A gripe espanhola no Brasil
PublishNews, Redação, 23/10/2020
‘A bailarina da morte’ investiga a doença mortal que há um século assombrou a humanidade e revela as semelhanças com a covid-19

No início do século XX, uma doença chegou ao Brasil a bordo de navios vindos da Europa. A gripe espanhola, como ficou conhecida a explosão pandêmica de uma mutação particularmente letal do vírus H1N1, matou dezenas de milhares de pessoas no país e cerca de 50 milhões no mundo inteiro. Altamente contagiosa, a moléstia atingiu todas as regiões brasileiras. A “influenza hespanhola” paralisou a economia e desnudou a precariedade dos serviços de saúde. Disputas políticas e atitudes negacionistas de médicos e governantes potencializaram o massacre, que vitimou sobretudo os pobres. Iludida por estatísticas maquiadas e falsas curas milagrosas, a população ficou à mercê do vírus até o súbito declínio da epidemia, no começo de 1919. A partir de um vasto acervo de fontes e imagens da época, Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling recriam na obra A bailarina da morte (Companhia das Letras, 368 pp, R$ 59,90) o cotidiano da vida e da morte durante o reinado de terror da "gripe bailarina", uma das maiores pandemias da história.

[23/10/2020 07:00:00]