Apanhadão: Jornais destacam brasileiro ganhador do 'Oscar da HQ'
PublishNews, Redação, 21/03/2022
''Escuta, formosa Márcia', de Marcello Quintanilha, levou o prêmio no Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême. Novos livros de Reginaldo Prandi e Frei Betto também são destaques

Neste fim de semana, o Estadão e a Folha destacaram a HQ Escuta, Formosa Márcia (Veneta), do brasileiro Marcello Quintanilha, que venceu o Globo de Ouro no Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême, na França, realizado no fim de semana. O autor já foi premiado anteriormente neste que é um dos maiores eventos de HQ no mundo. Em 2014, ganhou com Tungstênio, que quatro anos depois se transformaria em filme dirigido por Heitor Dhalia. O novo prêmio foi uma escolha sem muita surpresa, depois que a novela gráfica recebeu elogios de vários críticos europeus. No enredo, Márcia é uma enfermeira carioca que tenta impedir o envolvimento da filha adolescente com bandidos.

O Globo noticiou o lançamento de biografia do chargista J. Ozon (1915-1971), que foi o editor responsável pelo lançamento de algumas obras do escritor Nelson Rodrigues (1912-1980). Um pouco esquecido nas antologias recentes da produção de charges no Brasil, seu trabalho no desenho e como editor é resgatado pelo historiador e caricaturista Luciano Magno no livro J. Ozon: o editor e o caricaturista, lançado pela Gala Edições.

Também no Globo, o colunista Ancelmo Gois revelou que o próximo livro de Frei Betto, Tom vermelho do verde, teve seus originais entregues à editora Rocco. É um romance histórico com ação na Amazônia nos tempos da ditadura, quando soldados do Exército foram usados para construir uma estrada dentro da reserva indígena dos Waimieri Atroari, praticamente dizimados pelos invasores. O livro deve chegar às livrarias em agosto.

A Folha falou do novo livro do sociólogo Reginaldo Prandi, Motivos e razões para matar ou morrer (Companhia das Letras), que fala de mortes numa cidadezinha sem nome nos anos 1950. O livro se equilibra entre trechos muito violentos e outras sequências francamente engraçadas. O enredo se mostra totalmente conectado com o tempo atual ao tratar de questões de gênero, racismo, homofobia e bullying. Segundo o escritor, não se trata de um livro de memórias, mas de “um livro de lembranças”.

No caderno Ilustrada/Ilustríssima, a Folha publica uma análise do jornalista Alvaro Costa e Silva sobre Stanislaw Ponte Preta, heterônimo de Sérgio Porto, que fustigou as arbitrariedades e a estupidez da ditadura militar em seu célebre Festival de esteira que assola o país, sucesso na imprensa e em livros nos anos 1960. O autor acredita que, se estivesse vivo, Stanislaw Ponte Preta estaria mais atarefado que nunca em tempos bolsonaristas.

O Valor Econômico falou do lançamento no Brasil de O bilionário que cria bilionários: Como ser o herói de sua startup (Fundamento), de Tim Draper. O investidor americano ficou famoso por injetar dinheiro nos primeiros anos de operações de marcas inovadoras na área de tecnologia, como Skype, Tesla e Hotmail. O melhor desse guia para empresários e CEOs disruptivos são os relatos sobre os sucessos e as derrotas do autor como olheiro de ideias ainda em ascensão. Draper apresenta na TV desde 2017 o programa Meet the Drappers, em que startups procuram patrocínio diante de jurados que avaliam seus planos de negócios.

[21/03/2022 11:00:00]