Desde janeiro desse ano, Ruah (Principium / Globo) batia todos os livros na categoria não ficção da lista Nielsen PublishNews, que apura os autores nacionais mais vendidos em livrarias e supermercados brasileiros. Em agosto, no entanto, essa história mudou. O posto mais alto do pódio foi ocupado pelo livro sobre “o juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil”. Lava-Jato (Primeira Pessoa / Sextante), de Vladmir Netto, destronou o livro do padre Marcelo Rossi, que teve que se contentar com a segunda posição. Na terceira posição, ficou Quer ser feliz? Ame e perdoe (Principium / Globo), do também padre Alessandro Campos.
O fenômeno dos livros de celebridades – sejam da TV ou da internet – também se reflete na lista de não ficção. Dos 20 livros que compõem essa categoria, quatro são escritos por eles: Taciele Alcolea, de Olá meninas e meninos! (Outro Planeta / Planeta), na 7ª posição; Jout Jout, de Tá todo mundo mal (Companhia das Letras), na 11ª; Evelyn Regly, de É do babado (Astral Cultural), na 14ª, e Kéfera Buchman, de Muito mais que 5inco minutos (Paralela / Companhia das Letras), que aparece na 16ª posição.
Mas é na lista de ficção que eles têm conquistado um território cada vez maior. Dos 20 títulos nessa categoria, oito são deles. Encabeçando a lista de ficção, ela, a “autriz” do momento: Larissa Manoela, autora de O diário de Larissa Manoela (HarperCollins Brasil). Em seguida, aparece Paula Pimenta, com Princesa das águas (Record / Galera Record), que faz a sua estreia na lista, e AuthenticGames: vivendo uma vida autêntica (Astral Cultural).
A lista de ficção traz ainda outras novidades como Dois mundos, um herói (Suma de Letras), de Rezendevil, na 8ª posição, e Turma da Mônica Jovem # 95 (Panini Books), de Mauricio de Sousa, na 17ª. E traz também aqueles livros que poderiam estar na categoria “old but gold”, como Sagarana (Nova Fronteira), de Guimarães Rosa, em 16º lugar; A hora da estrela (Rocco), de Clarice Lispector, em 18º, e Vidas secas (Record), de Graciliano Ramos, na 20ª posição. Clarice, aliás, repetiu a dobradinha dos últimos dois meses: além de A hora da estrela, emplacou também Todos os contos (Rocco), na 9ª posição.
O ranking das editoras é liderado pela Planeta, com cinco títulos. Empatados na segunda posição, com quatro títulos cada, ficaram Ediouro, Globo, Grupo Companhia das Letras e Grupo Editorial Record. Astral Cultural, Saraiva e Sextante emplacaram três títulos cada. Gente e Rocco, com dois. Com um título cada, Autêntica, Belas-Letras, Geração Editorial, Novo Conceito, Panini e Papirus completam a lista.
