Todos escrevem ao presidente
PublishNews, Redação, 06/04/2020
Organizando as tramas de uma intrincada rede de interesses, Juremir Machado Da Silva reconstrói o contexto do governo de João Goulart

A memória e o guardião (Civilização Brasileira, 380 pp, R$ 59,90) revela a correspondência do então presidente João Goulart, iniciada em 1961 e interrompida em 1964, quando, ao conclamar o país a reformas de base, foi deposto por um golpe cívico-militar. Por quase 40 anos, o guardião desse arquivo foi o oficial de gabinete Wamba Guimarães, que dois dias depois do golpe, a pedido de Jango, partiu com duas malas repletas de correspondências – e as manteve em segurança até sua morte, em 2003. Neste livro, Juremir Machado da Silva – vencedor do Prêmio Açorianos e APCA por Raízes do conservadorismo brasileiro – busca outros significados nas palavras de gentileza, conselho e rapapé ao presidente, reunidas em 927 itens, como cartas, telegramas, relatórios, informes, cartões de Natal, de aniversário, de Ano-Novo, entre outras congratulações. Organizando as tramas de uma intrincada rede de interesses, o autor reconstrói o complexo contexto do governo de João Goulart e descortina os bastidores do poder e da elite no Brasil.

[06/04/2020 07:00:00]