Letras é a casa da palavra e da memória cultural do Brasil. E tem uma responsabilidade grande no sentido de fortalecer uma imagem intelectual do país que se imponha à maré do obscurantismo, da ignorância e da demagogia de feição antidemocrática. Poucas vezes na nossa história republicana o escritor, o artista, o produtor de cultura, foram tão hostilizados e depreciados como agora. Há uma guerra em prol da desrazão e do conflito ideológico nas redes socias da internet, e a questão merece a atenção dos nossos educadores e homens públicos. A ABL tem muito a contribuir nesse debate civilizatório. E eu gostaria, aqui, de colaborar para o debate, em prol da cultura e da justiça”, disse Gil em seu discurso.

O Globo e o Estadão publicam entrevistas com o mais novo fenômeno literário chileno, Benjamín Labatut. Seu sucesso em vários países com o livro Quando deixamos de entender o mundo (Todavia), com histórias sobre cientistas que perdem a razão, foi elogiado até pelo ex-presidente americano Barack Obama. Mas o autor diz não se importar com a repercussão, acha que ser muito lido não o fará escrever melhor e revela que o conteúdo do livro é dividido entre fatos reais e ficção, numa proporção de 50% para cada lado.

No Estadão, uma notícia sobre o sempre recluso Dalton Trevisan. Ele mudou de casa no final do ano passado, mas ficou na mesma cidade, mantendo assim o apelido de Vampiro de Curitiba. Como tudo que cerca o autor, há mistério sobre seu novo endereço. Segundo poucos amigos mais próximos, ele está bem de saúde aos 96 anos, dando suas caminhadas pela cidade, e estaria contente com a notícia que a Record vai relançar Em busca de Curitiba Perdida, 33 contos escolhidos e Contos eróticos, todos acompanhados de versão em e-book.

Também no Estadão, no blog Babel, a jornalista Maria Fernanda Rodrigues conta que a historiadora best-seller Mary Del Priore escreveu Tarsila, uma vida doce-amarga especialmente para o formato de audiolivro. A biografia de um dos maiores nomes da arte brasileira no século XX é narrada pela atriz Helga Baêta. A duração do audiolivro é de duas horas e 52 minutos, com fatos e curiosidades da vida e do trabalho da artista, mostrando quem é a mulher responsável por um dos quadros mais icônicos da arte no Brasil o Abaporu. O lançamento é exclusivo do serviço de streaming Storytel, disponível a partir desta quinta (14).

A Folha destaca duas reportagens sobre quadrinhos. Uma comenta o aumento de vendas de mangás no Brasil, puxada pelo sucesso mundial da série Demon Slayer (Panini), que tem vários volumes frequentando a Lista dos Livros Mais Vendidos do PublishNews há muitos meses. A matéria coloca a recente aquisição de parte da editora de mangás JBC pela Companhia das Letras como um dos episódios para se acompanhar essa escalada dos mangás no mercado.

A outra reportagem é sobre Luiz Gê, uma lenda dos quadrinhos brasileiros, que lança agora a coletânea Fronteira híbrida (MMarte). Nome que impulsionou a carreira de uma geração de quadrinistas um pouco mais jovem do que ele, um grupo que tinha Angeli, Glauco e Laerte, o autor reúne vários trabalhos no novo livro, alguns deles adaptações de ópera que fez em parceria com o músico Arrigo Barnabé.

[11/04/2022 10:00:00]