Questionando crenças e valores
PublishNews, Redação, 17/09/2018
Globo Livros lança nova edição do romance de Aldous Huxley, ‘O gênio e a deusa’, que questiona a sinceridade de nossas crenças e valores

“O problema da ficção (…) é que ela faz muito sentido. A realidade nunca faz sentido.” Com essas palavras, o personagem e narrador John Rivers inicia O gênio e a deusa (Biblioteca Azul, 122 pp, R$ 34,90 – Trad.: Fábio Bonillo), um dos últimos romances de Aldous Huxley. Há 30 anos, êxtase e tormento tomaram esse jovem e inexperiente cientista - educado pela mãe viúva dentro de rígidos princípios morais e religiosos -, arrancando-o da “imbecilidade da candura para algo que lembrava melhor a forma humana”. Na época, ele era pupilo de Henri Maartens, o gênio: físico ilustre, prêmio Nobel, dotado ao mesmo tempo de uma personalidade infantil e de um temperamento explosivo que o tornam completamente dependente de sua esposa, Katy. Esta, que para o brilhante físico era também mãe e amante, para o jovem cientista era uma deusa, a quem amava de modo metafísico, quase teológico. Agora, na noite de Natal, enquanto seu neto dorme no andar de cima, John Rivers corrige a “ficção oficial” sobre a vida de Henri Maartens, ao contar sua versão da época em que viveu na casa de seu mentor e conviveu com sua família.

[17/09/2018 07:00:00]