Apanhadão: filha do escritor João Guimarães Rosa morre aos 90 anos
PublishNews, Redação, 31/01/2022
E mais: graphic novel sobre o Holocausto é proibida em escolas do Tennessee; o mercado da poesia personalizada; os 100 anos de 'Ulysses', clássico de James Joyce.

A escritora Vilma Guimarães Rosa Reeves, filha do escritor João Guimarães Rosa, morreu aos 90 anos na tarde deste domingo (30/01), no Rio de Janeiro. A morte foi confirmada ao Estado de Minas pelo filho dela, João Emilio Ribeiro Neto. Segundo João, Vilma estava internada há 11 dias no Hospital Adventista Silvestre, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em decorrência de complicações do diabetes.

Neste final de semana, uma matéria da AP reproduzida pelo Estadão informou que Maus, clássica graphic novel sobre o Holocausto, foi proibida em escolas do Tennessee (EUA). A linguagem, considerada imprópria, e a imagem de mulher nua motivaram decisão. Art Spiegelman, vencedor do Pulitzer em 1992 com a obra, se disse perplexo. O livro conta a história de seus pais judeus vivendo na Polônia nos anos 1940 e o retrata entrevistando seu pai sobre suas experiências como sobrevivente do Holocausto. O fato também foi notícia na Folha.

O Estadão noticiou que o mercado da poesia personalizada ganhou fôlego durante a pandemia da covid-19. Sem a possibilidade de grandes demonstrações presenciais de carinho, enviar versos transformou-se em um gesto simpático de consideração, amizade e amor. As irmãs Lívia Mota, 35 anos, e Natália Moreti, de 31, podem ser consideradas uma referência neste tipo de ofício. A dupla criou o Manas Escritas para vender versos para pessoas físicas, empresas ou para projetos e campanhas. As irmãs ouvem as histórias e criam o poema em até sete dias. O preço médio é de R$ 180.

E a poeta Amanda Gorman, que declamou na posse de Biden, quer escrever romances. Segundo matéria The New York Times reproduzida pelo Estadão, a autora busca investir no gênero que é seu amor original e acredita que fantasias para jovens adultos são subestimadas.

Em sua coluna, Lauro Jardim adiantou que a Boitempo prepara uma série de livros para celebrar os 100 anos de fundação do Partidão. Os livros começam a ser lançados em março. Na série, estão novas edições de Sinfonia inacabada, de Antonio Carlos Mazzeo, e O revolucionário cordial, de Martin Feijó. As duas obras irão compor um box com cinco novas edições revistas e ampliadas de livros de Astrojildo Pereira, o fundador do PCB.

Ancelmo Gois informou que a Secretaria Municipal de Educação do Rio (SME) participará, pela primeira vez, da Fliportela – o festival literário criado pelo Departamento Cultural da Portela e que entra em sua segunda edição neste ano. O anúncio oficial da parceria será em 5 de fevereiro, quando o secretário Renan Ferreirinha divulgará, na sede da escola de samba, as ações educativas e culturais planejadas para a feira.

O Valor registrou que a Poiesis, à frente da Rede de Casas Museus Literários de São Paulo, vai entregar, até o fim do ano, a recomposição arquitetônica da Casa Mário de Andrade. Em seu projeto original, o endereço onde o escritor modernista viveu, na Barra Funda, era composto por três edificações, mas apenas uma está aberta ao público. O governo desapropriou as outras duas casas, a fim de entregá-las para visitação.

O Estadão relembrou os 100 anos de Ulysses: O livro de James Joyce revolucionou a forma do romance moderno. O tradutor Caetano W. Galindo do grande romance do século 20 explica como a obra de Joyce ainda é um exemplo insuperado de virtuosismo técnico. Galindo retomou o desafio de entrar no labirinto literário e oferece agora uma nova tradução de Ulysses (848 pp, R$ 189,90), recém-lançada pela Companhia das Letras. O 100 anos de Ulysses também foi lembrado na Folha.

A Folha noticiou que a Semana de 1922 tem avalanche de novos livros Diário confessional (Companhia das Letras, 560 pp, R$ 99,90, e-book R$ 39,90), de Oswald de Andrade com organização de Manuel da Costa Pinto); O antimodernista: Graciliano e 1922 (Record, 294 pp, lançamento em março), com organização de Thiago Mio Salla e Ieda Lebensztein; Lira mensageira: Drummond e o grupo modernista mineiro (Todavia, 264 pp, R$ 74,90, e-book; R$ 49,90), de Sergio Miceli; e Modernismos 1922-2022 (Companhia das Letras, 896 pp, R$ 159,90, e-book R$ 49,90), organizado por Gênese Andrade, com lançamento em fevereiro. Conheça mais livros lançados para marcar o centenário da Semana de 1922.

Tags: Apanhadão
[31/01/2022 09:00:00]